Fim do mundo (s)em cuecas
Pacotinhos de Noção
Finalmente vai começar o desconfinamento. Vai ser por fases, bem sei, e uma das fases que mais me interessa ainda não sei quando vai desconfinar.
Estou desejoso de um cafézinho, ou de uma bebida numa esplana. Não me importava de ir a um restaurante ou de assistir a um bom filme no cinema, mas aquilo que preciso mesmo, aquilo que me está a fazer uma falta enorme é poder ir comprar roupa aos meus filhos.
Atenção, isto não é uma vontade, é uma necessidade de maior importância. Quem como eu tiver filhos em fase de crescimento, há-de estar a ter este mesmo problema. Em crianças de meses e de 3/4 anos, 2 meses de confinamento traduzem-se em roupa que deixa de servir, pijamas que já ficam pelos tornozelos e pelos cotovelos, cuecas que já nem nas orelhas lhes servem.
Foi bastante estúpido deixar de permitir que se compre roupa nos supermercados, porque este item é realmente um bem de primeira necessidade. Quem achar que não sugiro que tente só ir fazer um pequeno passeio higiénico com cuecas apertadas nas virilhas e ténis que são já um número abaixo. A opção de andar sem cuecas não está em cima da mesa, pois ai o passeio de higiénico passa a não ter nada.
Bem sei que posso sempre encomendar online, mas o online para roupa é quase como jogar à roleta russa, e no caso de roupa para crianças a roleta russa tem as balas todas e apenas uma câmara vazia.
Sempre ouvi a expressão "Isto é o fim do mundo em cuecas" mas neste caso em específico, o fim do mundo até sem cuecas nos deixa.