Entra por um ouvido...
Pacotinhos de Noção
Quantos de vocês foram nos últimos tempos a um LIDL e se sentiram completamente ignorados, ficando até com uma lágrima no canto do olho, tal é a indiferença com que nos atendem.
Não sei quem foi o idiota que se lembrou de munir gente com falta de educação, nenhuma noção, muito pouca vontade de trabalhar e uma grande dose de descaramento, com um headseat com o qual pode falar com uma colega que tenha as mesmas "qualidades" atrás mencionadas, e que se encontra noutro ponto da loja.
Peço desculpa de antemão se tendo a generalizar, e conforme várias vezes a isso faço referência, existem bons e maus funcionários em qualquer área laboral, mas será que quando vou a um LIDL os bons estão todos de folga?
Já era difícil obter resposta a um "Bom dia!" quando não estavam munidos do auscultador, agora é tarefa impossível. Mais depressa arrancava da pedra a Excalibur.
Depois acaba por ser bastante confrangedor colocar as compras no tapete enquanto se houve que a Jéssica terminou com o Rúben porque soube que ele a andava a encornar com a Yasmin.
Para não podermos interromper tão importantes conversações até já nem precisamos de pedir sacos aos funcionários. Se os queremos, vergamos nós a mola e vamos buscá-lo às prateleiras sempre porcas e desarrumadas, que serviriam para os sacos, mas que acabam por ter lá perdidos os bifes que uma velha qualquer decidiu não levar.
Se precisarmos de fazer alguma pergunta à funcionária, é bom que dai tiremos o sentido porque ela nos faz um olhar ameaçador que demonstra claramente que se for preciso utiliza as suas unhas de gel de 3 centímetros, para nos vazar uma vista.
Figura de parvo é algo que também faço com frequência neste estabelecimento, devido aos tais "headset". Esqueço-me que eles existem e, invariavelmente, quando os funcionários cortam na casaca de alguém, ouço uma pessoa a falar sozinha e pensando ser comigo, solto um "desculpe, importa-se de repetir", recebendo em troca um olhar fulminante, carregadinho de um "meta-se na sua vida", e eu meto... Que remédio tenho eu, ou ainda me cospem numa lasanha, ou num iogurte grego que de lá levo.