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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

05
Fev23

Tabu


Pacotinhos de Noção

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Colocando as brincadeiras de lado, sabem o que penso acerca de pessoas que não têm a mesma orientação que eu?

Que sejam felizes, isso é que interessa, e já é muito, pois com a sociedade fechada que temos, conseguir ser feliz é um feito.

Fechada e ignorante, como prova o vídeo que anda por ai a circular, do idiota que diz que até se afasta dos homo sapiens, e que de tivesse um filho assim, o repelia. Espero que repelido seja ele, por ser um burro, estúpido e ignorante, que na sofreguidão de apontar o dedo, e repelir, nunca deu uso a nenhum dos seus neurónios, deixando que calcificassem, e nem Calgon o vai safar.

08
Jan23

Ninguém teve que morrer


Pacotinhos de Noção

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Estreou neste Sábado a segunda temporada do programa do Bruno Nogueira, TABU.

Para quem não conhece, não é apenas um programa de humor. É um programa de humor que nos leva a conhecer, a pensar, a entender e a perceber, vidas e situações que nos serão sempre desconhecidas ou pelas quais ainda não passámos.

Fazer rir com assuntos como as deficiências físicas, as doenças incuráveis, dependências, obesidade ou doenças mentais (temas abordados na primeira temporada) só seria possível, e até podemos dizê-lo, permitido, a alguém como Bruno Nogueira, que não se coíbe de fazer as suas piadas, mas não sem antes ter passado quatro dias com os visados, criando assim uma cumplicidade e uma simpatia que depois permite que todos se riam com o que o Bruno diz, e dos problemas dos quais padecem.

Tendo gostado bastante dos episódios da primeira temporada, devo dizer que tenho no meu preferido este primeiro episódio da segunda. Tivemos um Bruno Nogueira solto e divertido, que colocou os participantes à vontade e que, dá ideia, conseguiu com eles criar um ambiente de cumplicidade.

Desta feita o tema foi a velhice, mas a idade não se fez sentir, pois o programa correu sobre rodas.

Como nos bons perfumes, o frasco deste programa é também de tamanho reduzido. Teremos mais uma vez uma temporada de 5 programas que, estou em crer, nos saberão a pouco, mas se há coisa com a qual Bruno Nogueira sempre soube jogar, foi com as suas aparições fugazes, para conseguir fazer com que o público não se canse de si.

Não se pode dizer que tenha sido uma aposta ganha por parte da SIC, porque aposta implica sempre algum risco, e TABU já havia sido testado, com resultados bem positivos.

Bruno Nogueira, durante o programa, sugeriu que um dos convidados morresse antes da estreia do mesmo, para conseguir assim bons níveis de audiências. Não sei como ficaram os níveis de audiência, mas acredito que tenham sido bastante bons, e no final das contas, ninguém teve que morrer.

08
Jul21

Quais os limitados do humor?


Pacotinhos de Noção

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A pergunta que todos os humoristas não gostam de ouvir, porque odeiam responder, é a de "Quais são os limites do humor".

Para mim não há limites, para alguns o limite é quando os visados da brincadeira deixam de ser os outros e passam a ser eles mesmos. Mas não era acerca dos limites do humor que gostaria de falar e sim dos limitados. São dois assuntos que acabam por se misturar porque muitas vezes os limitados do humor tendem a pensar que são eles quem impõem os limites para toda a gente.

Ontem o Bruno Nogueira, no seu Instagram @corpodormente, colocou a foto que emoldura este texto, e legendando a foto um texto que para mim tem imensa graça pois revejo ali estereótipos, alguns até de pessoas consideradas famosas.

Polish_20210708_191344478.jpgAchei uma boa piada, até refrescante e se tivermos em consideração os gostos obtidos percebemos que muita gente também achou graça, vendo alguns dos comentários, percebemos que alguns dizem ter achado graça mas não perceberam que aquele texto se assemelha à forma como escrevem e, pelos vistos, houve algumas pessoas que além de se terem rido, ao fingir que perceberam, acharam por bem fazer um ou outro reparo à maneira como o Bruno Nogueira escreve, porque "sendo uma figura pública deveria ter em atenção alguns dos erros ortográficos que comete".

IMG_20210708_190016_044.jpgMelhor ainda é alguém que no meio de um texto tão propositadamente errado e mal estruturado, só conseguiu vislumbrar o "veses" como erro.

Polish_20210708_185146369.jpgEste balde de água fria a uma piada é semelhante àquele tipo que conta o final da nossa anedota antes de a acabarmos de contar a outra pessoa que não a conhecia.

Isto só reforça a minha convicção de que o "Princípio, Meio e Fim", mesmo não tendo sido um bom programa, tinha imensas pessoas a defendê-lo apenas porque aceitam que à partida qualquer coisa que seja feita por um humorista, ou um artista em geral de quem gostem, é boa, compreendam eles ou não.

Do Bruno Nogueira não sei se gosto, não o conheço, do trabalho gosto de muita coisa mas há outras que não aprecio tanto, mas isto acontece-me com todos os artistas de quem sigo o trabalho. O facto de gostar não me faz só tecer rasgados elogios, até porque a quem nos dá espectáculo e cultura não devemos fazer fretes, uma vez que é do nosso real retorno que eles conseguem melhorar, caso disso haja necessidade. 

Voltando a quem faz reparos linguísticos numa piada que também é linguística, mostra também o porquê de hoje existirem tantos indignados com tanta coisa, tantos defensores de oprimidos, tantos exigentes que querem à viva força defender causas que nem sequer conhecem ou sabem o que defendem.

Para terminar queria também dizer que os grandes culpados de o humor ser tão, mas tão levado a sério, que até parece mal que se riam, são a nova vaga de humoristas que de humoristas têm muito pouco, e também eles são os "Limitados do Humor".

Volto a bater no ceguinho e não tenho o problema de os nomear pois sendo figuras públicas acabam sempre por estar sujeitas ao escrutínio do cidadão comum, embora não gostem (é natural) mas personalidades como Diogo Faro, Carlos Pereira, Luana do Bem, que misturam humor com ideologias e activismos políticos e sociais, ou outros como Pedro Durão, Paulo Almeida ou Guilherme Duarte cuja piada deixa muito a desejar, fazendo até lembrar as gracinhas que dizíamos e fazíamos na escola primária, mas que ainda assim têm muito palco, faz com que o sentido de graça das pessoas decaia muito de valor, habituando-se ao medíocre.

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