Os famosos não andam lá muito famosos
Pacotinhos de Noção
Longe vão os tempos em que ser-se famoso eram sinónimo de encanto, fascínio e exclusividade.
Evitei até agora falar do caso Johnny Depp/Amber Heard, porque não quis de alguma forma influenciar o julgamento, e, porque temia que se um ou outro lessem o meu post, podiam ficar melindrados comigo, e uma amizade tão forte poderia ficar abalada. Sou amigo de lhes frequentar a casa e fazermos brincadeiras parvas e tudo. Uma vez, a Amber até apostou comigo que eu não conseguia fazer uma coisa em cima da cama deles. Eu ganhei a aposta, e eles mandaram um edredão para o lixo. O que vale é que devia ser do IKEA por isso não era assim tão caro.
Este julgamento, e os relatos de tudo o que se passou, mostram que grande partes das vezes ser famoso e rico só difere de um anónimo e pobre, porque a capacidade de não se ter limites é maior e, ao contrário do que se possa pensar, os limites são algo de positivo, pois são eles que nos impedem de sermos estúpidos, inconsequentes, arrogantes e idiotas, e com estes quatro adjectivos consegui caracterizar alguns famosos. Muito basicamente é isto que os diferencia porque depois, bem vistas as coisas, a desgraça é toda a mesma.
Este assunto veio-me à cabeça ao observar a família do Gonçalo Quinaz, que apareceu hoje no Big Brother para lhe prestar apoio. Aqui impera um pouco a futilidade, mas quando imaginamos a família de alguém "FAMOSO" não estamos à espera de um tipo de calções e meias puxadas, uma mãe com um vestido que parece um repolho cor de vinho, demasiado curto para os joelhos que tem, de alguém que vestiu uma camisa, essa sim, cor de repolho e outro alguém com uma camisa que parece feita de retalhos.
Não esperava ver a família real inglesa, até porque essa também tem uns podres bastante malcheirosos, mas esperamos sempre um pouco mais. E a questão nem é por ser em Portugal, conforme demonstrei no início deste texto, e também não tem que ver com dinheiro. O Cristiano Ronaldo tem dinheiro que não acaba mais, e isso comprou-lhe gosto? A ele ou a alguém da família? A Georgina, por exemplo, é tão deslumbrada, e acaba por ter tão mau gosto, que ser for comprar a mala mais cara que houver na BIMBA E LOLA, tenho a certeza que a única coisa que vai aparecer é a BIMBA, a LOLA, com vergonha, há de ter ido dar uma volta.
As redes sociais são também um dos motivos pelos quais aqueles que dantes eram distantes e inalcançáveis, e sobre os quais pouco saberíamos, agora estão aqui mais ao pé, não hesitam em falar e dar opiniões, por mais escabrosas que possam ser, mas que depois permitem que o tal "glamour" se desmorone e nos dê a sensação real de que eles são apenas mais uns.
São poucos os famosos a quem isso não acontece. Posso dizer, por exemplo, que no caso do Herman José isso não acontece.
O motivo de tal não acontecer, mesmo o humorista partilhando tanto da sua rotina diária, é porque tudo aquilo que ele mostra tem gosto, tem requinte, mesmo que esteja apenas a mostrar os pepinos que tem na sua horta.