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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

28
Jul22

Atrás de um grande homem...


Pacotinhos de Noção

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Atenção, grande homem mas também não sou cego. Consigo ver todo o marketing que Zelensky tem à volta, acho ridículo as t-shirts com mensagens como se fossem as do "Rock in Rio - Eu Vou". Percebo que seja para manter os holofotes em cima do conflito, para que o Ocidente não se esqueça daquilo pelo que a Ucrânia passa, mas seria mesmo necessário ser a capa da Vogue?

A mulher está deslumbrada com a fama, e cada vez que abre a boca lembra-nos que calada é uma poetisa. Com tanta gente morta, e tantas crianças a sofrerem, afirmar que agora o sonho do filho de 9 anos, é pertencer ao exército ucraniano, mostra que é péssima mãe, pois o que deveria tentar fazer era tirar essa ideia do miúdo, porque a probabilidade, de alguém que vai para uma guerra, morrer, é altíssima.

Sem pesquisar no Google, alguém se lembra quem era a esposa do senhor Churchill? Não?! Então está tudo certo, pois é assim mesmo que deveria ser.

27
Jul22

Dr. Venturanstein


Pacotinhos de Noção

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Este post é particularmente dedicado à Irma Ribeiro, ao AGIR, à Carolina Deslandes e a toda uma geração "woke" que tem a sua motivação nas lutas bacocas que só servem para sentirem que o sangue corre-lhes nas veias. Afinal de contas são a geração que tem já a papinha toda feita e que, acabando o último nível do GTA, fica sem grande coisa para fazer. Quando se tem 13 ou 14 anos, ainda se pode dar o benefício da dúvida, e tapar o sol com a peneira dizendo que "quando crescerem entram nos eixos", mas temos aqui já pessoas adultas e com filhos, que servem até de influenciadores de malta mais nova.

O que me leva a escrever isto é a mais recente polémica acerca da música interpretada pela Irma, escrita pelo AGIR, cuja ideia surgiu numa conversa da intérprete com a Carolina Deslandes, e que no final foi dançada pela Rita Pereira, acusada de apropriação cultural, porque o fez usando umas tranças africanas... 

Só abordo este assunto dada a importância que tem e o contributo que pode dar para a nossa sociedade actual - NENHUM.

Deixem de ser idiotas.

Percebo que, por exemplo, o AGIR tenha uma herança pesada, ou não tenha sido o "Depois do Adeus", do seu pai, que serviu de senha para despoletar o 25 de Abril, mas isso não significa que a vida de todos tenha que ser uma luta, ou pelo menos uma luta a cada instante.

Enquanto perdem tempo com parvoíces como a apropriação cultural, a identidade de géneros ou uma emancipação feminina levada a níveis de ridículo, o verdadeiro perigo vai crescendo a olhos vistos, como se de um cancro se tratasse, e um daqueles malignos que espalha metástases para tudo o que é sítio.

Os assuntos que falei atrás  são - não assuntos-. A apropriação cultural é das coisas mais estúpidas de sempre. Se eu gostar de tranças não posso usar porque são africanas, se gostar de kizomba também não posso dançar porque não sou preto? Isso é estar a colocar a cultura africana num nicho que não se quer. Então se durante anos se lutou, a sério, para que deixasse de ser um nicho, agora quer-se voltar atrás? A cultura não tem donos, a cultura pertence a todos, e quem a usa homenageia, não se apropria. Por essa ordem de ideia só os ingleses poderiam jogar futebol, críquete e basquete, porque foram eles que inventaram. Se outros o fizerem, então é apropriação cultural. E já agora o Chuck Norris tem que ser cancelado, porque em todos os filmes, e séries, que fez utilizava artes marciais que, como sabemos, são orientais... Apropriação cultural, claro está.

Enquanto perdemos tempo à procura de cabelos em ovos temos no parlamento um partido que já foi de um só homem, que é agora de 12, e segundo as últimas sondagens poderá aumentar, e muito.

André Ventura e o seu CHEGA, já deixaram de ser o bobo da corte para serem aquele oficial da Casa Real que está bem perto do Rei, na esperança de mais cedo ou mais tarde conseguir espetar a sua faca, e tomar o poder.

Não se iludam, que André Ventura não é o monstro inútil que muitos idealizam, e sim o Dr.Frankenstein que cria o monstro, e lhe dá vida. O monstro, esse, está entre nós. Andava envergonhado e adormecido, à espera da descarga eléctrica que necessitava para se erguer e balbuciar os seus grunhidos, e é isso que acontece. Basta ver nas redes sociais, e até no dia-a-dia, em que encontramos cada vez mais acéfalos racistas, xenófobos, machistas, preconceituosos e homofóbicos, e que se assumem sem vergonhas. Alguns até são juízes e professores universitários…

Eu tenho que admitir que em tempos até já admiti que Portugal não era um país racista, mas hoje não consigo fazer a mesma afirmação com tanta certeza como outrora. Assim como não me arrisco a dizer não haver homofobia.

Alguns dirão que estes sentimentos retrógrados surgem precisamente porque existe uma geração "woke", que quer à viva força fazer com que aceitemos tudo obrigatoriamente.

Não sei se será isso. Acho, isso sim, que este tipo de animal sempre existiu, mas tinham vergonha de abrir o bico porque julgavam ser uma minoria, mas com o surgimento de um CHEGA, e de coisas como a pandemia, que fez com que grande parte das pessoas não queira deixar para amanhã o que pode ofender hoje, meteram as manguinhas de fora. A Maria Vieira é uma prova disso mesmo. Uma pessoa que tantos tão bem-queriam, que se embeveciam pelo facto da senhora tratar dos seus cães como elementos da família, e agora ela mostra que é alguém com uma mente completamente desequilibrada, e que de simpática tem muito pouco.

Voltando ao assunto do "woke" devo dizer que sim, são uns chatos do caraças, é um facto. Parecem aquela velha que quer sempre levar a dela avante, e está sempre a falar das maleitas que tem, mesmo quando o assunto é outro, e até mais importante, e tal como a essas velhas, também não os suporto, mas há-de passar, espero.

Acabo agora como comecei, dirigindo-me às mesmas pessoas do princípio, que sendo elas figuras públicas, conseguem ter um alcance que um simples anónimo não terá. Coloquem a mão na consciência e vejam o perigo que têm pela frente e com o qual, mais tarde ou mais cedo terão que lidar, e julgo que o ideal é que lidem o mais cedo possível. Não sou alarmista, é um perigo real e o caso do Putin e da Ucrânia é o exemplo perfeito de como ignorar o óbvio nunca dá bom resultado. Ventura com o poder nas mãos será a ruína deste país, conforme agora o conhecemos. O retrocesso será catastrófico, e o racismo, a homofobia, o machismo e o nacionalismo tóxico vão atingir níveis incomportáveis. Deixem-se de lutas menores, de tentativas de afirmação que, perante aquilo que nos ameaça, serão apenas migalhas. Temos que garantir o básico e o essencial da convivência humana. Que cada um ame quem quiser, que o Governo do país trate todos os que cá estão de igual forma, e que ter quem nos governe não seja sinónimo de ter quem nos agrilhoe. Acreditem que já estivemos bem mais longe disso, e parte dos portugueses são culpados, sem sequer imaginarem que também poderão sofrer às mãos, daqueles que hoje defendem, e julgam ser um salvador da nação e dos bons costumes.

23
Jul22

Não existe título que emoldure isto


Pacotinhos de Noção

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Volto a tocar neste assunto, e quem não estiver interessado tem sempre a opção de não o ler.

Aqui não falo sobre a guerra, sobre a invasão de um país pelo vizinho, nem se há armas enviadas ou não enviadas. Agora estou apenas a colocar-me na pele deste homem e a sentir os pêlos da nuca arrepiados.

Sim, bem sei que esta é uma notícia que já não é fresca, mas se eu ler uma notícia, ou vir uma foto, de um pai a segurar a mão do filho morto, mesmo que essa notícia ou essa foto tenham 50 anos, a sensação que terei será exactamente a mesma, porque me coloco no lugar deste pai.

Esta imagem não vale por mil palavras, não vale nem por um milhão, porque por mais palavras que se digam, estas não chegarão para justificar a morte de um filho, nem para confortar o coração deste pai. Não consigo, nem quero imaginar a dor que ele estará a sentir. Coloco-me no seu lugar mas não o quero fazer. É injusto bem sei, assim até parece que o abandono na sua dor, mas só de me imaginar na mesma situação julgo que não viveria nem mais um segundo, pois o meu coração bate pelos meus filhos e sem eles não existiriam razões para bater. Mas não estamos aqui para falar de mim, nem sequer estamos para falar no pai do Dmytro. Reparo agora que nem percebo bem porque estamos aqui, eu a escrever e vocês a ler. Talvez por solidariedade com este pai, talvez para sublinhar mais uma vez a estupidez de uma guerra sem justificação e que vai ceifando cada vez mais vidas, em que doendo todas, as de crianças doem ainda mais forte.

Há mais guerras noutras partes do Mundo? Haverá certamente, e se houver imagens difundidas das mesmas, a tristeza que sentirei será a mesma. Não sou director de nenhum canal de informação e como tal não tenho a responsabilidade de falar de todos os conflitos que possam existir. Falo apenas daqueles sobre os quais me chegam informações e penso ser assim com todos nós. Claro que os meios de comunicação divulgam apenas aquilo que mais vende, mas eu não acredito que o principal objectivo seja o do lucro e da venda fácil. Dentro de uma qualquer redacção poderá existir um mentecapto cuja língua que fala é a dos cifrões, mas o grande núcleo de repórteres e jornalistas são pais como nós, e também terão sentido esta notícia como um murro no estômago.

Suporto cada vez menos as pessoas. De dia para dia demonstram que pouco valem e valores são coisas que não têm. Ainda assim não lhes quero mal, mas depois há uma franja de idiotas que ficam a dever muito ao ar que respiram. Falo obviamente de Putin, a quem a morte será o menor dos males, e em que a mesma será festejada um pouco por todo Mundo, e depois acrescento também pessoas que defendem Putin e a sua invasão, apenas porque se lembraram que o que lhes dá tempo de antena, é sempre contrariar o grosso da sociedade, quer seja na política, problemas sociais, gestões de pandemias, e neste caso concreto. Falo agora de pessoas como a execrável Maria Vieira, em que o papel que melhor desempenhou até hoje, é o de pessoa estúpida e idiota, que cada vez que abre a boca, o que de lá sai faz uma ETAR parecer um jardim com flores frescas, e de Alexandre Guerreiro, um suposto ex-espião que provavelmente o que mais lhe proveu espiolhar, foram as ceroulas com que Putin dorme, para poder copiar e usar iguais. A vontade que este homem demonstra em defender todos os passos dados pelo ditador russo, tornam isto até num caso claro de paixão cega, do Alex pelo Vladi. Desconfio que Guerreiro poderá até sonhar com o urso russo, cavalgando em tronco nu por entre bosques e vales, em direcção ao estuporado comentador português que, quando está mesmo prestes a levar um repenicado beijo do "czar wanna be", acorda sobressaltado lembrando-se que na Rússia não há cá dessas mariquices de homens com homens... É crime e dá direito a prisão.

Sei que todos têm o direito à sua opinião, é um direito que se lhes assiste, mas quando a opinião é abominável, penso que esse direito deixa de fazer sentido. Não se deve amordaçá-los porque de outra forma não ficaríamos a conhecer quem são, afinal, os malucos, mas já que estão tão do lado do Putin, deportava estes débeis para o centro do conflito na Ucrânia, pois assim poderiam melhor perceber o terror que passam aquelas populações. Mas isto se calhar era ser pior que eles, contudo sempre ouvi dizer que "Quem com ferro mata, com ferro morre."

20
Jul22

Que se feche o Governo!


Pacotinhos de Noção

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Segundo as últimas sondagens, o Governo PS de António Costa, se fosse agora a votos, perderia a maioria.

PS perdeu votos e PSD subiu, mas se isto acontecesse o problema não seria grande para o nosso magnífico Primeiro-Ministro, porque quem "geringonceia" uma vez "geringonceia" duas.

O que esta descida realmente significa é que a sobranceria de António Costa, com uma maioria absoluta nas mãos, faz com que o povo esqueça um pouco aquele gordinho bonacheirão, que a todos dá a volta, e se lembrem daquele gordo brutalhão que queria dar uma galheta num velho, que até o punha a andar às voltas.

Para acrescentar à arrogância que o Sr.Costa demonstra, a populaça (aquela que nele votou) começa a aperceber-se que o que realmente conta não é o bem-estar dos votantes, mas sim o bom descanso dos votados. Ao invés de se resolverem os problemas que beneficiariam os portugueses, o Governo de António Costa decidiu começar a dar a volta às questões. O comportamento é como o de um mau mecânico que não conseguindo identificar qual o problema que faz existir uma luzinha de avaria no painel do carro, decide resolver o problema tirando a lâmpada dessa luzinha. Poupou-se a uma série de trabalhos, recebeu por um algo que não foi feito, e quem sairá prejudicado é o cliente, nunca ele. E é desta forma que António Costa dá a volta às questões. Com a pandemia habituou-se a mandar todos para casa e essa é também a solução encontrada para quando está calor, e há o risco de incêndios, anulam-se os eventos, e que vá tudo para casa, colocar os pés de molho.

Acaba por ser como um castigo, castigo esse mais que merecido, se tivermos em conta que os culpados destes incêndios somos todos nós. Primeiro porque não fizemos como o aconselhado, e saímos de casa, depois porque, como tão bem se sabe (segundo António Costa) os incêndios têm sido, maioritariamente perto das populações e "não nascem de reação espontânea - surgem sempre devido ação humana, de forma deliberada (pela mão de incendiários)"... Então se afinal a culpa é dos incendiários, porque é que não se punem exemplarmente esses incendiários? Porque é que não se aposta num reforço de vigilantes florestais, em vez de amedrontarem velhotes sem dinheiro, com a ameaça de multa, caso não limpem os terrenos em volta das suas casas?

A par de declarações destas foram feitas outras como "o Estado não é o segurador universal de ninguém". É um facto, não o é, mas se não é para uns, não deveria ser para ninguém, como por exemplo o NovoBanco, a EFACEC, a TAP. Já para não falar no dinheiro que aí vem do PRR, que deveria ser para apoiar empresas que passaram mal por serem obrigadas a fechar portas durante o confinamento, mas não, mais de metade desse dinheiro vai para uma empresa só, de um barrigudo Mário Ferreira, dono de um canal de televisão, e com quem António Costa gosta muito de almoçar, jantar e ir a festas.

O desgosto dos portugueses vem também muito agregado aos problemas que se têm sentido no SNS que, não sei se se recordam, estava vivo e de boa saúde.

Vivo até concordo que ainda está, assim como está vivo um peixinho que saltou do aquário e que, ainda vivo, estrebucha que nem um louco no chão, segundos antes de se finar. Conselhos transmitidos, para evitar os problemas com o SNS são tão bons como "não fiquem doentes em Agosto", e "não comam Bacalhau à Brás", mas se tal acontecer, e forem para o hospital, a culpa, mais uma vez, é toda vossa, como disse o Sr.António.

Como os problemas continuam há que solucionar, e qual foi a solução para o SNS?

Fechar urgências e urgências obstétricas, e fica o assunto arrumado.

Seguindo esta linha de pensamento, e tendo em consideração que este Governo, ainda que com maioria absoluta, funciona de uma forma tão má e atabalhoada, como se constatou na situação do aeroporto, com Pedro Nuno Santos, não seria caso para se começar a pensar em encerrar este mesmo Governo, com a vã esperança de que quem venha a seguir seja um pouco melhorado, ou pelo menos que tenha um pouco mais de vergonha na cara?

Fica a pergunta no ar, mas em balão de ar quente, porque de avião ia ser difícil de fazer o embarque, quanto mais de descolar.

13
Jul22

Vira o disco e toca o mesmo


Pacotinhos de Noção

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Ia começar uma dissertação de como chegou o Verão, com o calor que tantos pediram e tal, mas não. Vou directo ao ponto. E o ponto é:

VOLTARAM OS INCÊNDIOS, E DE QUEM É A CULPA?

Há vários, mas os principais são todos, menos aqueles que têm responsabilidades no país, e é isso que importa reter, esse não têm a culpa nunca.

Depois dos grandes incêndios de 2017, com a morte de cerca de 100 pessoas, António Costa, já Primeiro-ministro na altura, conseguiu empurrar as responsabilidades para o anterior Governo, para o clima, e até para os donos dos terrenos, que não os limpavam, sendo essa a justificação para o fogo avançar de forma galopante. Como bom aspirante a ditador que é, passou a obrigar que todo aquele que tenha um terreno gaste, todos os anos, centenas, e nalguns casos até milhares de euros para fazer essa limpeza. Caso não a façam é-lhes aplicada coima pesadíssima. Curioso é saber que terrenos, pertença do Governo, normalmente não procedem a esta limpeza.

Na altura a cabeça que rolou, foi a da incompetente Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Aquela que até argumentou que não se demitiria, ainda que lhe desse jeito, para poder tirar férias.

Foi prometido investimento em guardas florestais, equipamento para os bombeiros, vigilância, equipamentos adequados para a prevenção dos fogos. Hoje percebemos que o investimento foi muito bem feito, ao ouvirmos os bombeiros queixarem-se de que não têm condições, que lhes faltam braços e equipamentos. Os aviões Canadair têm que vir de Espanha, não sei se não seria uma boa ideia vender um ou outro submarino, embora nos possam fazer muita falta, dado o nosso enorme poder como força naval, mas o dinheiro de um desses veículos subaquáticos pagavam quantos Canadair, e quantos anos de manutenção? Ainda por cima seria algo que teria uso practico todos os anos.

É verdade que está muito calor, mas isso não explica tudo. Há mão criminosa, há descuido de quem atira uma beata de cigarro pela janela, pode até haver um cabo de alta-tensão a embarrar nas copas das árvores, vejam lá vocês. Mas havendo isso tudo tem também que haver apoio ao combate aos incêndios, não pode haver um lavar de mãos, ou uma desculpabilização com as circunstâncias. Estamos no oitavo ano de governação de António Costa, e tal como em quase todos os outros assuntos, na prevenção de incêndios não houve melhorias. Há a tentativa de imputar responsabilidades às próprias vítimas, como é o caso de quem vê as suas casas queimadas, e vem um engravatado dar palmadinhas no ombro e dizer -"pois, isto é tudo muito triste, mas o senhor evitava isto limpando o seu terreno"-. Assim como foi culpado o desgraçado atropelado, serão culpadas as pessoas que ficarem doentes em Agosto, ou caso comam Bacalhau à Brás, e culpados são também os que andam de comboio em horas de maior calor.

A política de Costa tem já laivos ditatoriais. Habituou-se a manter todos em casa devido ao vírus e então agora, havendo calor, sugere que não se saia de casa e proíbe festivais. Qualquer dia, tendo em conta a baixa natalidade, vai obrigar a que cada casal tenha 3 ou 4 filhos... ai não, esperem lá, não pode ser porque as urgência obstétricas dos hospitais até estão fechados...

O vira o disco e toca o mesmo não é pelo facto de voltarem os incêndios, porque isso é uma fatalidade de quase todos os anos. Curiosamente até baixaram durante a época de confinamentos, o que nos leva a pensar que, de facto, o Homem não acrescenta muito ao planeta, só prejudica, refere-se, isso sim, às fracas desculpas, ou justificações, que os Governos de António Costa deitam cá para fora.

12
Jul22

Mais um bebé abandonado à morte


Pacotinhos de Noção

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Foi hoje encontrado em Cascais, um bebé abandonado no meio do mato, por trás do hotel Pestana em Cascais. Ainda tinha cordão umbilical e parecia ter nascido recentemente. Foi levado para o hospital de Cascais e, ao que parece, está estável e de boa saúde.

Esta situação reporta-nos ao caso recente do bebé encontrado, já sem vida, num caixote de lixo em Sintra, o que me leva a tirar várias conclusões.

A primeira é que de facto o aborto não é desejado, mas está a tornar-se uma necessidade.

Se me perguntam se sou a favor do aborto, terei que responder que não, mas acredito que deve existir. Se eu faria? Em princípio julgo que não, a não ser num caso de mal-formação ou de risco de vida da progenitora, mas isto porque sei do amor que tenho para dar. O meu primeiro filho foi uma inseminação, e o segundo foi planeado, portanto, ambos desejados, mas se existe quem sinta que não está apto para ser mãe ou pai, penso que faz muito bem em não ter filhos, e a primeira forma de não os ter é sendo consciente e responsável, para não ter assim que partir para métodos mais drásticos. De qualquer maneira, se assim tiver que ser, acho sempre preferível que façam uso dessa opção ao invés de darem à luz um pequeno, frágil e indefeso ser, matando-o depois, ou largando-o à sua sorte podendo proporcionar-lhe momentos de sofrimento e terror.

Mas de que forma podem ser evitados estes casos?

Gente miserável, execrável e que não merece o ar que respira, sempre houve e vai haver, e quem mata, ou abandona um bebé, não merece estar à face da terra, mas sim a 7 palmos debaixo da mesma.

Mas ignorando estes casos de demónios que, infelizmente, conseguem procriar, temos que ter consciência de que podem acontecer percalços e, na grande maioria das vezes, acontecem por ignorância, falta de conhecimento e preparação. É por isso que defendo - e digo isto numa altura em que está instalada a polémica devido à disciplina de cidadania - que a Educação Sexual deveria ser de ensino obrigatório nas escolas.

No meu entender as escolas são centros de apoio que nos ajudam a definir o nosso futuro, quer profissional mas também pessoal, e como tal, tendo também em vista que esse futuro não fique penhorado, julgo que a disciplina de E.Sexual é essencial. Haverá os reticentes e até renitentes, mas isto porque pensam com as cabeças porcas e javardas com que vivem. As aulas de Educação Sexual não têm o intuito de demonstrar como se fazem bebés, como se coloca um preservativo, qual a identidade de género com que mais te identificas. Não, nada disso. A disciplina tem que existir para fazer chegar aos alunos toda a informação necessária para conhecerem tudo aquilo que às vezes não têm quem lhes ensine e que, na mais completa ignorância, acabam por ir FC tentando aprender sozinhos, não alcançando no final os melhores resultados. Exemplos práticos:

Para as meninas:

O início da menstruação numa menina. O aprender a contar e conhecer os seus ciclos menstruais, o saber o que é ou não normal, o reconhecer um problema sem ter vergonha de procurar ajuda quando, por exemplo, se ficam longos tempos sem menstruação, mesmo quando não se iniciou ainda uma vida sexual activa.

Dar a conhecer os vários métodos de contracepção, principalmente a pílula, que em muitos casos é dada a toma inicialmente, não para evitar a gravidez, mas sim porque serve como forma de regulação hormonal, permitindo às meninas regular mais facilmente o seu ciclo menstrual e até, noutros casos, evitar as tão dolorosas cólicas com que tantas raparigas têm que lidar.

Nos rapazes:

As fimoses.

São mais comuns do que se imagina, e além de causarem desconforto poderão gerar infecções graves e dolorosas, e os rapazes nunca falarão neste assunto porque não sabem que o problema que têm é mesmo um problema. Com a falta de informação pensarão ser normal.

Os métodos contraceptivos também para os rapazes, e até a informação, para um dia mais tarde, caso queiram, de que intervenções como a vasectomia, são comparticipadas pelo Estado e são muito menos indolores do que ter um filho que não se queria ter.

São só alguns exemplos no meio de tantos outros, que ajudariam a combater tantas mães e pais adolescentes, tantos bebés deitados ao lixo, mandados sanita abaixo ou abandonados em descampados. Não estou com isto a desculpar estes actos, porque quem consegue fazer este tipo de coisa a um ser, com quem compartilhou os batimentos cardíacos durante 9 meses, boa pessoa não será. Até mesmo no acto de abandonar se poderá ver um acto de carinho. Uma coisa é abandonar um bebé num lugar onde sabem que poderá ser visto, salvo e até criado, outra coisa é abandoná-lo para poder rapidamente morrer, deixando assim o problema de existir".

É por isto que aprendi a respeitar aqueles casais que admitem que não querem ter filhos, porque ao admitirem que não querem, e ao evitarem tê-los, estão já neste acto, por si só, a demonstrar amor por aquele filho que nunca terão, pois não o vão trazer ao Mundo para o fazer sofrer.

Para terminar um pequeno recadinho para todas aquelas feministas encruadas que utilizam o argumento "se não tens útero não podes falar"... Se fosse assim não teria sido aprovado o casamento entre casais homossexuais e à posterior lei que permite casais homossexuais de adoptar. É que não somos todos homossexuais, mas todos opinámos. Vivemos em sociedade e se somos diferentes porque uns têm útero e outros têm testículos, o que mais devia contar é que somos iguais, porque todos temos cérebro e coração. Saber usá-lo, isso agora é que já é outra história.

08
Jul22

A cair no esquecimento


Pacotinhos de Noção

O dia hoje foi carregadinho de notícias importantes. O Boris Johnson que se demitiu, o NOS ALIVE que está em alta, as temperaturas que sobem no Verão, os incêndios que advém das temperaturas, etc. Como disse, são tudo notícias com a sua importância, mas parece que a guerra na Ucrânia acabou.

Os vários blocos noticiosos, honra lhes seja feita, não abandonaram o assunto. A SIC, principalmente, continua a falar no assunto e a fazer as suas análises, mas o cidadão comum já deitou para trás das costas, já não é um assunto tão "trendy".

Para mim o lado mais negro da guerra são as mortes das crianças. Um adulto que viva na Ucrânia sabe que está num país em conflito e poderá ser uma questão de tempo até lhe rebentar um projectil em cima. Tem essa consciência, não será uma surpresa. Mas e uma criança? Uma criança inocente que sonha, chora, ri, pula, canta e brinca, e quando brinca, num jardim infantil, como ainda hoje os meus filhos fizeram, e muito provavelmente os vossos também, não espera nunca que aquela volta no cavalinho ou aquela subida no balancé, poderá ser a última. É isso mesmo que mostra o pequeno vídeo que aqui coloquei. A senhora que fala não é família, não é amiga, não tem nenhuma ligação com os miúdos, mas dá para notar na sua respiração ofegante e no seu discurso meio atabalhoado, que viu algo que nunca irá esquecer, uma criança de bruços, em cima do baloiço, onde morreu enquanto brincava.

Algo ainda mais assustador é que ao que parece o ataque foi feito por tropas ucranianas, porque a região onde isto aconteceu está já tomada pelos russos e este ataque foi uma contraofensiva conduzida por parte de tropas ucranianas. A Ucrânia não desmentiu o sucedido, apenas afirmou que "apenas ataca alvos militares".

Muito sinceramente é completamente irrelevante quem foram os indivíduos que dispararam aquele "rocket", mas se foram as tropas russas para culpabilizar a Ucrânia, isso é hediondo, mas se foram os ucranianos, numa vã tentativa de recuperar terreno, então isso além de hediondo é de uma falta de honestidade e vergonha inqualificáveis. Quantas vidas, principalmente de crianças, é admissível perder por causa de terra?

Para mim, é fácil falar, pois não sou minimamente nacionalista, de facto irrita-me bastante o slogan "O que é nacional é bom" porque há muita trampa nacional que não chega sequer a mau, quanto mais a bom. Como não beijo a bandeira, não fico doido com a selecção e nem sequer gosto de bacalhau, se me visse numa situação como a dos ucranianos, já teria pedido ao Zelensky que entregasse a chave do país ao doente do Putin. Ia perder o meu orgulho? Provavelmente, mas iria poupar em vidas.

Eu com isto não digo que concordo com a invasão, atenção, aquilo que digo é que a guerra mexe com demasiados interesses para ter um fim à vista. Recordem-se, por exemplo, que Boris Johnson só não saiu antes do cargo que ocupava, porque entretanto passou a ser uma parte bastante activa neste conflito.

Costa coloca a culpa do aumento dos preços na guerra, Macron, embora tremido, ainda conseguiu ganhar mais um vez as eleições, e o mundo do fabrico de armas voltou a sentir os cofres a encher como já há muito não sentia. É uma guerra que interessa a muitos que não acabe tão depressa, e enquanto isso vão morrendo cidadãos comuns, entre eles crianças.

04
Jul22

Tanto talento, e nenhum na TV


Pacotinhos de Noção

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Acabaram hoje os Ídolos... Finalmente.

O "Uma Canção para ti ainda não acabou... Infelizmente.

Para começar, e justificar a imagem que emoldura o texto, gostaria de referir que a maneira como os apresentadores, e até dos júris, são vestidos, define bem estes programas. Uma parolada. Joana Marques, o Elvis manda dizer que quer a roupa de volta.

Não aprecio especialmente estes "talent show" mas também não penso que devem deixar de existir. Defini-los como "talent show", quando o talento é algo que por ali não passa, é que já me parece demasiado.

Portugal é um país pequenino, é natural que não consiga produzir um Paul Potts ou uma Susan Boyle, mas a verdade é que mesmo que aparecesse alguém do mesmo género destes dois, dificilmente iriam ganhar, porque não teriam "star quality", e porque não se encaixam no estilo "pop" que a parolice portuguesa tanto procura.

Os Ídolos já tiveram várias temporadas, Nuno Norte, Sérgio Lucas, Filipe Pinto, Sandra Pereira, Diogo Piçarra e João Couto foram os anteriores vencedores. Fora Diogo Piçarra, nenhum dos outros alcançou uma carreira de sucesso.

Existem alguns participantes que ficaram conhecidos, como a Luciana Abreu, Salvador Sobral ou a Carolina Torres. Tudo pessoas que, me parece, ficam a dever tanto para o mundo da música, como para a sanidade mental, ou educação, como recentemente Carolina Torres mostrou, ao abandonar, de forma prematura, o palco dos Ídolos, para o qual foi convidada. Quem vier com o argumento de que o Salvador Sobral ganhou a Eurovisão, chamo só a atenção de que este ano ganhou a Ucrânia, porque está em guerra, não tem nada que ver com música, já ganhou uma mulher barbuda, ou um barbudo vestido de mulher, e uma tipa vestida de galinha, só por ser israelita.

Voltando, e terminando o assunto "Ídolos", gostaria só de sublinhar que os jurados perdem toda e qualquer credibilidade, quando no lote de finalistas existem vozes paupérrimas, mas ainda assim todos os júris se desfazem em elogios. Posso apenas ser eu que sou duro de ouvido, mas há casos bastante evidentes de participantes que nem em karaokes se safariam.

O caso do "Uma Canção para ti" já é diferente.

A qualidade continua a ser nula, os jurados são 50% de elementos que não percebem nada de música, por muito que o Manuel Luís Goucha defenda a Rita Pereira, arranjando justificação para o facto de ela ali estar, e acho também uma certa piada que elementos do PAN façam burburinho pela exploração de animais para entretenimento popular, mas que não façam chegar nenhuma queixa junto das autoridades, pelo facto de às 00:30 haver miúdos nas cantorias da TVI. Apenas falo nisto devido à falta de coerência, e porque de facto a TVI ganha bom dinheiro com o uso destas crianças. Isto só acontece porque há imensas pessoas a assistir ao programa, pessoas que elevam a voz para reclamar o direito de tudo e mais um pouco, mas ver os meninos a cantar, até tão tarde, dá-lhes alegria.

Sinceramente falando, faz-me confusão a mim? Sim, faz alguma. Nem tanto pelos miúdos ou pelo programa, porque os miúdos até se deverão estar a divertir, e o programa cumpre a sua função que é a de tentar entreter as pessoas em casa, mas não tiro da cabeça que por detrás de cada uma daquelas crianças poderão estar uns pais, para quem faz sentido que os filhos fiquem a cantar até de madrugada, apenas porque assim podem vir a ter uma carreira... Não sei porquê, mas só me consigo lembrar dos pais do Saúl Ricardo.

Só mais uma pequena curiosidade, que reparei agora, enquanto acabo este texto.

A SIC está a transmitir o concerto da Anitta, no Rock in Rio, o que confirma que saber cantar não é o critério por eles escolhido, para hoje aparecer na televisão.