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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

05
Mai23

E algo positivo, não há?


Pacotinhos de Noção

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Pois com certeza que há, e chegou agora o seu merecido destaque.

No meio desta enorme polémica entre Marcelo — Costa, Costa — Marcelo, onde os dois intervenientes são a prova viva de que os políticos portugueses são tudo menos recomendáveis, eis que surge um raio de luz de onde menos se espera.

Faz parte de uma classe que é, geralmente, mal tratada pela população, muito por culpa própria, também importa sublinhar, mas porque é sempre o mensageiro e, não rara é a vez, em que quem tem a cabeça cortada é o próprio do mensageiro.

A classe a que me refiro é a classe dos jornalistas.

Ricardo Costa, jornalista, director geral de informação da SIC (Grupo Impresa) e meio-irmão do Primeiro-ministro António Costa, mostrou sempre total, clareza, objectividade e isenção, nos comentários que foi fazendo à medida que se comentava a crise espoletada por Galamba.

Acredito que seja um desafio difícil, mas é isso que me transmite ainda mais admiração pelo profissional.

Houvesse mais profissionais, assim com ética, e estaríamos bem melhor.

Calha bem ainda faltar para a época natalícia porque até lá pode ser que os ânimos se tenham acalmado, caso contrário o jantar da consoada vai ficar cheio de trombas.

28
Abr23

Infelizmente, quem ri por último...


Pacotinhos de Noção

O vídeo divulgado pelo Observador tem uma gravidade já grandemente explanada por alguns comentadores políticos, mas que, ao que me parece, não viu ainda abordada a vertente mais perigosa nisto tudo. O engrandecimento do CHEGA.

Ao vermos estas múmias políticas numa situação, em que mais parecem vorazes hienas na esperança de conseguir engolir um pedaço de carne putrefacta, só me vem à memória os tempos em que andava na escola. Invariavelmente havia um tipo com o qual não simpatizava nem um bocadinho, e como eu quase ninguém. Era rude, despropositado, porcalhão, mal-educado, fumava charros que se fartava, claramente tinha piolhos e banho era coisa da qual não gostava. Em suma, era o tipo de pessoa de quem queria distância, pois os seus princípios não se coadunavam com os meus. Ignorava-o e pronto, estava tudo bem, ele não me chateava, e eu até me esquecia da sua existência. É um bocadinho triste, é verdade, mas cada um tem que saber viver com as escolhas que faz, e caso haja o mínimo de respeito, até se vai vivendo bem.

Ora, a coisa ganha outro tipo de contornos, quando os betos ranhosos da associação de estudantes, se uniam.

Com as suas calças bege, camisas cor de rosa e sapatos de vela, ou “mocassins”, juntavam-se com o intuito de fazerem o seu “bullying” de retardados, para que mais tarde se pudessem rir, e vangloriar, junto das suas Caetanas, Madalenas e Rosarinhos que, num pequeno aparte, acabavam por ser as namoradas-rodízio, pois a cada 2 meses trocavam de namorado, mas nunca saindo daquele restrito grupo.

Embora continuasse a não gostar minimamente do tipo charrado, a verdade é que me incomodava muito mais aquele grupo de privilegiados, que só se comportavam daquela maneira porque estavam em manada, e também pelo motivo que, invariavelmente, o director da escola era amigo, ou um bom conhecido, dos paizinhos daquele grupo. O outro podia ter todos os defeitos e mais alguns, mas o mérito de não ser cobarde não lho podíamos tirar.

O que não rara vez acontecia, era esse tipo maltrapilho, acabar por vir a ser o próximo presidente da associação de estudantes, porque, tal como eu via a atitude dos "Bernardos", também o resto da escola via, e na altura de ir votar, nem tinham em atenção as propostas, votavam naquele que foi vilipendiado.

Bem sei que poderá ser uma comparação disparatada, mas foi precisamente o que senti. Santos Silva, um político que é tudo menos recomendável, usa do seu cargo de Presidente da Assembleia para fazer fretes ao PS. Neste vídeo não tira os olhos embevecidos de cima de António Costa. Chega a ser confrangedor tanto charme e amor que lhe transmite, e aquele auto-elogio de como teve "a fúria de um tipo gelado", para mostrar ao Tó como fez frente ao Ventura, só precisava que ele se pusesse de joelhos, para lhe fazer um felácio político, que acabariam com muitos "sim, sim, sim"... Isto só não aconteceu porque a jactância afirmativa estava reservada a Marcelo Rebelo de Sousa, que empolgado como estava, não se coibiu de, também ele, tecer considerações, esquecendo que é o Presidente de TODOS os portugueses, não só dos que votaram PS ou PSD. Os do CHEGA, mesmo não tendo votado nele, e sendo indivíduos que têm algum défice cognitivo, também merecem respeito... Não de mim, que não sou ninguém, mas do Presidente da República, acho que é o mínimo que é exigido.

Estas situações não mudarão nunca o meu sentido de voto na direcção de um partido como o CHEGA. Votar num André Ventura é  jogar à roleta russa com 5 balas no tambor. A hipótese de não dar buraco é quase nula, mas isto é a minha convicção, que sou um ser iluminado, esclarecido, com uma inteligência muito acima da média e que para ser realmente perfeito só me falta ser um tipo gelado. O cidadão comum provavelmente não pensará assim. Vai apenas pensar que, tal como o Ventura, têm sido alvo de pancada deste Governo, com cortes, aumentos, perda de qualidade de vida, falha nos serviços, e por simpatia na dor, irão dar o seu voto ao vitimizado mais próximo. Aposto que isto se vai sentir nas próximas sondagens.

Para concluir gostaria só de sublinhar aquilo que este vídeo representa.

Representa um bando de raposas velhas, que não respeitam nada nem ninguém, não respeitam o povo, não respeitam as outras facções políticas, os outros partidos.

Têm um conluio bem montado para que PS consiga continuar a mamar na teta de Portugal, fazendo com que estes velhos de tanto leitinho gordo, tenham uns níveis de colesterol nos píncaros, mas este colestrol converte-se em dinheiro, em influência e em favores. Depois, quando confrontados com as atitudes que tiveram, e com aquilo que disseram, não têm pudor em dizer que não é verdade, que foi tirado do contexto ou que foi mal interpretado. O vídeo não escalpelizado ao pormenor, porque ainda não vi ninguém a referir aquilo que António Costa, o piadista, diz quando Santos Silva fala em "vice-presidências". Consigo ouvir claramente o vosso Primeiro Ministro a falar em Almirante, e Almirante de doca seca. Pois se no que diz respeito a presidências o Almirante qu se diz que pode vir a ser candidato, é só um, quer-me parecer que até Gouveia e Melo foi alvo desta codrilhice de velhas políticas.

Mas essa já seria outra história...

24
Mar23

Oposição Demissionário


Pacotinhos de Noção

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Estou triste… Aliás, estou cada vez mais triste. As urgências pediátricas fecham, as maternidades também, não há médicos suficientes para os utentes e nos centros de saúde não há papel para cobrir as marquesas. 

Os professores estão em greve e parece não haver fim à vista. Querem reaver o que perderam e receber o que ainda não conseguiram, querem trabalhar perto de casa, querem não levar tareia dos alunos, dos pais dos alunos, dos amigos dos alunos e de quem mais se lembre de lhes levantar a mão. Desejo comum aos médicos que, na urgência de atender as urgências, às vezes lá estão mais desavisados e levam uma bofetada de um utente, vinda não se sabe bem de onde.

A CP faz greve, a TAP tem vontade de fazer, e s Soflusa não faz nada porque os barcos eléctricos, que custaram milhões, não têm baterias. Já os da Marinha têm bateria… Têm uma bateria de problemas para resolver. Tantos que os marinheiros recusam até em ir ao mar e, tal como diz o ditado “Marinheiros em Terra, tempestade no ar”, e foi isso mesmo que aconteceu, foi para o ar a tempestade do Vice-almirante, a puxar as orelhas aos marinheiros indisciplinados. Escusado será dizer que deu barulho.

Barulho fazem os sindicatos. Não interessam nem quais, nem de quem. Interessa, isso, sim, que são muitos, diria até que são demasiados, o que acaba por não fazer sentido, pois se a luta é dos professores, para quê haver vários sindicatos? À partida querem todos, o mesmo, que é defender os seus pagantes de quotas… Ou será que não! Será que existem outros interesses, camuflados pelos sindicatos? Não sei, não percebo nada disso, apenas mandei para o ar.

Quem não se manda para o ar é esta oposição balofa e inoperante, e é por aí que fundamento o título deste texto, porque toda a oposição, que se deveria fazer sentir numa altura como esta, está completamente demissionária. Não abrem a boca, não se manifestam, não fazem uma proposta, não apresentam ideias, nem uma moção de censura ao Governo tentam aprovar no parlamento.

Adepto do partido A, B ou C, não sou, mas sou adepto de tirar o que está podre e meter nova opção, mas que opção?

É Luís Montenegro, um tipo com ar de vendedor de carros vigarista, que tomará as rédeas do país? E para o ajudar a segurar essas mesmas rédeas, vai contar com a ajuda de Ventura, e de um partido perigoso, e populista, como é o CHEGA?

Aquilo que vos posso dizer é que tanto o PSD, como Luís Montenegro, parecem sofrer de um efeito letárgico que nada favorece quem, num futuro que espero próximo, tenha que ir às urnas escolher um novo Governo, e um novo Primeiro-Ministro.

É triste quando o país necessita que um ex-Primeiro-ministro, e ex-Presidente da República, já octogenário, seja o único com uma voz activa o suficiente para fazer António Costa tremer nas bases. E Costa treme, treme muito. Treme de raiva por ser criticado por alguém que, quando saiu, deixou trabalho feito (ao contrário de si), treme de medo, ao sentir que o povo pode sentir nas palavras de Cavaco o estímulo necessário para mais manifestações e contestação, e treme também de ansiedade, porque não vê a hora em que o chamem da Europa, para ir ganhar um ordenado chorudo, e para poder sair enquanto o barco de se afunda, porque este barco em que navegamos, consegue estar ainda mais podre do que os da Marinha.