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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

29
Out21

Apple ou Android, peguem nisto


Pacotinhos de Noção

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Aqueles que outrora eram apenas conhecidos como telefones ou telemóveis, evoluíram tanto que passaram a ser smart's. Com eles conseguimos levantar dinheiro, fazer pagamentos, usar como GPS e chamar um táxi sem sequer telefonar.

São tão desenvolvidos que já vêm com reconhecimento facial, de voz e de impressão digital. Servem até para verificar se o nosso Certificado Digital está válido ou não.

Com tanta evolução como é que ainda não incorporaram nos smartphones um "Sensor I".

Este sensor é uma tecnologia inventada pela minha cabeça, que provavelmente só nela funcionará, e que terá uma aplicação muito simples.O I refere-se a IDIOTA ou IMBECIL.

Activar-se-á automaticamente quando sentir que o telemóvel está a ser utilizado de forma idiota ou imbecil, como o próprio nome indica, e bloqueia o aparelho, sendo sempre necessária a colocação do PIN, para que volte a funcionar.

Seguem exemplos:

- Conduzir e mandar sms.

- Dar o telemóvel para a mão do filho durante uma refeição.

- Não dar atenção ao/à namorado/a, quando estão num restaurante ou numa esplanada ou na lua. Em suma, em qualquer lugar.

- Entrar num estabelecimento e encetar uma conversa com o funcionário enquanto ainda conversa ao telemóvel.

- Num jantar de família utilizar o telemóvel como consola de jogos, colocando-se assim à parte.

- Mais de 3 selfies por semana.

- Falar em público com o alta-voz ligado.

- Obrigar a que desconhecidos vejam fotos dos seus filhos, netos, animais, sem terem mostrado sequer interesse nisso.

Não dou aqui todos os exemplos pois no que diz respeito a idiotice ou imbecilidade a oferta é muita e variada. Arrisco-me até a dizer que deverá ser infinita, mas o Sensor I terá a capacidade de detectar tudo ao que o assunto diz respeito.

Mas e porque me surgiu esta ideia, perguntarão os mais interessados, inteligentes e com presença de espírito, permitam-me que o diga.

Surgiu por causa de uma visita, durante a minha hora de almoço, a um hipermercado Continente.

Já sabia o que ia comprar, já sabia quanto custava, tanto que até levei só o dinheiro necessário, e até já sabia a que caixa me haveria de dirigir. Escolhi as de self-service que, neste caso, tinham 5 disponíveis para pagamento com cartões e apenas uma que aceitava tanto dinheiro como cartões. Era para essa que deveria ir pois só, como já referi, só tinha dinheiro.

À minha frente estava um tipo na casa dos 45/50 anos que certamente não estava na sua hora de almoço, pois pressa não tinha nenhuma. Para pagar sacou do cartão e já comecei a ficar eriçado... Com tanta caixa para cartões (ainda por cima vazias) tinha que escolher a única que também dava para pagar a dinheiro?! Mas tudo bem.

Aquilo que verdadeiramente me irritou foi o facto de, depois de ter pago as suas compras e vendo que havia gente na fila da caixa a dinheiro, o imbecil e idiota, agarrou-se ao telemóvel e começou a navegar na internet.

Tentei colocar o meu fato de diplomata, dirigi-me ao infeliz e disse:

"- Peço desculpa... O senhor importa-se?"

Respondeu-me que se importava porque estava a ver os pontos no cartão Continente ao que eu respondi que se quer ver os pontos que veja, mas fora da caixa, em vez de estar ali agarrado ao telemóvel, pois eu tinha que voltar ao trabalho.

O que eu fui dizer... Quase que me ofereceu porrada por ter dito que ele estava agarrado ao telemóvel. Muito provavelmente é daqueles que acha piada a dizer que é infoexcluído e um desconhecido descobrir-lhe a careca há-de ter sido um choque demasiado grande.

A sorte foi que a situação ficou por ali, que o senhor imbecil ainda vociferou uns impropérios mas eu mantive o sangue frio e não me fui a ele, sujeito a levar algum sopapo, ou assim. Afinal de contas ele era maior do que eu.

E basicamente a minha proposta aos fabricantes de smartphones é esta.

Teria muito mais para dizer mas já é para ai a 7ª ou 8ª vez que tenho que colocar o PIN no meu telemóvel, que teima em bloquear. Não sei o que se passa, deve ser algum defeito de fabrico.

28
Out21

"Ganda" melão!


Pacotinhos de Noção

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E eis senão quando numa 4ª feira, que é aquele dia da semana chocho, porque está ali mesmo no meio em que ainda falta para o fim-de-semana mas também já não falta tudo, começam a acontecer coisas, e coisas muito engraçadas e os visados não sei se estariam ou não à espera, mas se não estavam "apanharam um ganda melão".

A primeira é uma autêntica salada de frutas.

A Polícia Judiciária fez hoje buscas na Junta de Freguesia de Arroios e na casa da dupla ex-presidente (da Junta e da ABRAÇO).

Ao que parece a PJ, para fazer o caminho da Junta para a casa de Margarida Martins, aproveitou a boleia de um funcionário da Junta que ia levar um quilo de figos à senhora, que são para pagar mas que ficaram assentes no livro dos fiados.

Ao que parece também a senhora é uma pilantra e usou-se do seu lugar de autarca para desviar algum "bago", e não estou a falar de uvas. Estou a falar de pilim, de carcanhol, de cheta.

Para mim não foi novidade que o abraço que esta senhora mais aprecia é o abraço do vil metal. Nos saudosos anos 90 a escola que eu frequentava contactou a então presidente da ABRAÇO para que fosse feita uma visita de estudo com o intuito de dar a conhecer aos jovens os perigos da SIDA, como evitar, a importância de não estigmatizar, e.t.c., ao que a voraz frugívora respondeu que apenas aceita visitas de estudo mediante pagamento. Mandámo-la à fava.

O segundo acontecimento é assim um tanto ou quanto inócuo.

Então não é que o Orçamento de Estado não foi aprovado? Uma oportunidade impressionante de nos podermos afundar a todos um bocadinho mais e o Parlamento não nos permitiu.

O Presidente da República tinha avisado que caso esta situação acontecesse iria convocar eleições, e ao que parece daqui a uns tempinhos lá iremos nós ao sufrágio.

Tenho que admitir que estou em pulgas. Sinto-me como aqueles garotos que têm uns ténis, velhos, sujos, gastos e mal cheirosos mas que sabem que daqui a pouco vão comprar uns novos e estão ansiosos para mandar para o lixo aqueles que já não prestam.

Não sei se a esquerda vai voltar a ganhar. Não tenho confiança no povo votante, que se vende pelas bazucas e promessas que já foram feitas, não foram cumpridas e que serão feitas novamente e o "looping" continuará infinitamente.

Outro "looping" que também acontece quase sempre são os anos de tortura que iremos viver depois de vários anos de desGoverno PS. Foi assim no pós-José Sócrates e vai ser assim no pós-António Costa. A memória do povo é curta e depois dos primeiros anos de um Governo não PS, já se vão começar a inflamar contra quem na altura estiver no poder.

Para finalizar faço apenas uma pergunta.

Hoje, em Outubro de 2021, estamos melhores do que estávamos em 2015, quando Pedro Passos Coelho deixou de ser Primeiro-ministro?

Fica a pergunta.

27
Out21

A montanha pariu um trapo


Pacotinhos de Noção

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Tanto barulho, tanto suspense e no fim vai-se a ver e grande tanga, enfiaram-nos o barrete!

Foi bonito ter inserido aqui duas peças de roupa, que provavelmente se poderão encontrar na plataforma online de venda de trapos "About You", certo?

Mas de facto tenho que confessar que fiquei bastante desiludido. Quando fui vendo em outdoors, na televisão e em mais meios de comunicação, todo o marketing e comunicação em volta do "Who the fuck is About You?", vi-me transportado para os primórdios dos anos 2000, em que com uma grande campanha, ainda maior que esta, foi lançada a Yorn. A grande diferença é que ai a montanha não pariu um rato, pois foram oferecidos telemóveis dos mais modernos da altura, os indestrutíveis NOKIA 3210 e 3310, e a Yorn instalou-se no mercado com preços praticados que até então nunca tinham sido vistos, revolucionando assim os tarifários dirigidos à malta mais nova, mas que foram também aproveitados por malta não tão nova assim. Eu posso dizer que fui um YORN PIONEIRO, e que ainda hoje o meu número de telemóvel é o mesmo da altura. É isto motivo de orgulho? Não, mas no mínimo revela que sou constante... Acho eu.

Considero toda esta campanha um acto falho porque depois de retirado o véu, ficámos a saber que a "About You" é realmente apenas mais uma plataforma de venda de roupas online, que não difere das demais.

Navegando um pouco pela página vemos que as marcas são as mesmas que em todos os outros sítios, os preços também não destoam pela positiva, os métodos de pagamento de entrega e devolução não têm nenhuma novidade pelo que tudo isto, junto e misturado, é um enorme nada. Reparei que, pelo menos no que diz respeito a calçado, a "About You" tem algumas peças de marca própria. Não é possível perceber, vendo as fotos, como é a qualidade do material. De uma coisa tenho quase a certeza e que é a de que vai haver confusões no que a tamanhos diz respeito, quer em calçado quer em roupa. E porque é que faço esta afirmação? Terei algo contra a "About You"? Não, mas é comum a todas as plataformas que vendem roupa online, e acredito que esta não vai ser diferente, assim como não foi diferente a divulgação do produto final, e por isso é que afirmo que no final das contas a montanha apenas pariu um grande monte de trapos.

26
Out21

Agressão de bebé em creche de Oeiras


Pacotinhos de Noção

Podemos defender a luta contra a violência doméstica, contra as mulheres, contra os animais, contra seja aquilo que for, mas para mim, e sublinho o PARA MIM, não existe ser que precise de mais defesa e protecção do que uma criança inocente e desprotegida.

Todas as outras lutas são imensamente válidas, mas todas as vítimas descritas conseguirão, de uma forma ou de outra, ou pedir ajuda ou tentar, mesmo que num acto de desespero, tentar defender-se. Numa bebé de 14 meses a sua forma de defesa, e de pedido de ajuda, é precisamente aquele que se ouve no vídeo, o choro, e quando ouço o choro de uma criança que sofre com um mau trato, seja ele qual for, é nessa altura que percebo que o meu processo evolutivo está longe de estar concluído, e fico contente por não ser eu mesmo, uma ferramenta da justiça.

Tenho um filho de 4 anos e uma menina que tem 2 meses menos que a menina do vídeo. Se me passar pela ideia de que alguém, alguma vez, teria este tipo de comportamento com eles... Fico com os olhos raiados de sangue, só de imaginar.

Neste caso tenho filhos e tenho também uma familiar que trabalha com crianças. A luta dela prende-se muito com o facto de que muitas das creches existentes não têm todas as condições adequadas para receber crianças, principalmente condições humanas, que são as mais importantes. E atenção que muitas destas faltas de condições são em creches tuteladas pela segurança social.

Este texto não tem uma conclusão nem sequer uma moral. É apenas um desabafo e uma chamada de atenção para que todos percebam bem os sítios onde colocam os vossos filhos.

 

 

 

 

25
Out21

Pedido de ajuda!


Pacotinhos de Noção

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Preciso que me digam como hei-de fazer para me curar.

Comecei por usar esta malvada porque diziam que me iria sentir bem, que me faria sentir seguro e que nada de mal iria acontecer. E realmente nada de mal aconteceu. A princípio fui usando de vez em quando. Umas vezes por piada, outras vezes em casa para experimentar, para ver como era.

Pouco tempo depois comecei a usar em mais lugares, inicialmente com algum pudor e havia quem me olhasse de lado. Fui-me apercebendo que não era só a mim que reprovavam com o olhar e que era um estigma que tinham contra todos que estavam a começar a usar.

Não tinha para onde me virar. De um lado tinha os que não usavam e criticavam, e do outro tinha os que usavam, sem vergonha nenhuma e sem pudores e que me criticavam por não ser como eles...

O tempo foi passando e fui usando cada vez mais e mais. A adaptação custou um bocado mas depois do período inicial, em que me provocava aflição, dores de cabeça e faltas de ar, passou a ser confortável e realmente era já um hábito, que não sendo normal, fazia parte do meu quotidiano. Curiosamente houve até situações em que me deu mais segurança, quando antes não a tinha. Não sei se de facto assim era ou se estaria apenas a sofrer de um engano psicológico, para me fazer permitir continuar a usá-la.

Pensei que conseguiria deixar quando quisesse e cheguei a comentar isso mesmo, com a arrogância de quem acha que tem o controlo da situação.

Fui avisado e agora que quero deixar de a usar não estou a conseguir. Tenho conhecimento de quem tenha conseguido e a insegurança deixa-me a pensar se algum dia voltarei a ser assim, normal como eles.

Tenho um caminho longo pela frente e sei que vai haver períodos difíceis em que terei recaídas e tornarei a usar. Para já vou deixando aos poucos, mas sinto-me muito mal com isso.

Aqueles que me avisaram, e a quem garanti que deixaria de usar quando quisesse, a verdade é que falam mas também vão usando. Mas eles sabiam bem que iria ser assim, e a ideia que me dá é que se resignaram à sua sorte.

Já tive pessoas a afirmar que não usam e que se sentem melhor agora, e eu acredito que seja mesmo verdade e espero também um dia chegar ao estágio a que eles chegaram.

O meu pedido de ajuda vai no sentido de vos perguntar se usam, se não usam, se vão continuar a usar ou se estão a tentar largar, como eu.

Digam-me como raio posso eu de deixar de usar máscara, sem sentir que estou a prevaricar.

Obrigado pela ajuda.

25
Out21

Mordaças Sociais


Pacotinhos de Noção

liberdade-de-imprensa.jpgHoje vi o Big Brother.

Fui alertado para uma nova polémica que estava a mexer com as redes sociais e pensei logo que ia ver outro tipo a fazer a saudação nazi, ou então mais um pontapé de um tipo noutro concorrente. Mas a realidade é que não estava preparado para aquilo que vi e ouvi. Foi o horror. O meu estômago embrulhou-se e a minha espinha gelou. Por muito tempo que viva não mais esquecerei o gesto, nem o que aquele concorrente disse.

Reparem que um dos concorrentes, referindo-se a um dos seus colegas, que ao que parece acorda já cheio de energia, fez um gesto insinuando que o colega "snifa" estupefacientes e ainda legendou com a frase "Parece que acorda e dá logo nos ácidos".

As redes sociais movimentaram-se e pediram que role a cabeça deste energúmeno, para que não torne a repetir a gracinha.

A cabeça não rolou mas o concorrente não se livrou de um puxão de orelhas dos apresentadores Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos, que o relembraram que as brincadeiras que faz em casa são uma coisa, mas que está num programa de televisão e tem que pensar naquilo que diz.

Agora recordem-me por favor, esta coisa do Big Brother não tinha como uma das suas divisas ser "a novela da vida real"?

Pergunto isto porque na vida real não há guiões. Dizemos aquilo que queremos, por mais estúpido que possa ser ou parecer. As consequências depois poderão fazer-se sentir, mas ninguém nos colocou qualquer tipo de mordaça, e é isso que cada vez mais querem fazer aos concorrentes deste reality show.

Para produzir um programa destes há que ser corajoso. Não se pode ceder à pressão dos media e muito menos à pressão das redes sociais, que estão cheias daqueles aldeões ignorantes, que têm sempre as tochas e as forquilhas preparadas para perseguir o monstro que alguém diz que viu e que, na falha de encontrar o monstro, que na realidade nunca existiu, acabam por atacar um qualquer coxo ou marreco, porque tem uma diferença que para eles será grande o suficiente para que possa ser um monstro, ou que pelo menos permita validar o facto de o terem usado para saciar a sede que têm por sangue.

Já não é a primeira vez que se sabe que as produções fazem chamadas de atenção por coisas que este ou aquele concorrente disse. Ao que parece entrar na casa do Big Brother é como entrar num vórtex que nos faz viajar no tempo e transporta os concorrentes para anos anteriores a 1974, quando existia uma ditadura e em que pessoas sofriam por falarem sobre assuntos que não deveriam ou até por falarem de forma como alguns não quereriam.

O grande culpado destas situações é o famigerado politicamente correcto, que mais não é do que a censura disfarçada com unhas de gel, cabelos pintados, fatos de treino da ABIBAS e currículos académicos que de nada serviram, porque a janela para o Mundo pouco mudou desde a adolescência. Continua a ser um ecrã de um computador, ou agora também poderá ser o de um smartphone, que por muita informação que despeje dificilmente será aproveitada por quem está mais interessado em pegar neste ou naquele preciosismo de quem disse algo que não deveria e que por isso terá que ser pendurado na cruz.

Se quem produz o programa quer tanto ter fantoches dentro da casa, com tudo tão predefinido, porque é que não distribuem guiões a quem entra? Perderia em espontaneidade mas ganharia talvez em conteúdo.

No meio desta parvoíce toda a única situação que considero grave é o facto de terem várias pessoas fechadas e que não podem ser elas mesmo a 100%, porque existem condicionalismos de várias ordens, que são impostos pela produção que, infelizmente só existem porque dão importância ao que é dito nas redes sociais.

 

24
Out21

Terra Nossa do c@r@1h0


Pacotinhos de Noção

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Começo esta m€rd@ deste post duma maneira que vos poderá f*d*r o juízo, mas c@gu€i.

Acharam bonito a introdução que hoje escolhi?

Pois, também me pareceu que não. É vulgar e despropositada.

Não sou um menino de coro nem sequer andei numa escola de padres.

À verborreia conheço-a toda, e até uso com mais frequência do que aquela de que gostaria, mas apenas com quem me sinto à vontade, e só me sinto à vontade com pessoas que me são muito próximas, e raramente o faço na forma escrita. Não sei porquê mas uma asneira escrita parece-me sempre mais sonora do que falada.

Introduzo este tema depois de assistir a mais um episódio do programa Terra Nossa, com o César Mourão.

Não vou criticar o programa, do qual gosto bastante e que é uma fórmula ganhadora, principalmente se forem episódios novos como agora acontece, e não 359 repetições, como a SIC andava a fazer, e essa fórmula ganhadora fica a dever-se quase na sua totalidade à grande capacidade do César Mourão agarrar nos cromos que lhe aparecem, que nos vamos apercebendo que cada vez são mais comuns, arriscando até a que só nos calhem repetidos, e transformando-os naqueles especiais, que todos querem, e que têm até uma moldura prateada todo em volta.

Mas de entre aqueles cromos repetidos, que de tanto saírem até já enjoam, estão os cromos que são as velhas desbocadas que fazem da asneira gratuita e da ordinarice o seu cartão-de-visita.

O problema aqui está no facto de que parece tudo muito forçado. Houve uma primeira dessas senhoras que falou como um tipo das obras, ficou em êxtase quando reparou que a sala se ria e depois foi quase impossível controlar. A seguir a esta pioneira do palavrão, tem havido quase sempre uma velha destas, que em cada frase lança duas ou três pérolas da linguagem chula, que fariam corar até o próprio Bocage.

Não rara é a vez em que estas senhoras ainda não acabaram o "-lho" e já estão a olhar em volta, na procura de gargalhadas que validem a piada que tão bem elaborou.

Percebo que a produção aproveite o momento para colocar no programa, e sei também que não tenho pergaminhos para sugerir ou afirmar se deveriam ou não colocar essas senhoras, porque na verdade o intuito deste texto nem é esse.

Gosto imenso do programa, adoro a maneira como o César Mourão o faz e não mudaria nada, apenas o utilizo porque foi o que despoletou a que escreva este texto que visa criticar um tipo de linguagem que vai cada vez mais sendo corriqueiro e que utiliza despudoradamente o palavrão, ainda para mais o palavrão de "carga pesada".

Quem vier com o argumento que no Norte o palavrão é vírgula, eu apenas coloco dois exemplos que confirmarão se é realmente vírgula ou não.

1º No Norte, quando o pessoal tem uma dor e vai ao médico, para se queixarem dizem, "Sr.Dr. tenho uma dorzinha aqui que me incomoda" ou "tenho uma dorzinha aqui que me está a deixar f***do?"

E quando falam com o Padre da paróquia dizem "Venho-me confessar porque pequei" ou "Venho-me confessar porque fiz m€rd@"?

Mas regionalismos à parte.

Vivo na linha do Estoril, zona reconhecida por ter os betos de Cascais, os meninos e as meninas de bem (tios) e pessoal com educações e formações superiores. Os rapazes são filhos dos actuais administradores de empresas multinacionais e como tal futuros administradores dessas mesmas multinacionais, e as raparigas são as "Tichas" as "Patis" as "Tetés" que vão casar com esses administradores, e a linguagem que mais tenho ouvido ultimamente, utilizada por estes elementos, é de passar pedra-pomes na língua.

Curiosamente até são as raparigas que agora mostram maior orgulho em dizer asneirada e fazem-no com sobranceria, em alto e bom som, sem quererem saber onde estão e quem poderá estar presente, porque elas são "da best" e não devem respeito a nada nem ninguém, e ai de alguém que lhes tente dizer alguma coisa porque "se nem o meu pai me diz como devo falar..." E se calhar é mesmo aqui que mora o problema.

Com tudo isto, aquilo que quero na realidade dizer é que desde as senhoras velhas a dizer asneiras na televisão, (e não só) até às betas de Cascais a ter comportamentos semelhantes, mas sem ser em televisão, com muita pena delas, é-nos permitido chegar à conclusão que o uso deste tipo de linguagem não tem que ver com idade, estrato social ou região. Tem apenas que ver com educação ou falta dela e com noção ou falta dela.

O Fernando Rocha, que sempre foi tão criticado pelas asneiras que tanto utiliza, já apresentou e participou em programas de "day time" e mostrou que sabe, e consegue, falar com todas as vírgulas e pontos nos i's sem ter que no fim dizer "é pró bujão... Mai nada", pois tal não se adequava.

E o Herman, que durante anos foi perseguido por pessooal que dizia que ele era ordinário porque dizia asneiras, asneiras essas que se resumiam a um "cocó", nos dias actuais.

Bem, eu expus aquilo que pensava. Se concordarem concordam, se não concordam vão mas é todos para o...

 

22
Out21

É tudo uma questão de saúde mental


Pacotinhos de Noção

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Gentinha, vocês cada vez me metem mais nojo.

Então depois de há pouco tempo, no dia 10 de Outubro para ser mais preciso, se ter comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental, e todos terem andado a apregoar a importância do dia, logo na primeira oportunidade que tinham de estender o braço a alguém que de vocês precisava, mostram o quão egoístas conseguem ser!?

Temos um senhor septuagenário que, recordo, esteve em prisão domiciliária, confinado numa pequenina casa em Cascais. Pouco ou nenhum sol foi apanhando, porque a área ajardinada dessa casa é mínima, há-de ter-se andado a alimentar à base de enlatados porque a vida está cara e como se sabe o homem agora não tem rendimentos, só reforma e todos nós sabemos como são as reformas Portuguesas, não dão nem para sobreviver, por isso está mais que justificado que Ricardo Salgado esteja a ficar cheché, com tantos problemas que o assoberbam.

Imaginem só como o ex-banqueiro se iria mais abaixo ainda se tivesse investido as suas poupanças em papel comercial de um qualquer banco e o dono desse banco seria um bandido e o papel comercial teria tão pouco valor que nem para papel higiénico serviria. Mas isto é apenas um suponhamos, porque neste jardim à beira mal plantado não há gatunos, não há pilantras, não há mafiosos.

Disso não temos, mas temos muitos casos de falta de saúde mental, de facto.

Como se sabe os advogados do ex-Dono Disto Tudo alegam que o homem sofre de Alzheimer. Foi um Alzheimer galopante que surgiu de rompante quando se começou a aproximar a data do julgamento. Se eu quisesse agir de má-fé diria que quem também padece de um qualquer problema de saúde mental, seriam os advogados do Sr. do BES, ao imaginarem que também os juízes estariam loucos e até toda uma população não estaria a bater bem da bola caso pensasse sequer em acreditar nesta repentina doença.

Que vergonha é coisa que não abunda, para quem se deu ao trabalho de roubar e corromper tanta gente, já ninguém duvidava e como tal também não causa espanto. O que já causará mais espanto é conseguir perceber como é que alguém, com a capacidade para engendrar planos e esquemas tão complexos que lhe permitiu chegar a ser muito, mas mesmo muito, milionário, com o dinheiro dos outros, admitiu a hipótese de os advogados poderem atirar para cima da mesa este argumento tão estúpido.

Quem por estes dias se tem sentido muito estúpido, segundo espéculo eu aqui e agora, é o próprio do Ricardo Salgado que, segundo fontes fidedignas que não existem, exclamou "Então era só fazer isto!" quando tomou conhecimento da fuga do seu muito estimado amigo, João Rendeiro.

Os juízes já avisaram que não aceitam o possível Alzheimer de Ricardo Salgado como desculpa para adiar o julgamento, e eu acho mal. Como se sabe o Alzheimer é tipo dor de cabeça, é uma coisa passageira que se trata com um ou dois Ibuprofeno, ou um antibióticozinho naqueles casos que são um pouco mais graves, e é por isso que o pedido de adiamento faz todo o sentido. 

O homem agora está mal, mas para a semana pode estar melhor.

Eu estou até desconfiado que este Alzheimer foi alguma coisa estragada que o homem há-de ter comido ou uma virose que apanhou em qualquer lado.

Eu, apenas por precaução, quero deixar aqui bem claro que não pretendo ir passar umas férias pomposas à Sardenha porque imagina que a virose anda lá pelos ares do Mediterrâneo e me ataca! Eu já não sou grande coisa da cabeça, mas não quero ficar lelé da cuca, sujeito a ter que pedir o adiamento de um qualquer julgamento a que esteja sujeito.

21
Out21

Post das lamentações


Pacotinhos de Noção

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Ontem foi morto um tipo na estação do metro das Laranjeiras.

Não foi um jovem, não foi um menor, não foi um estudante, conforme se foi noticiando.

Não foi um crime passional, não foi um crime racial, não foi um assalto, como também já vi algumas pessoas a especularem.

Aquilo que já se vai sabendo é que o rapaz que foi morto, o Rafael, pertencia a um gang. Sim um gang, daqueles que se juntam para roubar, destruir, amedrontar, bater e em último caso matar. Daqueles que combinam encontros na internet para depois fazerem autênticas batalhas campais, acabando por vezes até a causar estragos em propriedade que lhes é alheia, como por exemplo em carros que possam estar estacionados nos sítios para onde foram combinadas as lutas.

Tratando-se de um ajuste de contas entre gangs tenho apenas a lamentar todos os danos colaterais que foram causados a quem nada com isto tem que ver.

Lamento por quem estava na estação e assistiu a esta selvajaria, lamento pelos pais do Rafael que por muito que tenham errado na educação do filho certamente quê nunca desejaram que ele tivesse este fim.

Lamento até por quem viu a sua vida atrasada pelo motivo do metro ter ficado várias horas com a estação fechada.

Lamento também que os agressores ainda não tenham sido apanhados e lamento muito caso algum seja menor de idade, pois dessa forma não terá a punição justa e adequada.

Outro dos lamentos grandes que tenho é que estas situações vão sendo cada vez mais frequentes. Há cerca de um ano mataram, também à facada, um rapaz de 16 anos numa estação de comboios na Amadora. Novamente luta de gangs. A meio de Setembro deste ano mataram um rapaz de 20 anos, no Cais do Sodré, com dois tiros na cabeça... Aqui não há a certeza de que tenha também sido um ajuste de contas entre gangs, mas tudo aponta para que sim.

A violência atinge limites fora do normal e chega a pessoas com idades cuja principal preocupação deveria ser se têm ou não uma nova borbulha, se a Jéssica Vanessa está apaixonada por ele, se consegue passar o nível naquele jogo da PlayStation ou se sempre conseguirá aquele primeiro emprego. Nalguns casos a preocupação deveria ser até se vai conseguir ter nota para entrar no ensino secundário ou não. Alguns destes tipos não deviam sequer andar sozinhos na rua, no entanto andam com facas e revólveres no bolso.

Urge ser dado um passo para tentar mudar algo, porque da forma que está não dá para continuar. É demasiado perigoso.

A minha sugestão vai no sentido de acabar com tretas como as Polícias Municipais, por exemplo, que mais não são do que homens armados, mal preparados e que na sua essência servem apenas para multar carros mal estacionados e servirem de polícias sinaleiros em locais com trabalhos na via, e formar algo como uma polícia musculada de Giro, que circularia pelas ruas e pelos transportes com o fim de evitar estes confrontos e apartando toda e qualquer escaramuça que pudesse surgir.

Alguns vão dizer que seria como dar início a uma guerra, mas tenho uma novidade... A guerra já começou e estamos desarmados, bem no meio dela, e não temos quem nos defenda.

Acho que este deveria ser um dos primeiros passos a dar, para que os lamentos que hoje fiz não sejam repetíveis incessantemente, em maior escala e com vítimas que nada tenham mesmo que ver com estas situações.

 

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