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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

30
Dez22

Devia ter recusado a viagem


Pacotinhos de Noção

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Na altura não falei no assunto, propositadamente.

Sabia que o tempo ia mostrar ao artista que um taxista se recusar a levar clientes a determinados sítios, a determinadas horas do dia, não é racismo, é medo, é preservação, e não perceber isso, ou fingir que não se percebe, é querer aproveitar uma situação para se auto-promover e para se vitimizar.

Portugal É um país racista, e é-o cada vez mais, mas utilizar situações de quotidiano para acenar a bandeira do racismo, é vergonhoso.

O motorista assassinado era brasileiro. Não sei qual o pantone da sua tez, mas se calhar não era de mau tom o Mamadou Ba perceber se houve aqui racismo ou não... Se calhar não houve, se calhar foi só um drogado que queria dinheiro. Daqueles drogados que atacam taxistas de madrugada e que vão para a Cova da Moura.

17
Dez22

Senhoras de Tires, façam a vossa parte


Pacotinhos de Noção

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A 24 de Junho, no texto que aqui escrevi, intitulado "Jéssica", deixei o meu pesar pelo sucedido e a minha opinião acerca de que os culpados não estavam todos presos, que a mãe - que nem deveria ser apelidada dessa forma - seria também culpada, e que por isso devia ser punida.

As minhas palavras justificavam-se pelo facto de a mãe abandonar a filha à sorte durante 5 dias, de não ter feito queixa à polícia, e de mesmo com a filha sequestrada ter frequentado festas.

Levantaram-se vozes criticando o que escrevi, que não podia carregar uma mãe com uma culpa que não era dela, que desejavam que eu nunca sentisse o mesmo que aquela mãe estaria a sentir, e uma coisa posso garantir, é que por muitos anos que viva, não irei sentir nunca pelos meus filhos aquilo que aquela "mãe" sentiu, e ainda sentirá pela filha, que é descaso, desprezo, desapego, falta de amor, de empatia, carinho ou qualquer outro sentimento pela menina.

O caso é ainda mais grave do que aquilo que se pensaria, e o Estado, e a Segurança Social, deveriam ser fortemente penalizados pela culpa que também carregam, no que à morte da Jéssica diz respeito.

Ficámos agora a saber que a tortura da menina não foram só durante aqueles 5 dias. Jéssica era usada como veículo para transporte de drogas, e a mãe sabia-o. Ao que parece antes de ser mãe, Inês Paula era toxicodependente... Perdão, chamemos a coisas pelos reais nomes, mesmo que, mais uma vez, vozes se levantem. Inês Tomás era, é e continuará a ser, uma drogadita desprezível, miserável, que não merece o chão que pisa, o ar que respira, a trampa que faz. Uma drogadita que permitia que a filha fosse usada como correio de droga para poder assim continuar a consumir o que realmente lhe importava, algo que lhe é mais valioso do que a vida da própria filha. E aí de quem ouse tentar defender esta assassina, alegando que a droga faz as pessoas cometerem actos que nem se imaginam. Para ranhosos como Inês Tomás, haverá sempre quem estenda a mão, à Jéssica ninguém estendeu, nem mesmo um Estado, que a sabia em perigo, dai a terem sinalizado, mas que nada fez.

A necropsia da menina revela ter o ânus ferido, pela repetida inserção de objectos, com o fim do transporte de drogas. Amigos leitores, desculpar-me-ão todo e qualquer comentário um pouco mais destemperado, mas sou pai de uma menina de 2 anos, a quem mudo as fraldinhas, a quem passo pomadinha no rabo quando tem assaduras, para não sofrer, e como é que esta grandessíssima pu7@, esta valente c@br@, permite que lhe façam com a filha o que fizeram. Por mais drogada que seja, não há nem sequer hipótese de imaginar uma justificação.

O filho da ama, que matou a Jéssica, tem que se apresentar periodicamente na esquadra. Digo-vos que me faria muito menos impressão se as televisões nacionais tivessem optado por transmitir um filme pornográfico em horário nobre, e em sinal aberto, ao invés de mostrarem a festa que este bandalho fez em frente ao tribunal, mais uma série de merdosos como ele, por não ter ficado preso, e por só se ter que se apresentar na esquadra. Diz que não teve nada que ver com o crime, que é um homem inocente, mas não é.

Era ele que vendia, e ainda venderá, certamente, a droga que Jéssica transportava. Sendo ele filho de quem introduzia a droga na menina, e sendo ele o vendedor, querem mesmo fazer-me acreditar que ele não sabia de nada?

Nestas alturas lamento vivermos num país que, ainda assim, é pacato. A falta que faz, nestes casos, um linchamento popular.

Sim, sei que são duras as palavras, mas são conscientes. Não incito à violência, porque essa já foi feita, contra uma menina de 3 anos. Incito e clamo por justiça, porque sei que aquela que temos não funciona.

Nos comentários do texto de 24 de Junho falou-se em pena de morte. Um dos meus leitores, que é mais certinho que outros, defendeu que não deve existir pena de morte, que o Estado não pode utilizar essa ferramenta, sob pena de estar a decidir quem vive e quem morre... Exacto, não vamos decidir se quem matou uma criança de 3 anos deve morrer. Vamos antes deixá-los entrar numa cadeia e cumprir apenas 1/3 da pena. Acho justo.

Para acabar, e mais uma vez não incitando à violência, justifico o título deste texto como sendo uma forma de recado às reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires que têm telemóveis, que ainda deverão ser algumas.

Muitas de vocês estão presas, sem poder estar com os vossos filhos, e agora têm aí uma colega que podia estar com a filha, mas que em vez disso permitiu que a matassem, sendo que grande parte dessa morte pode-lhe ser imputada. Mais uma vez digo, não apelo à violência, mas aquilo que é verdade é que em algumas zonas do planeta, quando alguém assassina uma criança, acaba por não chegar sequer a cumprir 1/3 da pena que lhe foi dada, e curiosamente acaba também por nunca mais cometer crime nenhum, e não foi a reinserção social que funcionou...

Estou apenas a constatar.

17
Ago22

Polícias dum catana


Pacotinhos de Noção

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Isto é uma vergonha, é o que é.

Então há imagens destes dois energúmenos, de farda, que desataram a dar pancada neste senhor, que só tinha ido à mercearia comprar brócolos para o almoço?

A violência foi tal que o homem até deixou cair a bengala... Defensores desses biltres que usam a sigla PSP (Porrada Sempre Presente) vão dizer que não era uma bengala, e sim uma catana, mas que sabem eles, senão passar a mão pelo pêlo destes meninos da farda azul, que não servem para nada, que ganham aos milhares, cheios de regalias, autênticos sorvedores de dinheiro do erário. Ganhem vergonha nessa cara e vão fazer qualquer coisa de útil para a sociedade. Quem é que precisa de polícias? Andor!

A grande diferença deste início de texto, para as primeiras notícias que saíram com as imagens dos polícias, numa suposta agressão a um indivíduo, é que eu agora digo - "Ah, ah, ah, eu estava a brincar."

Não sei se por acaso alguém já se veio retratar pelo facto de divulgarem as imagens editadas para que não se visse aquele pequenino objecto cortante. Se vieram pedir desculpa por omitirem que a vítima da feroz polícia, tinha percorrido o Bairro Alto, brandindo aquela arcaica catana, colocando em perigo a vida de quem com ele se pudesse cruzar.

Este indivíduo responde pelo nome de João. É conhecido na zona por ser conflituoso, por ameaçar pessoas e chegou já a ameaçar uma mãe e o seu bebé. A PSP foi chamada ao local por lojistas e habitantes que haviam sido já ameaçados naquele dia. Ofereceu resistência à polícia e, quando assim é, acho que a polícia deve agir em conformidade. Obviamente que quem filmou a cena teria que se colocar no lado da vítima, ou não fosse um saudosista do movimento "Black Lives Matter", ignorando que o correcto de um movimento deste tipo seria que "All Lives Matter".

Em entrevista à SIC, o Steven Spielberg desta película, admitiu que quando viu a actuação da polícia, se lembrou logo desse caso do George Floyd, o que mostra à partida que os polícias só sairiam bem na filmagem se lavassem o rabinho do João Catana, com águinha de rosas.

Depois deste caso devo dizer que fico contente com a resposta que os cidadãos têm dado, divulgando vídeos de situações de agressões contra polícias que, no exercício da sua função, que e a de proteger a sociedade, colocam em risco a sua vida e como agradecimento levam não menos que uma cuspidela na cara.

Lembro-me de uma manifestação em que um idiota levava um cartaz com a mensagem "Polícia Bom é Polícia Morto", pois eu arrisco-me a converter esta mensagem para "Polícia Morto porque era Polícia Bom", porque são os bons, os que cumprem as suas funções, que acabam por sofrer pelo seu bom profissionalismo.

Estamos a viver numa sociedade em que a ordem dos valores é perfeitamente aleatória. Os bandidos batem nos polícias e são protegidos, há um tipo que dispara sobre quatro mulheres, matando duas, e é visto como um herói, porque anda fugido à polícia. Estou a falar no caso do Manuel Palito, que foi, para mim, uma vergonha sem tamanho. Houve até uma altura em que as pessoas torciam para que o assassino não fosse apanhado... Está tudo doido!

A polícia é apelidada uma força de autoridade, mas não pode ser minimamente austera, caso contrário são abertos processos.

Já cheguei a ver um miúdo, ainda a cheirar ao leite da mãe, a reclamar com uns polícias, porque queria estacionar o seu carrinho que não necessita de carta, no lugar onde estava o carro da polícia, porque assim ficava à porta da escola... Falou com um desrespeito e com uma arrogância, que o certo ali era os polícias terem feito um truque de magia, e fazer o cassetete desaparecer num orifício qualquer, não interessa qual.

Sou por uma polícia mais musculada, sou por um código penal que não tenha um limite de 25 anos, permitindo sair passado 8, por bom comportamento. Já pararam para pensar que em Portugal, um tipo que mate um, ou mate 40, no máximo dos máximos apanha sempre 25 anos?

É por isso que quando me recordo daquele antigo caso do sequestro, numa sucursal de um Banco BES, em que o bandido colocava causa a vida de terceiros, tenho orgulho no trabalho daquele polícia que desferiu o tiro certeiro. Será chocante esta minha posição? Possivelmente, mas a mim, choca-me muito mais que o assassino, Pedro Dias, tenha sido condenado a 25 anos de prisão e que, uma vez que já está preso há seis, daqui a pouco tenha a possibilidade de fazer um pedido de liberdade condicional. Choca-me ter polícias na rua, a ganharem pouco mais que o ordenado mínimo nacional, para colocar a vida em risco. Choca-me ter elementos de uma população, que conseguem vislumbrar em qualquer escroque da sociedade um lado humano, mas que se esqueçam que o Robocop só existiu no cinema, e mesmo esse só fazia a diferença porque antes de ser robot também já tinha sido homem, e, curiosamente, morto no exercício das suas funções.

Para terminar, e antes que alguém venha dizer o óbvio, e que é o facto de o "João Catana" poder sofrer de problemas psicológicos, queria dizer que se alguém tem problemas mentais, e tenta fazer mal aos outros, então que seja internado compulsivamente. O Charles Manson também era maluquinho e vejam só o que conseguiu.

15
Jun22

Um puxão de orelhas não chegará


Pacotinhos de Noção

Não sei se haverá alguém que não esteja ao corrente do assassinato de Igor Silva.

Ao que parece tudo aconteceu numa rixa entre gangues rivais em claques do Futebol Clube do Porto que, para festejar a conquista de mais um título, decidiram limpar o sebo a um coleguinha. Os assassinos, e não utilizo "alegados" propositadamente, são Marco "Orelhas", Paulo "Chanfras" (cunhado do Orelhas) e Diogo "Xió", amigo de Renato, que é filho de Marco "Orelhas" e que também está preso. Está então montado um círculo familiar, e de amigos, do mais fino recorte.

É verdade que falei no FCP, mas peço a todos os que lêem estas linhas, que esqueçam as clubites, os regionalismos, e todas as idiotices inerentes ao mundo da bola. Aquilo que se passou podia acontecer com qualquer outro clube, assim como já aconteceu com o assassinato daquele adepto italiano do Sporting, atropelado por benfiquistas, e é certinho que vai voltar a acontecer, enquanto não for tomada uma atitude para acabar com estes grupos de crime desorganizado.

Se em Inglaterra foi possível de fazer, em Portugal também será, basta haver vontade. Claques de futebol são esquemas montados para toda a pirâmide de negócios ilegais que vão desde tráfico de droga, assaltos, roubos, crimes de violência e ódio racial. Todas as claques deveriam ser banidas do futebol português, e se por acaso vier algum membro de uma dessas corjas comentar este texto, tenho a certeza que será para insultar ou ameaçar, porque realmente não dará para mais.

Não acrescentam nada de novo ou de especial ao futebol, a não ser medo, clima de insegurança e afastamento de outros adeptos que se recusam a ir ao estádio com receio de dar de caras com atrasados mentais como estes.

A grande generalidade dos elementos de uma claque têm registo criminais mais preenchidos que um boletim do Euromilhões numa Sexta-feira de Jackpot. São indivíduos desempregados, mas que normalmente se deslocam em carros, topo de gama, e eu gostaria de saber como.

Não sei se repararam, mas não houve uma única vírgula de lamento em relação à morte de Igor Silva, e isto acontece porque, na verdade, não lamento. Aqui não consigo ser hipócrita e dizer que qualquer morte é de lamentar, e "paz à sua alma". Relembro que também ele fazia parte da claque de futebol, e se isso, por si só, não é motivo para merecer morrer, a verdade é que é um dado quase adquirido de que pode acontecer, ainda para mais quando há uma luta de gangues no seio da própria claque, e se é um elemento activo de um desses gangues.

Vivemos tempos em que os tribunais querem dar o exemplo, aplicando algumas penas duras, às vezes em crimes onde judicialmente nem é costume uma rigidez assim tão grande, como no recente caso do Rendeiro, por exemplo. Pois, julgo que para um caso de assassinato em praça pública, com a violência de 18 facadas, mais espancamento, mais pedradas, deixando até o corpo irreconhecível, a pena máxima parece-me até pouco, e ainda assim duvido que exista um juiz com coragem para dar penas assim tão pesadas a elementos que pertencem a claques de futebol. Recordo que "pessoas" como este "Orelhas" e o "Macaco", por exemplo, não têm nenhum pudor em ameaçar directamente, ou em fazer visitas a casas, locais de trabalho, de quem lhes desagrada, ou até a familiares, causando o terror.

Em Itália existe a Camorra, no Japão os Yakuza, aqui temos um bando de marginais protegidos por equipas de futebol, o que nos mostra que até na Máfia somos uns bacocos.

25
Mai22

Promessa é dívida


Pacotinhos de Noção

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Por coincidência, hoje, por volta das 22:00, altura em que o meu filho de 4 anos foi dormir, naquele lusco-fusco sonolento e delirante das crianças, ele virou-se para mim e perguntou o que eu fazia se aparecesse um homem com uma pistola para lhe fazer mal.

Esta pergunta veio a propósito de, segundos antes, ele ter tido medo e eu, confortando-o, garanti-lhe que não precisa temer nada, pois protege-lo-ei sempre.

Respondi que se tal acontecer meto-me à frente e nada se passará. A mim também não, que tenho ossos de ferro.

Apertou-me para confirmar que tenho estrutura óssea forte o suficiente, e agora dorme, relaxado e sentindo que está protegido. Dorme ele e a irmã de ano e meio, um sono inocente e despreocupado, sem saberem que, agora, em todos os cantos do Mundo, há crianças que choram, que sofrem, que morrem. Não sabem e nem pretendo que saibam. Este Mundo nojento em que vivemos há de parecer-lhes um paraíso, enquanto for possível que a ingenuidade não lhes seja conspurcado pela dura realidade.

A garantia de protecção que fiz ao meu filho, pretendo cumpri-la, mas certamente que os pais das 18 crianças, com idades entre os 5 e os 11 anos, que foram hoje assassinadas no Texas, também quereriam ter protegido os filhos deles. Não conseguiram, e esta é daquelas vezes em que a genuinidade do "não queria estar no lugar deles", é da mais pura que pode haver, e também da mais cruel.

Salvador Ramos, 18 anos, ele próprio um tipo que ainda devia cheirar a leite, tinha acesso a armas que lhe permitiram cometer esta loucura. Foi abatido pela polícia e eu só espero que tenha sofrido, porque quem mata crianças não faz, para mim, sentido que continue a viver.

Haverá sempre quem defenda que ele poderia ter problemas psicológicos, mas o problema psicológico de que ele sofria tinha um nome… maldade.

Sigam o meu raciocínio. Se este tipo era maluco porque é que não foi antes invadir um bairro problemático, onde até guerras de gangues há? Ou uma esquadra, ou um quartel, por exemplo? Não foi porque sabia que a hipótese de resposta era grande. Crianças são um alvo fácil e que não responde.

Hoje, também por um acaso, assisti à cena de um rapaz, dos seus 16 anos, a acabar o namoro com uma miúda da mesma idade.

Ela chorava copiosamente. Não implorou, mas tentou muitas vezes o contacto visual com aquele que, até há segundos atrás era o seu namorado. Conseguiu-o várias vezes e há de ter constatado o mesmo que eu, e que era a falta de empatia, de sentimento, de compreensão e até de companheirismo daquele que com ela já havia partilhado sentimentos.

Nem uma festa, nem uma mão no ombro para servir de apoio. Nada.

Vomitou as palavras que tinha a vomitar e no fim do seu discurso de rescisão sentimental, afasta-se com um desdém e uma frieza que nos levam a pensar que ele não deveria nem namorar uma pedra, quanto mais uma rapariguinha.

Dei mais este exemplo porque em ambos os casos se vê um traço característico e comum a ambos.

Nenhum mostrou nenhum tipo de ligação afectiva, remorso, consciência, e, infelizmente, a ideia que me dá é a de que cada vez mais isso acontece. Tenho visto muitos jovens que demonstram dar mais importância a um penteado ou a um smartphone do que a outra pessoa.

E quem devemos nós culpar por causa destas situações? Não vos sei dizer, nem tão pouco sei dar um palpite que se pareça com uma solução. Tenho a opinião de houve muita falta de amor, muita falta de ouvir dos pais um amo-te cheio de intenção de continuar a amar.

Eu tento fazer a minha parte, e diariamente digo aos meus filhos que os amo e eles também me o dizem a mim. Não é uma troca de galhardetes e sim uma partilha de sentimentos que espero que construa alicerces de valor nos meus filhos.

Sim, eu sei que este é mais um post a falar de criancinhas e no quão importantes elas são, mas de facto são e se não andarmos por cá para os proteger, então nada nesta vida vale a pena.

14
Mar22

Asasinos do portugês


Pacotinhos de Noção

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Até aposto que um dos requisitos para a contratação, foi "Licenciatura", quando um simples "Que saiba ler, falar e escrever Português", servia.

Cada vez temos mais malta a orgulhar-se de ver filmes em inglês, sem recurso a legendas, e outros que consomem livros, como se fossem completamente viciados, mas também em inglês, porque para eles é quase como a língua nativa. Aos poucos vai acontecer que eles mesmos se tornem nativos, na língua que tentam falar, mas em que só sairão grunhidos.

É uma pequena falha mas todos os dias, várias vezes ao dia, aparecem gralhas destas nos meios de comunicação social, que sendo de comunicação deveriam fazê-la convenientemente.

Quem vier aqui dizer que sou um daqueles chatos, que parecem o corrector ortográfico, só vos digo para irem brada... berda... borda... barda... Pá, vão chatear o Camões.

20
Set21

Ah "ganda" macaco!!


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Este calvo e simpático senhor é Duarte Lima. Grande parte saberá de quem se trata mas para os desinformados faço um pequeno resumo.

É um bandido.

Faço esta afirmação com convicção porque de momento o ex-político até se encontra detido por burla qualificada e branqueamento de capitais.

Escrevi ex-político mas não o deveria ter feito. A política é como a sarna, mete-se na pele e para que saia é um sarilho.

Definir o currículo de Duarte Lima como sendo só bandido é redutor, e até injusto.

Nascido em Miranda do Douro só pode ser boa pessoa. É comum dizer-se o quão boas são as pessoas de Trás-os-Montes e Duarte Lima não há-de ser excepção. É isso e ser desprendido, uma vez que sendo um de nove irmãos, a partilha há-de ter sido valor forte que tem presente até hoje.

Foi deputado da Assembleia da República e Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, tacho... perdão, cargo que perdeu quando foi alvo de suspeitas de ocultação de património, tendo colocado grande parte daquilo que era seu em nome de uma sobrinha com poucas posses.

Um pequeno erro que certamente não se tornaria a repetir.

Estava a brincar. Viria a repetir-se e até pior. Duarte Lima é suspeito de ter assassinado uma sua cliente no Brasil, que terá feito uma transferência no valor de 5,2 milhões de euros para a conta do advogado, com o intuito de que os seus filhos não lhos tomassem.

E não tomaram. Tomou antes o carequinha português, alegadamente. O que não é alegadamente é a velhota ter sido morta a tiro.

Duarte Lima fugiu para Portugal e houve depois todo um bailado de processos, trânsitos em julgado, decisões e indecisões.

Esta introdução toda para quê? Para uma pergunta muito simples.

QUANTOS, daqueles 230 deputados ( não interessa de que partido) têm comportamentos hediondos e criminais como os de Duarte Lima, mas que passarão por entre os pingos da chuva e nunca serão criminalizados?

Haverá ainda alguém que defenda que Portugal é um país de políticos sérios, e onde não existe corrupção, como se ouvia à boca pequena nos finais da década de 80, princípios de 90.

Era uma daquelas mentiras que se tornaram numa quase verdade absoluta, para a população desinformada.

Era a treta de não haver corrupção e a de termos das melhores polícias judiciárias da Europa.

Até acredito que a maior parte dos deputados da Assembleia sejam homens com uma seriedade aceitável, mas tenho a certeza que não seria preciso escarafunchar muito para encontrar mais uns 3 ou 4 Duarte's Lima, talvez até com currículos criminais mais extensos do que o dele. Bem escondidos, mas mais extensos.

Gostaria de referir que Duarte Lima continua a receber uma subvenção vitalícia de 2200 euros por mês, o que a mim me parece escandaloso. Qualquer político que seja condenado por um crime deveria perder todas as benesses que aufere, como resultado de cargos políticos que tenha ocupado e que usou para assim obter os seus intentos criminosos.

Finalmente veio a decisão de que o advogado vai ser julgado em solo português.

Parece não ser a hipóteseque mais lhe convém, mas o que é verdade é que já numa primeira instância os tribunais portugueses, mesmo confirmando que houve a transferência dos cerca de 5 milhões para Duarte Lima, disseram não ser possível afirmar que o ex-deputado tenha assim cometido o crime de abuso de confiança.

Pouca fé vou tendo na justiça portuguesa, principalmente quando quem está no banco dos réus é um político, mas será que vai haver coragem para condenar o homem por este crime, que até aconteceu do outro lado do oceano, como se isso retirasse gravidade ao acto?

Haverá quem diga que condenarão, se for caso disso, uma vez que ele agora até está preso. Mas está preso a cumprir uma pena de 3 anos e meio, que é apenas uma fracção da pena total deste crime pelo qual foi punido.

Os políticos portugueses fazem-me lembrar os antigos filmes do faroeste, em que mesmo havendo um Xerife, quem mandava na cidade eram os bandidos.

Todas as semanas vão saindo notícias de erros judiciários ou condenações que não aconteceram, e nalgumas até dá para ficarmos incrédulos.

Ou foi porque a prova não serviu de prova porque foi entregue tarde demais, ou porque a escuta não foi autorizada por um juiz, ou porque os prazos do julgamento não foram cumpridos.

Sinto cada vez mais que vivemos numa república das bananas mas em que nem os macacos conseguimos ser. Os macacos são eles, e os bananas somos nós, que somos devorados, sem nada podermos fazer.