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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

05
Jan23

Blockbosta do momento


Pacotinhos de Noção

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Um "blockbuster" é um filme que gera interesse e, acima de tudo, gera retorno financeiro. Temos na saga "Star Wars", e nos seus tantos episódios, o exemplo perfeito disso mesmo.

O blockbosta é um bocadinho diferente. Tem imensos episódios, mais até que as películas de George Lucas, e o intuito não é gerar retorno financeiro, é antes gerar transtorno financeiro. Transtorno não para os protagonistas da história vergonhosa, mas sim para todos os que assistem, e que somos nós. Eles, como protagonistas que são, recebem o seu magnífico quinhão, sendo aquilo que dá a origem ao blockbosta. É então um círculo vicioso, inerente a um círculo de viciados, não por drogas, mas por poder e também por poderem meter-nos a mão ao bolso.

Neste tipo de película António Costa chama garoto a George Lucas, pois cria enredos bem teados e onde não existem heróis, só vilões e otários. Os vilões são os protagonistas, os otários somos nós.

Não é gralha o cartaz desta coboiada de bandidos, ter actores de outras épocas, como José Sócrates e Manuel Pinho. Serve para demonstrar que este grupo de malfeitores percorrem o seu caminho há já muitos anos, e não apareceu ainda um Xerife que lhes conseguisse deitar a mão. Quando houve um que tentou, no seu cargo de Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal foi prontamente afastada do cargo e foi lá colocada uma marioneta que dá pelo nome de Lucília Gago. Poucos a conhecerão, e é natural que assim seja, pois a senhora faz questão de não levantar ondas, e para isso vai ao sabor da maré.

Tantos casos assim, uns atrás dos outros, sendo que todos envolvem desvios de dinheiros do Estado, nomeações que não deviam acontecer, e até atropelos mortais de trabalhadores das autoestradas, seriam motivos, mais que muitos, para que um Presidente da República a sério, pensasse numa dissolução governamental. Relembro os meus amigos que, por muito menos, Pedro Santana Lopes, em 2005, viu o tapete ser-lhe puxado debaixo dos pés, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, que não cedeu a pressões, antes pelo contrário, aceitou-as de bom grado, pois sendo o senhor do PS aproveitou assim para abrir caminho, feito Moisés, para que José Sócrates ganhasse as eleições, e desse início à hegemonia destes larápios.

Sim, sei que vão argumentar que pelo meio houve Pedro Passos Coelho, e que foram anos negros... E sim foram, e sim serão. Isto porque depois deste segundo Governo de Costa, também terá que vir alguém arrumar a casa, tapar os buracos que foram deixados, e o português, sendo de memória curta e gostando de viver na base da esmola, vai voltar a cair no mesmo erro e depois vilipendiar aquele que tentará tirar este chiqueiro do lamaçal. Depois virá de novo o PS, esvaziar e rapar os cofres do Estado, para distribuir umas migalhas pelos papalvos, e para dividir o bolo recheado e guloso, com aqueles que são os seus braços direitos, os seus braços esquerdos e todos os outros membros que se possam lembrar porque, como se sabe, os polvos têm muitos braços.

E é assim, o guião deste filme, que sendo fraquinho, é dos mais caros que se vão fazendo, deixando James Cameron ruborizado de vergonha pela mixaria que gastou no Titanic. Mas ao menos esse teve a Céline Dion na banda sonora, que gostando ou não se gostando é uma estrela. Nós, pelo andar da carruagem, aquilo que vamos ter como banda sonora é um grupo de carpideiras, velhas e decrépitas, que chorarão a bom chorar, por verem a economia a definhar. Ainda assim, o Sócrates é o preferido delas, porque é o George Clooney da política portuguesa, e também gostam muito do Costa, a quem apelidam de "Chamuças", mas que lhes ofereceu 120 €, que bastante jeito lhes deram.

Termino com aquilo que sinto, sempre que falo de Costa e dos seus comparsas.

Têm o Governo que merecem, foram vocês que votaram nele.

Eu, admito, em 2005 votei Sócrates, e consequentemente PS, mas foi como chupar uma azeda apanhada num qualquer jardim. Quando a tinha na boca lembrei-me que os cães mijam por perto, e provavelmente mijaram também ali. Nunca mais chupei uma azeda.