Se arrepia é porque até é bom
Pacotinhos de Noção
À partida este não seria um filme sobre o qual esperaria escrever, mas apanhou-me desprevenido e acabei por gostar bastante.
Jungle Cruise, com Dwayne Johnson e Emily Blunt, não é o filme perfeito, longe disso, tem as novas manias do costume, de mostrar como as mulheres são empoderadas, ao ponto de conseguirem lutar, fisicamente, de igual para igual com os homens, e teve também que ter representada a sua quota-parte de personagens representativas do movimento LGBT, mas ainda assim consegue ser de algumas formas inesperado, e até causar um certo calafrio, o que nos leva a pensar o que poderia sair daqui se a Disney tivesse apostado num produtor com mais currículo e provas dadas, e numa produção mais demorada e detalhada, como acontece na série dos filmes dos Piratas das Caraíbas.
Algo de interessante neste filme é que existe uma história base, que é a aventura na busca por uma árvore antiga, cujos poderes curativos são lendários.
Para a encontrar a Drª Lily Houghton (Emily Blunt), precisa navegar pelas águas do rio Amazonas, contratando assim os serviços do capitão Frank (Dwayne Johnson).
À procura da mesma árvore está também Prince Joachim, um meticuloso e frio militar alemão, que não olhará a meios para atingir os seus fins.
E parece que o filme se fica por aqui, certo? Errado. Aquilo de que vos falei é apenas uma pequena parte, a partir de determinada altura a história tem um acréscimo de personagens, e recebe uma injecção que dá todo um novo rumo à película, mas que não vou contar, para não estragar o momento.
Torno a dizer que este filme da Disney, tendo outro tipo de produtor e tendo tempo para gravação, poderia ser algo mais, assim como Dwayne Johnson que já vai acumulando anos de representação, mas ainda não teve aquele papel que lhe possa dar o estatuto de bom actor. Talvez seja com um dos próximos filmes, como o Black Adam, por exemplo, em que o ex-lutador de wrestling, fará o papel de uma herói da DC (COMICS).
Para terminar gostaria de sublinhar a banda sonora do filme, que está a cargo do compositor James Newton Howard que teve uma magnífica ideia ao utilizar instrumental de "Nothing Else Matters" dos Metallica, com um novo arranjo, e que serve no filme de moldura a uma cena de retrospectiva, narrada por Dwayne Johnson.
Se tudo o resto no filme não prestasse, só por este pedaço, já teria valido a pena, e eu nem sequer sou fã dos Metallica.