Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

16
Nov22

Man"infestações"


Pacotinhos de Noção

png_20221116_021439_0000.png

Estou farto de tanta pinça para mexer no assunto, tantos "rodriguinhos", tantos não me toques para com estes "janados", filhos de papá, que se deixaram manipular por partidos de extrema-esquerda, para fazerem o trabalho sujo por eles.

Não se iludam, a essência destas manifestações, feitas por esta praga de idiotas (dai a man"infestação ") não é a descarbonização do ambiente, não é a tentativa de acabar com os combustíveis fósseis. Estes movimentos são apenas políticos, e prova disso é a falta de preparação dos manifestantes.

Estes palhaços têm consciência do que aconteceria se realmente parássemos de imediato com o uso dos combustíveis fósseis? Pois eu digo...

Desemprego, Miséria, Fome, Implosão da Economia, Mortes.

Isto não é ser fatalista, é a realidade pura e dura.

E já agora deixo a pergunta. Qual seria a alternativa imediata aos combustíveis fósseis? A electricidade?

Além de idiotas, são burros e estúpidos.

Em Portugal a produção de electricidade não é maioritária nas barragens portuguesas, ao contrário daquilo que possam pensar. Os caudais dos nossos rios são fracos, pelo que as barragens pouco fabricam. Grande parte da nossa electricidade tem origem na queima de carvão, o que é extremamente poluente, e sim, eu sei que Portugal acabou com o fabrico de electricidade recorrendo a carvão, mas isso não significa que o tenha deixado de utilizar, a única diferença é que agora compra esse tipo de electricidade a Espanha. Significa assim que contribui menos para a poluição? Mais uma hipocrisia.

Mas, tal como estes manifestantes, eu não quero fazer parte do problema, quero fazer parte da solução, e julgo que todos temos que dar um passo inicial. Sugiro então que todos os que boicotam as aulas, tanto no Liceu Camões, na Escola António Arroio e na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, juntem todos os seus telemóveis, tablets, Ipad's, computadores e os entreguem para posterior destruição, e respectiva reciclagem, pois estes são objectos que quer no seu fabrico, quer no seu uso, são altamente poluentes. Fica a sugestão. Já vi comentários a defender que os passos a dar não podem ser individuais, que tem que ser apenas as grandes empresas a arcar com as responsabilidades, contudo no meu entender isto é apenas uma forma fácil de sacudir a água do capote e imputar a culpa aos outros. Assim é muito simples, mas se eu não limpo o meu quintal porque e que deverão vir outros e limpar por mim?

Não sou negacionista de que o ambiente está diferente, mas também não sou alarmista. Sou mais aquilo a que podemos chamar de conformado. 

O ser humano tem uma forte característica, que é a de conseguir destruir tudo à sua volta, e o planeta também tem uma característica ainda mais poderosa, e que  a de, mais cedo ou mais tarde, restabelecer o equilíbrio natural das coisas. Aconteceu com os dinossauros e acontecerá também com os humanos. Numa altura em que o planeta decida fazer uma reinicialização, pois com certeza que o fará, e nós somos o vírus maléfico que desaparecerá com a formatação. Se até esta altura pudermos melhorar a nossa estadia, então concordo que se o faça, mas melhorar não é ter um grupo de piolhosos malcheirosos, cujo pequeno-almoço é à base de ganzas, a impedir que todos os outros colegas de determinada escola, vão assistir convenientemente às suas aulas. Para mim esta gentalha era toda corrida a faltas injustificadas, e não passaria de ano.

Querem manifestar-se por algo realmente exequível? Manifestem-se pela construção de centros de dessalinização em toda a orla costeira. Querem maior fonte de água inesgotável do que a água do mar?

Querem construir "pipelines" para transporte de gás? Construam-nos para o transporte da água dessalinizada até aos leitos dos rios secos. A água não se desperdiçará, porque se bem me lembro do que aprendi na escola, os rios desaguam no mar, e teríamos vários problemas resolvidos. A falta de água, as irrigações agrícolas, a fauna e a flora nos, e junto aos rios, as barragens a funcionar a 100% para a produção de energia limpa... Fica caro? Será que fica tão caro assim? Ficará mais caro que uma TAP, um BES, uma EFACEC e um novo aeroporto que, aliás, nem é necessário. Somos um país pequeno. Temos aeroporto no Porto, em Lisboa, em Faro e um em Beja que está LITERALMENTE, e aqui é mesmo literalmente, às moscas. É descentralizar a chegada e partida de aviões. Poupa-se em construção, poupa-se num aeroporto construído, que não é utilizado, valorizam-se outras regiões do país e é um passo para a descentralização. Querem apostar em energias limpas, apostem na energia nuclear. Atualmente é segura e é das energias mais limpas que se pode usar.

O problema é que depois há todo um conjunto de instituições e associações, cuja fonte de rendimento é o Estado, e as lutas de epopeia que travam, cuja existência deixará logo de fazer sentido.

O texto vai extenso e recordo que o início do mesmo se deveu à tentativa de análise das manifestações contra os combustíveis fósseis, e a exigência de demissão do Ministro da Economia, portanto se estiverem chateados com esta porcaria que leem, levantem o rabo do sítio onde estão sentados, montem-se numa trotineta eléctrica, vão até a uma das escolas acima mencionadas, e espetem um par de estalos bem-dado a um destes manifestantes de rede social. Sim, porque estas manifestações, na realidade, não servem para mudar e melhorar o Mundo. Servem apenas para fazer "lives", e conseguir mais e mais seguidores.

04
Mai22

A mulher de César é uma badalhoca


Pacotinhos de Noção

20220504_005551_0000.png

Sempre ouvi dizer que "À mulher de César não basta ser séria, há que parecê-lo", mas se a mulher de César for uma empresa portuguesa do sector energético, então deixa de ser séria e passará a ser uma badalhoca da pior espécie.

Isto porque neste primeiro trimestre de 2022, a petrolífera Galp, conseguiu aumentar os seus lucros em 496%... Sim, senhor, não é gralha e até repito, 496%. E isto sucede devido à guerra na Ucrânia e consequente aumento dos preços. Acontece que muito provavelmente este lucro, no segundo trimestre, poderá crescer ainda mais, se tivermos em consideração que o Governo baixou o ISP dos combustíveis, que se traduziriam numa quebra final dos preços de cerca de 15 cêntimos, mas que, na prática, diminuiu apenas por volta de 8, porque as gasolineiras decidiram absorver parte dessa descida de imposto, conseguindo assim ganhar mais 7 cêntimos por litro, engordando um bocadinho mais os seus cofres.

O Governo já deu a entender que a ASAE irá fiscalizar esta situação, mas o que é verdade é que a ASAE não tem nenhum tipo de poderes para impor que determinada empresa cobre este ou aquele valor, por um produto ou um serviço que oferece. O mercado é livre e uma das características do mercado livre é essa mesma, não terem o dedo de instâncias exteriores à empresa a definirem preços.

E perguntam os meus amigos: "Mas o Governo não poderia criar leis que não permitissem este tipo de abusos?", ao que eu responderia: "Mas vocês são estúpidos?!"

Peço desculpa por esta ofensa que poderá até parecer gratuita, mas reparem apenas no seguinte para que percebam como essa pergunta não faz sentido.

Um dos vogais do Conselho de Administração da GALP é Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado do Governo PSD-CDS.

Até Janeiro deste ano, Carlos Costa Pina foi membro do Conselho da Administração da Galp. Outro ex-secretário de Estado, desta vez do Governo PS de Sócrates. Renunciou ao cargo ao ser acusado no processo das PPP, processo esse que demonstra que Carlos Costa Pina beneficiaria concessionárias rodoviárias nas negociações de novos contratos para as concessões das SCUT.

Aqui temos dois exemplos da GALP, mas se formos procurar na EDP, na Mota-Engil, na Efacec e em muitas outras empresas, temos uma imensidão de ex-governantes, alguns sem a mínima preparação para os cargos que ocupam, que ocupam cargos de grande relevo. E atenção que são de todos os quadrantes políticos, que aqui a democracia é mesmo democracia, todos mamam.

Mesmo o caso recente do ex-Ministro das Finanças, João Leão, que aprovou um financiamento no valor de 5,2 milhões de euros para o ISCTE, sendo depois nomeado vice-reitor da mesma instituição, mal saiu do Governo, mostra que as ofertas de emprego a ex-governantes não carecem de envio de currículo e posterior entrevista, porque as reuniões que seriam necessárias ter já foram acontecendo previamente, enquanto benefícios podiam ser atribuídos.

Claro que depois tudo não passam de patranhas, de cabalas, de mal-entendidos, que só quem esteja de má-fé é que pode acreditar, mas por mim falo, e se é má-fé que se exige, então a minha está no máximo dos máximos.

E é por isto, meus queridos leitores, que quem está no Governo, seja qual for a cor partidária, nunca vai mover uma palha para mudar seja que lei for, visto que o tipo que matar a galinha dos ovos de ouro, depois teria que comer apenas canja de galinha velha, e sopa, daquilo que me dá a perceber, é comidinha para pobres.

12
Mar22

No meu tempo...


Pacotinhos de Noção

Polish_20220312_205303450.jpg

Lembram-se desse anúncio do Continente, em que a avozinha dizia que no tempo dela se pagava isto ou aquilo, por determinado produto? Pois bem! Eu ainda sou do tempo em que com 30 € conseguia abastecer com 30 litros de gasóleo. Não foi há tanto tempo assim, mas ainda era num Governo que não tinha um lobo vestido em pele de cordeiro.

Bater-vos, é algo que não farei, por darem a maioria absoluta a pessoas que já deram provas de serem tudo menos sérias, mas é algo difícil de esquecer, admito, mas o assunto de que vos quero falar é outro.

Somos inundados diariamente pela solidariedade, e boa vontade, para com o povo ucraniano. Ainda bem que acontece, mas alerto-vos para que não se iludam, porque o ser humano continua a mesma trampa que foi até agora. 

A coisa está ainda muito quente, é o tema de que todos falam e até fica bem, numa conversa acerca da guerra, dizermos que enviámos um pacote de fraldas, ou enlatados para a Ucrânia, mas quando se passa por uma bomba de gasolina conseguimos compreender que não bate a bota com a perdigota. Isto porque quem é solidário, é sempre solidário. Não é solidário só das 10:00 às 13:00 e na parte da tarde deixa de ser, ou não pode ser só solidário com os ucranianos quando dá para mostrar que se é, mas depois, quando ninguém olha, vai de encher jerricãs de gasóleo até dizer chega.

Os preços dos combustíveis estão proibitivos, e a tendência é aumentar. A guerra é a desculpa mais imediata, mas todos sabemos que o assalto governamental, na forma de imposto, é a verdadeira razão. Seja como for, aquilo que se percebe, é que mesmo que fosse a guerra a principal influenciador, isso não seria impedimento para haver chicos-espertos a abastecerem-se de combustível como se fosse imprescindível para a sua vida, como se de oxigénio se tratasse.

Ir atafulhar de filas, as bombas de gasolina mostra o carácter de quem para lá vai. E mostra-o de várias maneiras. A primeira refere-se, como já afirmei, com as sanções impostas à Rússia. Todos concordam, e fazem questão de o gritar a plenos pulmões. Já piam mais fininho é quando dizem que "sanções sim, senhor, desde que isso não me prejudique directamente".

Quando isto calha a acontecer, estas almas tão bondosas, não têm nenhum pudor em pisar os que estão à sua volta, mas sempre de forma distraída, desavisada, para o caso de se alguém chamar à atenção, fazerem cara de parvos e afirmarem que nem lhes passou pela cabeça que pudessem estar a fazer algo de mal.

Aconteceu com o papel higiénico, logo no início da pandemia. Hoje existem ainda pessoas, com arrecadações forradas a rolos da Renova, e caso tentassem usar todos os que compraram, morreriam com 120 anos, com o cu em ferida, e ainda com muitos por usar.

Agora torna a acontecer com o combustível. Não interessa se há para todos. Interessa, isso sim, que eu tenha o meu carro atestado para poder dar as minhas voltinhas. É verdade que não se falou de racionamento do produto, mas se o preço está tão alto, e se existem fornecedores que deixaram de fornecer, não quero estar aqui a tirar conclusões precipitadas, mas julgo que mais tarde ou mais cedo poderá começar a faltar.

Não interessa se empresas de transporte de produtos básicos, e até ambulâncias, possam sentir falhas de abastecimento, importa, isso sim, é que a patega do Range Rover branco, cuja foto circula aqui pelo Instagram, consiga encher todos os seus jerricãs, caso contrário quando quiser ir aproveitar os seus "sunsets", nos "rooftops" bebericar os seus "cocktails", ainda vai ter que apanhar o n.º15E, que pára na Praça da Figueira.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D