A pessoa que os pariu
Pacotinhos de Noção
Este é mais um daqueles casos claros em que o Pacotinhos de Noção fala de determinado assunto, precisamente porque aquilo que se perdeu foi toda e qualquer noção que poderia em tempos ter existido.
Já não é a primeira vez que falo acerca da "linguagem inclusiva", mas julgo ser a primeira vez que nela falo por ostracizar uma franja daqueles que supostamente este tipo de linguagem se compromete a defender
A linguagem inclusiva nada mais é do que uma forma de obrigar a que todos (ou todes, como a linguagem inclusiva obriga) se tenham que colocar em pé de igualdade perante alguém, ou algo, que sendo uma minoria se sente ofendida por não achar que é parte de um todo. Curiosidade. Muitas vezes essa tal de minoria não quer nem saber se esta no todo ou no nada, se a linguagem é mais ou menos inclusiva, e um caso que mostra isso mesmo é este, que o Polígrafo acabou por verificar ser verdade. Então não é que agora o Centro de Controlo de Prevenção e Doenças dos E.U.A, decidiu que se teria que substituir a terminologia "mulher grávida" por "pessoa grávida"?
Sim, eu sei que isto é nos "States" mas todos sabemos que mais tarde ou mais cedo tudo o que inventam nos Estados Unidos vem cá parar. Aconteceu com a Coca-Cola, com a Apple, com as calças abaixo do rabo...
Sugiro desde já que se comecem a alterar mais algumas coisas, de modo que a linguagem possa ser mesmo inclusiva.
Em vez de "menina do olho" teremos que dizer "pessoa do olho", o pão de massa mãe terá que ser chamado pão massa progenitora, o Pai Natal será o Pessoa Natal, o Fernando Pessoa mantém-se Fernando Pessoa (este estava muitos anos à frente do seu tempo) e por fim em vez de "Homem de Neandertal" devemos apenas continuar a referiremo-nos como André Ventura.
Tal como disse atrás, utilizar o termo pessoa grávida, em vez de mulher grávida, é estar a diminuir parte daquelas pessoas para quem a linguagem inclusiva foi inventada. Por mais que digam que não, o alvo da linguagem inclusiva são homens.
A maioria das alterações que se querem fazer vão no sentido de retirar a parte masculina de toda e qualquer coisa, como, por exemplo, deixarmos de identificar a nossa espécie como sendo "O Homem", mas meteram os pés pelas mãos e querem tirar algo que só uma mulher pode sentir, fazer, e que é o estar grávida. Por mais que se tente ainda não existe outro género que consiga ficar grávido que não seja a mulher.
Por isso, e caso continuem com estas parvoíces de linguagens inclusivas, a única coisa que me apraz dizer é que vão, mas é chatear a pessoa que os pariu.