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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

22
Jun21

ALERTA CM: Farinhera mata paio em feira de enchidos


Pacotinhos de Noção

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Calma. Este foi apenas um título sensacionalista para vos captar a atenção.
Tanto a farinheira como o paio estão de perfeita saúde e nem sei se o tipo de iniciativas como as feiras de enchidos voltaram a ser permitidos pela DGS.
Uma vez que já conto com a vossa atenção aproveito o facto e falo-vos da crise que vivemos no que a notícias diz respeito.
Numa altura em que há tanta informação mas que a população não a sabe crivar, aqueles que o deveriam fazer, para esclarecer os cidadãos, demitem-se também das suas funções, por causa da tão conhecida luta pelas audiências.
A informação quer-se imparcial, rápida, concisa e de fácil compreensão. Não é tudo notícia, e quem segue o trabalho do Nuno Markl já deverá ter ouvido a explicação do porquê a sua rubrica se chamar "O Homem que Mordeu o Cão". Uma das primeiras coisas que é ensinado a quem estuda comunicação ou jornalismo é que (e é dado este exemplo) a notícia é sempre "o homem que mordeu o cão" e não "o cão que mordeu o homem", pois isso é o que será sempre normal acontecer.
Aquilo que já há alguns anos se tem vindo a verificar é que o que cada vez mais passa a ser notícia é "o cão que mordeu o homem", porque as outras notícias, aquelas que mais poderiam interessar a quem se quer informar, dão trabalho a conseguir e muitas vezes precisam de confirmação.
Com a chegada da internet o trabalho deste novo tipo de jornalistas passou a ser muito mais facilitado. Basta-lhes visitar uma ou outra página de notícias, ou uma ou outra rede social, e começar a partir dai a construir a narrativa de um serviço noticioso.
Com isto a qualidade vai decaindo cada vez mais e para conseguir encher um bloco de informação, que poderia ser de 30 minutos, mas que acaba sempre por ser de hora e meia ou duas horas, falam acerca dos carros do Ronaldo, da feira do caracol de Vale da Azinhaga, do maior pastel de Chaves do Mundo e daquela praia da Costa Vicentina que uma revista da Cochinchina e que ninguém conhece, definiu que pertence às 17 melhores praias do Mundo para fazer nudismo apenas com o chinelo do pé esquerdo calçado.
Ainda há dias assisti a uma outra falha de um jornalista que até considero sério.
José Alberto Carvalho emitiu a sua opinião em pleno noticiário que apresenta, acerca das pessoas que criticavam os pais do Noah. Não o devia ter feito... Aliás, não o podia ter feito. Deveria apenas dizer que havia pessoas a criticar e acabou. Ou até podia nem mencionar este facto, porque a notícia neste caso concreto foi o desaparecimento, a busca, o final feliz e, talvez um dia mais tarde, a informação se alguém foi responsabilizado ou não.
Os jornalistas têm um código deontológico que contém apenas 11 pontos, mas desses 11 pontos parecem não querer respeitar nenhum.
Já no início da pandemia foi para mim sofrível verificar a falta de profissionalismo de alguns "pivots" de informação que acharam que deviam dar o seu cunho mais pessoal e aconselhar os telespectadores que estavam em casa...
Devo dizer que aos nossos pais pediram-lhes que fossem para a guerra, a nós que ficássemos em casa e aos jornalistas pede-se apenas que sejam jornalistas e informem. Se quiser uma catarse vou ao psicólogo.

01
Jun21

Quem quer cozinhar com o agricultor?


Pacotinhos de Noção

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Se numa conversa intimista o Daniel Oliveira me perguntasse "O que dizem os teus olhos?", à data de hoje eu diria: "Como telespectador do Hell's Kitchen, clamam por respeito."
Não sou aquele tipo de pessoa que pensa que conta muito para a estatística, mas sou aquele tipo de pessoa que tem a esperança que muitas outras pessoas pensem como eu e que, como tal, também façam como eu quando se sentem de alguma forma desrespeitadas.
O director de programas da SIC, na incessante luta por audiências que devo dizer penso ser perfeitamente legítima, afinal de contas um canal sem audiências é um canal sem interesse empresarial, esqueceu que quem lhe fornece as tão desejadas audiências são os telespectadores. Ao fazer mudanças de programação, com pouco sentido, para poder assim enfiar a martelo a nova temporada do "Quem quer namorar com o agricultor?", esquecendo por completo que durante várias semanas foi vencedor nas audiências por causa de quem via os pupilos do Ljubomir, foi apenas e só um cuspir no prato em que comeu. Ainda por cima um prato em que lhe foi servida uma refeição abastada.
Acredito que o programa do agricultor que quer deixar de ser solteiro, também conte com bastantes audiências. Se assim não fosse isto não ia já para a temporada nº542. Mas há tempo para tudo, e não faz muito sentido deixar de dar a final do programa "Hell's Kitchen" para começar a dar um outro programa e inventar ainda também, para depois do agricultor, uma espécie de fantochada de "Hell's Kitchen - Os finalistas", que mais não foi que a repetição de momentos do programa que deram ainda não há muito tempo.
Não sei se quem vê o programa, que não sendo culinário se pode considerar de cozinha, também vê o programa do namorico com o agricultor. Eu não vejo. Não tenho nada contra "reality shows" e "talent shows" mas o conceito deste, especificamente, não me atrai nem nunca atraiu, sendo que nem nunca assisti a 5 segundos, sequer, do mesmo. Foi por isso que quando tomei conhecimento que este programa tinha sido iniciado, sem sequer ter sido transmitido o final do outro, fiquei um pouco aborrecido.
Então e o que é que vou fazer para demonstrar o meu desagrado? Perguntarão vocês.
Nada que incomode ninguém o suficiente, mas posso garantir o que não vou fazer. Não vou ver a final do Hell's Kitchen, seja ela quando for. Tal como disse, não vai fazer mossa a ninguém, mas eu vou-me sentir muito bem comigo próprio pelo facto de não "papar" aquilo que me querem impingir, apenas porque desta forma promovem um novo programa e guardam o trunfo da final para outro dia. Posso também garantir que nessa altura, o simples facto de não estar a assistir ao programa transmitido pela SIC, não significa que vá obrigatoriamente para a concorrência. Não tendo nada contra, a verdade é que também não suporto "talents shows". Primeiro porque talento há muito pouco, e reparo que quanto menos existe mais baixo é o grau de exigência de quem assiste. Depois porque dos dois que estão a ser transmitidos àquela hora, um deles pertence à Cristina Ferreira, e em vez de assistir a programas da princesa da Malveira, posso aproveitar o tempo para fazer coisas que me custem menos fazer. Entre eles:
- Puxar pêlos do nariz com uma pinça
- Arrancar as unhas dos pés recorrendo a um alicate ferrugento
- Gotejar a vista com sumo de limão
- Decorar o alfabeto cirílico de trás para a frente
- Entalar o escroto no fecho das calças.

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