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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

09
Abr22

Os Idiotas


Pacotinhos de Noção

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Antes que tudo gostaria de dar um recadinho para o Gustavo Santos e Abdel Camará.

Não vos sigo, e os senhores cometem o erro crasso de não me seguir, mas visto que vos menciono gostaria de esclarecer, muito embora acredite que tendo em conta o título já perceberam, mas este post é-vos dedicado. Acredito que possam não gostar, aliás, espero até que odeiem, porque se assim for significa que temos mesmo ideais e maneiras de pensar completamente diferentes o que, para mim, é reconfortante.

Ouço diariamente o Extremamente Desagradável, da Joana Marques, como de resto já mencionei algumas vezes. O que também já mencionei é haver episódios com os quais não consigo sequer esboçar um sorriso. Não por demérito da autora do programa, mas por enorme mérito dos pascácios escrutinados, e que vomitando as suas anormalidades, só me fazem pensar em quantos passos atrás demos na escala evolutiva.

Neste episódio foi analisada um directo entre Gustavo Santos e Abdel Camará, e as alarvidades foram mais que muitas.

Poderia mencionar o quão ridículo é ter dois vendedores de banha da cobra a tentar dizer coisas estúpidas em catadupa, mas com uma sobranceria como se aquilo que dizem fosse completamente acertado, devendo até ser registado como lei.

Falaram sobre a pandemia, sobre a guerra na Ucrânia, no quão espectacular são e no quão fraquinhos somos nós, em comparação com eles, claro está.

Escusado será dizer que estas bestas intelectuais são negacionistas.

São negacionistas da vacina, do vírus, da guerra e da empatia.

Orgulham-se do facto de não serem vacinados e ridicularizam todos aqueles que o foram, esquecendo-se de que vão sendo beneficiados de uma provável imunidade de grupo, devido aos outros que "não têm uns grandas tomates" (palavras de Gustavo Santos, referindo-se ao facto de não ter vacina, e ainda se vangloriar disso em frente a elementos que assistem a uma palestra, por ele dada). Provavelmente o que nos falta em tomates sobrará em responsabilidade, mas se se orgulham tanto da tomatada que possuem, em vez de a terem entre as pernas, que a pendurem ao pescoço. Fica a ideia.

Tentam ridicularizar as ajudas que se dão à Ucrânia, afirmando que as pessoas não estão a reparar no aumento de preços, porque TÊM que enviar ajuda para o país em guerra. Mais uma vez são estúpidos, porque ninguém tem que dar nada. Só dá quem quer e quem pode.

Para quem não conhece Abdel Camará é preto. Isto, na verdade, não seria relevante caso alguns dos comentários que este retardado faz não fossem carregados de racismo e xenofobia.

A determinada altura este imbecil afirma que até há uns tempos ninguém aguentava os ucranianos, porque eles "vinham para cá roubar o trabalho aos portugueses e que agora até lhes abrem as portas"... Mas que esterco de comentário é este? Um tipo que certamente já jogou a cartada do racismo para se vitimizar, utiliza sem pudor o conceito que deveria abominar, e não hesita em fazer aquilo que provavelmente já sentiu na pele, o racismo e  a xenofobia.

Mas a estes apalermados tudo é permitido. É que afinal de contas eles são mentores, gurus, "coaches" de como bem viver, bem trabalhar, bem-dizer trampa. Estes dois, segundo aquilo que parecem fazer crer, e tantas são as vezes em que o repetem, é que são dos poucos que usam o cérebro e sabem pensar. Nós não, nós não o sabemos usar e para pensar será sempre preciso fazer um esforço hercúleo.

Tenho uma sugestão, que espero sinceramente que sigam.

Dado que usam tanto o cérebro, peço-vos que o usem também para colocar pregos nas paredes, por exemplo. Provavelmente os quadros ficarão mal pendurados à mesma, mas fica a satisfação de saber que, pelo menos um pouco, se hão-de ter aleijado.

O argumento válido de Gustavo Santos, contra a nossa preocupação com esta guerra, é o de que "guerras, há bués!" e é verdade, há bués mesmo. A diferença desta para as outras é que esta, de repente, pode desencadear numa guerra mundial. Dai a nossa maior preocupação, em relação à Ucrânia. Será esta explicação clara o suficiente para dois tipos que, claramente, têm grandes dificuldades de cognição, embora pensem que não?

Ouvir as patetices que eles dizem fez-me lembrar quando vamos a uma qualquer casa de banho, fazemos o número 2, damos a descarga no autoclismo e então reparamos haver um entupimento e a água começa a subir e nós a rezar, a água a subir e nós a rezar, a subir mais e nós a rezar e a suar... até que tudo acaba em bem. Mas com as latrinas vocais de Gustavo e Abdel, a porcaria veio mesmo para fora, e parece que não quer parar.

Para finalizar, e deixando de analisar os intervenientes de tamanhas ignorâncias, gostaria de ressalvar que Gustavo Santos tem cerca de 52 mil seguidores, e Abdel Camará 20 mil. Se eu fosse muito simpático iria dizer que as pessoas que os seguem são como aquelas que desaceleram para ver os acidentes de automóvel, gostam de ver desgraças, mas como não sou, resta-me imaginar que há quem realmente sinta necessidade de ajuda, mas não sabe bem onde procurar. Aconselho a que o façam melhor. Se argumentarem que seguem, estes dois pelo que transmitem, e porque vendem muitos livros... A transmissão está com imensas interferências, mais valia ouvir a mira técnica, e a Renova também vende muito papel, que mesmo após usado, continua a ser mais interessante e com mais conteúdo que os livros do Gustavo Santos.

08
Fev21

Mas é que é só style...


Pacotinhos de Noção

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"...é só style..." ou "...manda g'anda style..." são quase interjeições que eram comumente usadas na década de 90. O "style" em si era discutível, mas a verdade é que cada um fazia o seu, seguindo as tendências deste ou daquele estilista ou tentando imitar os actores e músicos que estariam mais na berra, na altura.

Anos passaram e a preguiça tem vindo a ganhar terreno, como se de um galgo hiperactivo se tratasse, principalmente a mental.

Isto porque antes cada um fazia o seu próprio estilo, agora a nova tendência é pagar a alguém para nos fazer seguir determinado estilo. Ou então melhor ainda, podem pagar a alguém que nem vos diz que estilo devem seguir, mas que vos dá as ferramentas ideiais para que então, ai sim, possam vocês mesmo criá-lo. A necessidade gera a oportunidade e foi então assim criada mais uma profissão, que é a de styling coach.

Caríssimos, a verdade é só uma. Paga quem quer e vende quem pode, e se há quem pague para lhe dizerem o que vestir, então que vendam esse serviço. Aquilo que me faz escrever estas linhas prende-se mais com a falta de profissionalismo. Caso não tenham nada de mais importante para fazer, como cortar as unhas ou espremer uma borbulha, peço então que percam por favor, um pouco de tempo pesquisando por styling coach no Instagram. A moça da imagem não interessa de onde é, nem quem é. A única coisa que interessa é que é uma entre muitas, que se diz styling coach e ao ver pelas fotos da pessoa a vontade que dá é tentar perceber quão styling ela conseguiria ser com o cabelo lavado e se em vez do saco do Pingo Doce tivesse um do El Corte Ingles, por exemplo, sempre é mais trendy.

O que é facto é que esta pessoa cobra a alguém porque acha que a maneira como se apresenta é refinada o suficiente, para que possa assim definir que percebe tanto de estilo, podendo até dar conselhos aos outros. Aqui podemos escolher um de dois típicos. Ou o típico "faz o que eu digo, não faças o que eu faço" ou o típico "falta de noção e vergonha na cara".

Reitero que isto não é um ataque pessoal a esta pessoa. Não a conheço, sei qual a sua profissão por aquilo que torna público, mas colegas desta pessoa, há-os por aí aos pontapés, mas não são uns pontapés quaisquer. São uns pontapés magníficos, dados com umas botas cheias de style. 

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