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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

27
Mai23

O campeão ajuda o cãopião


Pacotinhos de Noção

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E há sempre os dois lados da mesma moeda. O Benfica ganha, e muito bem, e o Galamba e o Costa ganham também, uns tempinhos de sossego. Quer por parte da comunicação social, quer do povo.

Depois chega o Verão, depois as Jornadas Mundiais da Juventude, e a coisa vai andando.

24
Mai23

Tenham alguma empatia com este texto


Pacotinhos de Noção

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Parem de dizer que caminhamos para o abismo. Na verdade, já estamos em queda livre, e, ou temos um paraquedas que no salve, ou acabaremos esborrachados lá em baixo.

Faço esta analogia querendo referir-me ao pouco caso que fazemos do próximo.

Não interessa se o próximo é um vizinho, um amigo, um familiar, ou apenas alguém que passa por nós na rua.

Há o costume de dizerem que nos transformamos em pessoas mais fechadas, mais metidas connosco mesmos, mas não concordo. Acho apenas que estão todos muito mais egoístas e que não querem saber de nada nem de ninguém, a não ser deles próprios, e sim, “se eu não gostar de mim, quem gostará”, mas se só tu, gostares de ti, a partir de determinada altura a resposta será ninguém, e um dia mais tarde, nem tu mesmo gostarás de ti.

O "Pacotinhos de Noção" é uma página que critica, aponta erros e defeitos. Ocasionalmente também tem um ou outro artigo elogioso, mas a verdade é que não foi criado nesse sentido. 

Com o passar dos tempos fui observando e tomando consciência de como o ser humano consegue ser odioso. 

Trata mal as pessoas, é badalhoco, julga que é o melhor e ainda tem pretensões de ser o dono da razão. Infelizmente, e talvez porque ainda não me insira tanto na classe destes odiosos, não tenho nem coragem, nem vontade, de entrar no bate boca com alguém que, no meu local de trabalho, por exemplo, tem comportamentos que só lhe ficam mal, mas, como vou acumulando todas as situações que acontecem, escrevo-as e tenho conteúdo para a página. É uma forma de escape como outra qualquer. Uns fazem um desporto de combate, outros jogam ténis, os importantes jogam golfe, e eu escrevo o Pacotinhos.

A fonte de inspiração é inesgotável, e tem jorrado cada vez com mais força.

Durante uns tempos andámos todos "paz e amor", porque havia uma pandemia. Batíamos palmas às janelas, fazíamos serenatas na varanda, agradecíamos aos que no meio da pandemia iam trabalhar todos os dias para nos servir, e andávamos com uns arco-íris a dizer que "Vai ficar tudo bem". Individualidades que percebem muito de sociologia, afirmavam que depois do período de dois anos de confinamentos e de consecutivas vagas, iríamos ter um período em que as pessoas iriam ficar sedentas de contacto, de toque, de proximidade... E tinham razão, mas talvez não do modo como imaginavam. Tem sido comum vermos vídeos de pessoal à batatada, mulheres aos puxões de cabelo numa bomba de gasolina, há notícias de facadas a torto e a direito.

E não é um fenómeno apenas de uma faixa etária, consideremos como "adulta". Quem tiver contacto com malta mais nova, julgo que não me irá desmentir, quando afirmo que afinal não são a geração mais bem preparada de sempre, e sim a geração mais desligada de sempre. Conheço uma família em que perderam o avô/pai. Membro inserido no seio familiar, que podemos até considerar pilar estrutural, mas que, na altura da sua morte, os netos, e um dos filhos, reagiram como se fosse só mais um Domingo de manhã, mas em que neste havia a maçada de ter que ir à missa. Tipos que cheguei a ver chorar a morte de gatos que tinham, mas que não verteram uma lágrima por aquele ente, que se julgava querido.

Aquilo que nos faz falta é a velha e boa empatia. Embora ensinar na escola?!

Se calhar não dá, ou se calhar não chega.

Tenho a opinião de que a empatia é uma construção sociológica utópica, assim como o é a sororidade, por exemplo. Ainda ontem comentava que actualmente, se uma velhota cair na rua, vai haver gente a rir, gente a filmar, gente a criticar o buraco, ou o degrau mal colocado, mas enquanto tudo isto acontece, a velhota continua no chão. Pareço, eu mesmo, um velhote a falar, mas dantes não era assim. Alguém ia logo ajudar a velhota

Culpados?

Pais, escolas, redes sociais.

 

 Pais - porque se demitem da educação e do afecto que deveriam dar aos filhos, tornando-os em seres sem formação e sem capacidade, ou interesse, em lidar com sentimentos.

Podem vir dizer-me que é falta de tempo, devido ao trabalho, que a sociedade opressora os obriga hoje a trabalhar mais do que se trabalhava antes. Tretas. O desinteresse, que muita gente tem pelos filhos, vê-se claramente num qualquer restaurante, ou esplanada, em que, num momento que está a ser passado em família, não ligam nenhuma aos filhos. Não dão um carinho, não dão um afecto, nada. Como vai uma criança aprender a amar, se o mestre que lhe deveria ensinar, é o primeiro a quem se deveriam meter as orelhas de burro?

 

Escola - as escolas hoje são depósitos de crianças. Funcionários e professores não estão lá para ensinar, nem para dar o exemplo. Os professores, mesmo que queiram, têm um programa que, basicamente, diz-lhes: "Não se metam em problemas. Chegando ao fim, é passar a canalha toda de ano, para na Europa termos números que nos consigam pôr depois um António Costa, ou um Galamba, num lugar de destaque".

É assim criado um facilitismo que dá a sensação ao aluno que não se tem que esforçar para nada, nem sequer para respeitar quem lhe tenta ensinar algo.

Por fim, 

 

Redes Sociais - as redes sociais são covis de futilidade, de mentira, de exposição de um EU transformista, que em nada tem que ver com aquilo que a pessoa realmente é.

Importa ter gostos, importa ter parcerias, importa causar impacto, e o melhor amigo passa a ser o smartphone que serve de portal para todas umas vidas que não existem, mas que parecem sempre ser uma perfeição.

Estas plataformas sugam de tal forma a atenção de alguém, que quando há uma falha, numa delas, os suores frios começam a surgir, porque não se tem acesso ao mundo fictício que se criou, e porque se começa a gerar o medo de que de pode ter que interagir com um ser real, que poderá até, se ainda o souber fazer, conversar com ele.

Este é daqueles textos que acaba sem uma conclusão, porque a mesma não existe. Vamos continuar a apodrecer e, acredito que, dificilmente este seja um processo que seja possível interromper.

Até lá, olha, é tentarmos não nos corromper com essa falta de empatia, de simpatia e de capacidade de nos colocarmos, verdadeiramente, no lugar do outro.

21
Mai23

Esta semana, nada de novo


Pacotinhos de Noção

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E de facto assim é. Esta semana, que agora termina, não trouxe nada de novo, mesmo tendo ido João Galamba, e a sua chefe de gabinete, à CPI da TAP. 

O mais triste disto tudo é que não se pode considerar que tenha acontecido nada de novo, não por marasmo, ou falta de assunto, mas porque o que aconteceu foi mais do mesmo, que já não nos admira em nada. Mentiras, conluios, combinações que de tão mal engendradas, nos parecem serem apenas parte de uma muito fraca, e mal ensaiada, peça de teatro. Os actores são maus, o texto é péssimo, mas já pagámos o bilhete e agora, se quisermos sair da sala, teremos que pagar mais ainda.

Não sou ninguém famoso nem um órgão de comunicação social, por isso não tenho que utilizar nenhum “alegadamente”, e mesmo não sendo mentalista fiquei com uma enorme percentagem de certeza de que esta história do computador vai fazer levantar um “tsunami” de porcaria.  Galamba, e todos os que o rodeiam, formam uma 2 verdadeira máfia, que controla o país, e usa-o como se fosse o seu baú dos brinquedos.

Não faz sentido que se tenha levado esta situação a este ponto tão extremado, se a única coisa que estivesse no aparelho fossem apenas umas notas acerca de algumas reuniões, ou até mesmo o plano de reestruturação da TAP.

Frederico Pinheiro pode dar-se por satisfeito pelo português daqui não ser o português com sotaque que António Costa tanto gostaria que falássemos, pois se assim fosse, Frederico poderia estar certo de que teria os dias contados. É que lá, tipos que tentam ser correctos, e contar a verdade, se a verdade não for a que os políticos querem, quase de certeza que será vítima de um assalto que termina em morte, ou os travões do carro vão deixar de funcionar. Mas como Frederico Pinheiro se desloca de bicicleta, podia ser que até tivesse sorte.

Por falar em António Costa…

Só não digo que o Primeiro-ministro tem estado caladinho que nem um rato porque, na verdade, há-de até é de estar rouco, por ter cantado em plenos pulmões a “Paradise”, dos Coldplay, ficando mesmo de lágrimas nos olhos, segundo consta. Costa associou a música a este nosso país, que não é paradise por estarmos próximos da divindade, mas sim porque está cheio de almas penadas. As que penam nas filas dos serviços, as que penam horas nas urgências dos hospitais, as que penam por não terem dinheiro suficiente para pagar todas as contas, e as que penam para apanhar um avião da TAP, seja para onde for, mas sabendo sempre à partida, que o voo atrasará.

 

TAP → Voo → Voo → Avião → Avião → Aeroporto → Aeroporto → SEF

Esta semana ficámos a saber também que a esposa do senhor ucraniano, morto pelo SEF no aeroporto de Lisboa, pediu nova indemnização ao Estado português.

Podemos dizer que a sorte grande desta pessoa foi a morte do marido.

De uma vez já recebeu mais de 800 mil euros, e agora, segundo foi noticiado, pede nova maquia, num valor que rondará os 700 mil euros. Não sabia tão caro o valor do assassinato ucraniano. Putin já deve ter partido o seu porquinho mealheiro.

Sugiro ao SEF, que caso tenha mesmo muita necessidade de matar alguém, que opte pela vítima nacional, que está ao preço da uva-mijona. Não me recordo de uma morte de um português, seja por que motivo for, ter sido tão rentável quanto está a ser a deste cidadão ucraniano. Sexta-feira, por exemplo, morreu um bebé, no hospital de Portimão, porque aguardava já há 6 horas, por transferência para um hospital de Lisboa.

E, porque teria ele que vir para Lisboa, perguntarão vocês.

Será porque os equipamentos daqui o ajudariam a recuperar mais depressa, ou seria porque a equipa de Lisboa tinha histórico positivo na resolução de assuntos como o dele? Nem uma coisa, nem outra. Ia ser transferido porque no Hospital de Portimão não havia pediatra. No Hospital de Faro, bem mais perto, também não havia pediatra, e a transferência demorou porque a ambulância do INEM, que o iria trazer, também não tinha médico pediatra.

Este bebé tinha 11 meses. Sofreu uma morte, talvez dolorosa, não sei, mas acredito que um derrame cardíaco não seja indolor, por um motivo quase anedótico, que é o de não haver médicos pediatras nos hospitais do Algarve.

Ah, em relação ao PSD há novidades...

Estava a brincar, nada mudou. Olhando para a cara de desconforto que Luís Montenegro evidencia, eu estou em crer que nem as cuecas ele muda, quanto mais a atitude.

É como disse logo no início deste texto. Mais do mesmo, infelizmente, e o que é muito mais infeliz é existirem ainda pessoas que defendem Costa e o seu Governo. Parecem o Ventura, que a determinada altura da sua vida, infligia dor a si, recorrendo a cilícios, como forma de se punir.

Palavras dele, ALEGADAMENTE.

17
Mai23

Sobre a lei do tabaco...


Pacotinhos de Noção

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Começo com uma declaração de interesses.

Não fumo, nunca fumei, posso garantir que nunca fumarei, pois não tenho o apelo. Odeio o fumo do tabaco, o cheiro e o facto de o fumo me magoar o nariz.

O meu pai morreu com cancro nos pulmões, que geraram metástase para o cérebro.

A minha mãe continua a fumar cerca de 2 maços de tabaco por dia…

O mais simples seria regozijar-me com esta lei ditatorial, que o governo PS vomitou cá para fora.

Para alguém que não suporta tabaco, e que vê num fumador aquele porco que deita as beatas para o chão, e que nas esplanadas esborracha a beata na vazia chávena de café, esta proibição faria todo o sentido, mas a verdade é que não.

Sou contrário a algumas proibições.

Para mim era liberalizarem tudo. Tabaco, álcool, drogas leves, drogas pesadas, tudo… Quem se quiser ir envenenando lentamente tem toda a legitimidade para o fazer. Tarde, ou cedo, arcará com as consequências, mas essas consequências são suas, não são de mais ninguém.

O argumento de que doentes oncológicos, vítimas do tabaco, são caros para o Estado, é um argumento fácil de rebater. Um tipo que fume grande parte da vida paga, em cada maço de tabaco, uma batelada em imposto. Em princípio será um trabalhador e também faz os seus descontos, sendo que parte deles serão canalizados para o SNS, idealmente. Isto significa que este tipo trabalhou para o cancro, mas também trabalhou para que depois o tentem salvar.

Este Estado autoritário, e paternalista, tem que acabar. Não me parece nada bem que tentem obrigar a que o cidadão seja um mero fantoche nas mãos de quem decide.

Já tiraram o sal do pão, o açúcar das bebidas, as máquinas de “vending” nos hospitais tem que ser de snacks saudáveis, e temos que contribuir para a visita de um Papa, que nem sabem quem o quer cá ou não. Mais grave ainda! Até o bolo Pirâmide, deixou de ser feito com o resto de todos os outros bolos, para ter uma massa própria, que junto da antiga, não tem pilhéria nenhuma.

Este género de “orientações” por parte do Governo, só nos mostra a desconsideração, que têm pelo povo. Segundo eles, seremos todos burrinhos e parvinhos. Não sabemos bem como se pensa e por isso precisamos das diretrizes de Costa, e da sua cambada.

Esta seria uma lei para só entrar em vigor no ano de 2025, mas como, entretanto, surgiu um escândalo da TAP, um escândalo de um Ministro João Galamba, um escândalo de um adjunto que teve o SIS a bater-lhe à porta, há que arranjar uma forma de virar as atenções.

Quando há muito barulho num sítio, o que fazemos para sobressair?

É gritar mais alto e chamar a atenção para outro lado. É o que o Governo faz.

Para terminar gostaria de sublinhar que muitas destas pessoas, que agora se insurgem contra a proibição do tabaco, são as mesmas que bateram palmas à medida que o Governo tomou há uns tempos.

A medida de taxar as bebidas açucaradas, ou de fazer com que os pacotes de açúcar, nos cafés, mudassem dos 8 gr para 6 gr.

Curiosamente um dos argumentos utilizados, por estes apreciadores da medida, era de que a obesidade, e as doenças a ela associadas, custam imenso dinheiro ao Estado. 

Curioso, não? O mesmo argumento para assuntos tão distintos, o que mostra que algum do pessoal que fuma, não olha pelos seus pulmões, mas olha muito para o seu umbigo.

14
Mai23

Um atraso de 11 anos


Pacotinhos de Noção

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Hoje senti-me envergonhado comigo mesmo.

Sou um apreciador do trabalho do Ricky Gervais. Tenho por convicção de que foi um dos melhores apresentadores dos Golden Globe de sempre, e amaldiçoo a Academia por não terem a coragem de o convidar para apresentar os Óscares. Ainda assim, só hoje tive conhecimento de uma série, já de 2012, criada e protagonizada por si.

Tem por título “Derek”, que é o nome do protagonista. Um tipo de meia-idade, com uma aparente deficiência cognitiva, que trabalha num lar de idosos.

Derek é alguém com um coração maravilhoso que retira de todos aquilo que de melhor têm para lhe dar. Tem nos seus utentes velhotes os seus grandes amigos, e trata-os como se da sua família fizessem parte.

É uma comédia dramática, muito ao estilo de Ricky Gervais. Foi a esta série que foi buscar alguma inspiração para o “After Life” e também muitos dos actores.

Neste trabalho Gervais mostra também como é enorme o seu talento para a actuação. Seguindo Derek nos seus afazeres, rapidamente nos esquecemos de que quem ali está é Ricky Gervais, na interpretação de um papel, e a personagem ganha a sua vida, a sua identidade própria.

Quem não viu, recomendo que veja. Está na Netflix e vale bastante a pena. Ricky, amigo, se estiveres a ler estas linhas:

“Maintenaiting the good trabalhaition. You are grandation”.

11
Mai23

Pacotinho de Noção de KG


Pacotinhos de Noção

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Se havia pacotinho de noção que deveria ser entregue, deveria ser um, de quilo, bem nas ventas do palhaço do Windoh .

Este tipo, para quem o abecedário completo são só as vogais, afirma que Ricardo Araújo Pereira é um atrasado, um vendido, e que é pena, pois até tem potencial.

Ufa, ainda bem que o Windoh o aprova. Agora sim, RAP pode começar a fazer carreira.

Estas declarações vêm a propósito do humorista ter criticado o convite da Iniciativa Liberal para que os dois youtubers, o Windoh e o Tiago Paiva, aquele que queria ir passear com o Costa, fossem visitar a Assembleia.

Lanço já aqui um desafio para uma "battle" adjectivos. O Windoh já começou com "atrasado", ficamos a aguardar pelo do RAP. Se bem que, ou muito me engano ou o elemento do "Governo Sombra" há-de ter coisas mais importantes a fazer, do que responder ao Youtubaros. Apanhar os cocós dos seus cães, no jardim, por exemplo... Se é para lidar com trampa, que lide com a que é feita por quem lhe é importante.

05
Mai23

E algo positivo, não há?


Pacotinhos de Noção

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Pois com certeza que há, e chegou agora o seu merecido destaque.

No meio desta enorme polémica entre Marcelo — Costa, Costa — Marcelo, onde os dois intervenientes são a prova viva de que os políticos portugueses são tudo menos recomendáveis, eis que surge um raio de luz de onde menos se espera.

Faz parte de uma classe que é, geralmente, mal tratada pela população, muito por culpa própria, também importa sublinhar, mas porque é sempre o mensageiro e, não rara é a vez, em que quem tem a cabeça cortada é o próprio do mensageiro.

A classe a que me refiro é a classe dos jornalistas.

Ricardo Costa, jornalista, director geral de informação da SIC (Grupo Impresa) e meio-irmão do Primeiro-ministro António Costa, mostrou sempre total, clareza, objectividade e isenção, nos comentários que foi fazendo à medida que se comentava a crise espoletada por Galamba.

Acredito que seja um desafio difícil, mas é isso que me transmite ainda mais admiração pelo profissional.

Houvesse mais profissionais, assim com ética, e estaríamos bem melhor.

Calha bem ainda faltar para a época natalícia porque até lá pode ser que os ânimos se tenham acalmado, caso contrário o jantar da consoada vai ficar cheio de trombas.

04
Mai23

E eis como se borra a pintura


Pacotinhos de Noção

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Nos últimos tempos a Iniciativa Liberal tornou-se mais visível por bons motivos.

Na comissão de inquérito da TAP Bernardo Blanco tem sido quem mais se tem destacado, quer pelas perguntas cirurgicamente colocadas, quer pela demonstração de que o trabalho de casa tem sido bastante bem-feito.

Esta visibilidade só lhes poderia granjear pontos positivos, mas quando cogitamos ser popularuchos para agradar a uma faixa etária, que tem demonstrado ter uma margem bastante alargada de indivíduos idiotas, a hipótese de se borrar a pintura toda é enorme, e foi o que aconteceu.

Que outra razão poderá existir, que não a de tentar captar a atenção de uma faixa etária mais nova que, infelizmente, tem o discernimento político de uma rolha de cortiça, para convidar aqueles tipos para o Parlamento.

Pior, foram recebidos pelo Bernardo Blanco e pelo Cotrim de Figueiredo, duas das principais caras do partido que em vez se resguardarem se colocaram nas mãos de dois imberbes cujo uso de talheres é, para eles, já considerado um enorme avanço civilizacional.

Nisto tudo o que também me irrita são as desculpas esfarrapadas que, de alguma forma, tentam colar ao incapaz do Tiago Paiva.

A principal é a de que é um jovem e que, como jovem, é natural mandar um Primeiro-ministro para o c@r@lh0, em plena Assembleia da República. Vazia, é certo, mas é um lugar que merece algum respeito, e até mesmo o Primeiro-ministro, por mais que eu não goste dele, não pode ser ofendido desta maneira… Aliás, ninguém pode. Mandar alguém para o c@r@lh0 diz muito mais de quem emite o impropério do que quem o recebe. Diz de si e dos seus paizinhos, que não lhe souberam dar educação. Mas curioso, também caí na esparrela de tentar justificar este idiota por ser um jovem, ao referir-me aos progenitores do mesmo. 

Tiago Paiva tem, nada mais nada menos do que 34 anos, meus caros. Trinta e quatro anos é puto? É criança? É jovem? Ainda mama nos peitos da sua mãe? Andará ao colo do seu pai? Tenham juízo, por favor. Este tipo na Idade Média só não estaria em fim de vida porque com tanta anormalidade que diz, já alguém lhe teria limpado o sarampo.

Com 34 anos eu já estava casado há 10, a minha mãe já tinha 4 filhos e D.Afonso Henriques fundava o Reino de Portugal (tudo feitos muito semelhantes).

Ao continuar a infantilizar estes tipos, e justificando toda e qualquer idiotice que façam ou digam, perpetuaremos a estupidificação desta sociedade que, de tão amorfa mental que fica, depois contém partidos que julgam boa ideia manchar a reputação que construíam, apenas por mais uns quantos seguidores nas redes sociais.

A este acto podemos dar a importância que lhe quisermos dar. Colocando no prato da balança este estúpido convite e a prestação da IL na comissão da TAP, eu tenho discernimento para perceber que pesa muito mais a comissão de inquérito, mas isto sou eu que sou um tipo esclarecido, com uma inteligência acima da média, bonito e cheiroso, mas e a quantidade de burros que para aí andam? Conseguiram fazer essa distinção? Se calhar não. É por isso que o melhor é evitar este tipo de situações.