Dúvida
Pacotinhos de Noção
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Pacotinhos de Noção
Pacotinhos de Noção
O que têm em comum as eleições no Brasil, o C0VlD19, o crescimento do CHEGA, e a guerra na Ucrânia?
Curiosamente é algo de positivo. Ninguém adivinha? Eu digo.
Estas situações, umas mais graves, outras mais chatas, nenhuma agradável, serviram para fazer sair das suas tocas todos os anormais, idiotas, retardados e descompensados que nem sequer sabíamos existirem... E alguns podem estar mais perto do que poderíamos imaginar. Pode ser um colega de trabalho, um vizinho, um amante, o dono do café que frequentamos, ou até um familiar.
Quando partimos de conceitos pré-definidos como a justiça, a honra, a bondade, o senso comum, a consciência e até a inteligência, esquecemos que poderá existir um grande número de pessoas que não se regem por nenhum desses conceitos e que, se há uns tempos se apercebiam que calados eram poetas, agora passaram a ter para si que aquilo que defendem, e em que acreditam, por mais estúpido e bárbaro que possa ser, é passível de ser vomitado para uma sociedade que, de tão politicamente correcta, passou a afirmar que todas as opiniões são válidas, e isto não é verdade. Se realmente é positivo saber quem são os estupores que nos rodeiam, para assim estarmos de sobreaviso acerca dessas pessoas, dar tempo de antena, e rastilho para a sua pólvora, é estar a fazê-los acreditar que aquilo que dizem, vale mesmo a pena.
Vamos a exemplos caso a caso, que é para isso que realmente aqui estamos.
Agora que já acabaram as eleições, posso dar a minha opinião sem cair no risco de mudar as intenções de voto. Podem até achar que minto, mas a par da Globo, o Pacotinhos de Noção é o órgão de comunicação que mais influência a intenção de voto no Brasil. Se estiver a mentir, que o "N" deste teclado deixe já de fucioar…
Dizia, nas eleições no Brasil ficou bem claro que malucos existem aos milhões.
Lula é um corrupto, e isso está mais que provado e comprovado, mas a alternativa a este corrupto é um maluco que quer armar, ainda mais, um país onde o crime violento, recorrendo a armas de fogo, é dos mais elevados em todo o Mundo, um país que por ano tem mais mortes ligadas a armas de fogo do que alguns países que estão em guerra há vários anos.
Milhões de brasileiros queriam para presidente um tipo que ameaça jornalistas, adversários e que não tem nenhum pudor em exprimir o seu apoio a Vladimir Putin. Um tipo que encara a homossexualidade como uma doença e que defende que "o pobre só é bom para votar". Queriam dar o segundo mandato a alguém que lança a atoarda da corrupção, mas que tem o filho envolvido em casos que são tudo menos claros. O problema aqui não é Jair Bolsonaro. Que ele é maluco e perigoso já todas as pessoas perceberam... menos os 58 milhões que votaram nele, e que defendem agora protestos violentos, para contestar esta eleição. A única diferença entre Lula e Bolsonaro é a prisão. Um já por lá passou, o outro AINDA não.
Já os maluquinhos dos negacionistas do C0VlD acho que nem têm nada de novo que se lhes aponte. Todos sabemos as alarvidades que disseram e agora, pasmem-se, andam todos orgulhosos a dizer que falsificaram testes e certificados de vacinação. Isto não poderá ser encaixado numa moldura penal qualquer? É que há aqui falsificação de documentos. No meu entender, a justiça deveria actuar sobre estes indivíduos. O que mais me surpreendeu foi ter dado conta de que até conhecia alguns negacionistas. Pessoal que até parecia equilibrado, mas que bastou haver uma pandemia e "soltaram a franga", elaborando teorias conspirativas e afirmando que os culpados disto tudo eram "ELES", e que "ELES" até nos iam implantar chips. Que "ELES" inventaram isto para matar os velhotes e poupar nas reformas... Os velhos que conheço devem ser todos muito resistentes, porque não houve um que tivesse lerpado com a pandemia, para eu agora ter uma história para contar.
A negação da invasão da Rússia à Ucrânia é algo que ainda estou para perceber. Quem defende isto, é negar as evidências, ou então quer contrariar só para chocar. Neste caso concreto eu nem demoro tempo a discutir, porque não há nada para discutir. Quem defenda Putin defende o indefensável e, muito sinceramente, devia barrar a cara com fezes, ao conseguir ter o descaramento de tentar sequer argumentar algo que não seja a condenação de tão vil ataque.
No final vou dar-vos um exemplo de como alguém, que por acaso até é meu familiar, consegue ser de tal forma idiota que nem daria para ser inventado.
Esta pessoa não admite que simpatiza com o CHEGA, mas todas as suas ideologias vão de encontro às do dono da falecida coelha Acácia.
Há uns meses houve uma discussão entre famílias rivais de ciganos no Almada Fórum. Um indivíduo saca de uma arma, dispara dois ou três tiros e um dos tiros acerta, precisamente, no joelho da sua filha de 5 anos. Esta minha familiar condena os tiros, condena a luta entre as duas famílias, e mais... condena a menina de 5 anos, porque é filha daquele pai. Esta minha familiar tem filhos da mesma faixa etária que a menina, que não pediu para nascer, não pediu para ser filha de um estúpido que anda armado em centros comerciais, nem tão pouco pediu para levar com um balázio no joelho, dado pelo próprio pai. Mas para esta minha familiar a miúda tem culpa, porque nem devia estar com o pai no Almada Fórum. Já disse que a menina tinha 5 anos, não já? É que não conheço muitas crianças de 5 anos que tivessem a presença de espírito de dizer ao pai: "Desculpa lá, pai, mas não quero estar aqui contigo. Vou sair do Almada Fórum e vou já apanhar o autocarro para o Monte da Caparica."
Curiosamente isto é o tipo de pessoa que depois também acaba por ser mais ou menos negacionista, segundo palavras dela, mais ou menos racista, mais ou menos homofóbica, mais ou menos a favor do Putin, mais ou menos completamente parva e estúpida.
Tal como em quase tudo na vida, há males que vêm por bem. Não é que este bem nos faça sentir melhor, afinal de contas acabamos por nos aperceber que estamos rodeados de gente que se houvesse uma "Noite de Crime", como no filme "A Purga", nos viriam bater a porta, e não seria para pedir Pão por Deus. Assim já sabemos quem são esses malucos. É esse o lado positivo.
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Temos visto nas notícias que passaram seis meses desde o início da guerra na Ucrânia.
Uma guerra, que não é guerra, nem sequer invasão. É apenas a desnazificação de um país, ordenada por alguém que parece seguir à letra todos os compêndios que ensinam como desnazificar, sendo nazi.
Mas no meio desta tragédia não vou falar de motivos, de Putin, das estratégias, do marketing e da propaganda... Vou antes falar do quão confortável se transformou uma frase, que é cada vez mais usual, e que faz com que se me enricem os pêlos da nuca.
Tem muitas variantes, mas o núcleo da questão é o mesmo:
- "Se a Ucrânia perder esta guerra, todo o ocidente sai derrotado."
ou
- "A Ucrânia não se defende só a ela, defende todo o Ocidente."
A génese é: - quem é invadida, bombardeada, saqueada, com militares, cidadãos e crianças mortas, é a Ucrânia, para que depois, no final, caso ganhem, todo um ocidente festeje, e caso não ganhe, todo um ocidente se sinta derrotado, porque, no final das contas, a Ucrânia não conseguiu fazer mais.
A pergunta que fica no ar, e que sei que não é fácil de fazer, porque a resposta não é agradável em nenhuma das suas formas, é: - SE O OCIDENTE SE SENTE TÃO AMEAÇADO, PORQUE RAIOS E QUE NÃO FAZ UMA INTERVENÇÃO MUSCULADA?-
Dir-me-ão que tal não pode acontecer porque legitimavam a que Putin pudesse atacar outros países, mas se o receio é precisamente o de que o anão russo domine a Ucrânia, e que siga depois com os seus intentos mais para ocidente, então não se deveria tentar travar este lunático o quanto antes?
Poderão argumentar que o ocidente ajuda a Ucrânia com equipamentos militares, e até treino especializado, mas a verdade é o povo ser quem realmente sofre.
Enquanto se vão fazendo jogadas políticas, com Guterres, Von der Leyen, e outras figuras importantes, fazendo as suas viagens turísticas a Odessa, ou Zelensky e a esposa a serem capa da Vogue, num marketing quase pornográfico, a população sofre e vai servindo como escudo humano, para fazer as tropas russas perderem tempo e força, dando assim alguma hipótese aos militares ucranianos.
Bem sei que definir que o ocidente deveria entrar no conflito, seria quase que abrir portões a uma Terceira Guerra Mundial, coisa que quase ninguém quer. Digo quase porque há malucos para tudo, e também porque a guerra dá muito dinheiro a ganhar, mas nós, o típico cidadão comum, não quer certamente um conflito mundial, e não é com esse intuito que escrevo estas palavras. Aquilo que penso, e acho que se devia parar de fazer, era esta demagogia barata, esta tentativa de frases motivacionais e de citações de Facebook.
A Ucrânia não defende o ocidente. Estão a defender-se a si, e aos seus, e não precisa que lhes sejam colocados nos ombros responsabilidades que em nada ajudam na luta que travam.
O povo ucraniano borrifa-se se a Finlândia, a Suécia ou a Polónia estão em risco. Não por egoísmo ou por qualquer tipo de maldade, mas sim porque não querem, nem podem querer, saber dessas minudências, já que lutam para conseguir viver, para não verem morrer os seus habitantes.
Enquanto isso o ocidente afirma que esta luta, já tão desigual, precisa de ser mais desigual ainda, porque às costas da Ucrânia encavalita-se toda uma Europa, todo um E.U.A. e toda uma N.A.T.O.
A única imagem que agora me surge do ocidente, é o de um tipo javardo, todo sujo, com a sua camisola de cava, sentado, todo suado, na sua poltrona surrada, em frente à sua televisão, vendo um conflito em directo, e afirmando que com a sua força, os ucranianos hão-de conseguir vencer, mas quando de repente tocam à porta, o bezerro sudorífero, nem levanta os glúteos da poltrona, porque lhe dará muito trabalho. Prefere gritar por alguém, para ir à porta por ele.
Deixem-se de "nós isto, nós aquilo". São eles que combatem, são eles que morrem, serão eles que, na pior das hipóteses perderão, são eles que na menos má das hipóteses ganharão. O ocidente que se preocupe em perceber que existe mais para além do seu próprio umbigo, e que mesmo esse, que está ali tão perto, merece uma limpeza profunda, para tirar camadas e camadas de cotão.
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Atenção, grande homem mas também não sou cego. Consigo ver todo o marketing que Zelensky tem à volta, acho ridículo as t-shirts com mensagens como se fossem as do "Rock in Rio - Eu Vou". Percebo que seja para manter os holofotes em cima do conflito, para que o Ocidente não se esqueça daquilo pelo que a Ucrânia passa, mas seria mesmo necessário ser a capa da Vogue?
A mulher está deslumbrada com a fama, e cada vez que abre a boca lembra-nos que calada é uma poetisa. Com tanta gente morta, e tantas crianças a sofrerem, afirmar que agora o sonho do filho de 9 anos, é pertencer ao exército ucraniano, mostra que é péssima mãe, pois o que deveria tentar fazer era tirar essa ideia do miúdo, porque a probabilidade, de alguém que vai para uma guerra, morrer, é altíssima.
Sem pesquisar no Google, alguém se lembra quem era a esposa do senhor Churchill? Não?! Então está tudo certo, pois é assim mesmo que deveria ser.
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Volto a tocar neste assunto, e quem não estiver interessado tem sempre a opção de não o ler.
Aqui não falo sobre a guerra, sobre a invasão de um país pelo vizinho, nem se há armas enviadas ou não enviadas. Agora estou apenas a colocar-me na pele deste homem e a sentir os pêlos da nuca arrepiados.
Sim, bem sei que esta é uma notícia que já não é fresca, mas se eu ler uma notícia, ou vir uma foto, de um pai a segurar a mão do filho morto, mesmo que essa notícia ou essa foto tenham 50 anos, a sensação que terei será exactamente a mesma, porque me coloco no lugar deste pai.
Esta imagem não vale por mil palavras, não vale nem por um milhão, porque por mais palavras que se digam, estas não chegarão para justificar a morte de um filho, nem para confortar o coração deste pai. Não consigo, nem quero imaginar a dor que ele estará a sentir. Coloco-me no seu lugar mas não o quero fazer. É injusto bem sei, assim até parece que o abandono na sua dor, mas só de me imaginar na mesma situação julgo que não viveria nem mais um segundo, pois o meu coração bate pelos meus filhos e sem eles não existiriam razões para bater. Mas não estamos aqui para falar de mim, nem sequer estamos para falar no pai do Dmytro. Reparo agora que nem percebo bem porque estamos aqui, eu a escrever e vocês a ler. Talvez por solidariedade com este pai, talvez para sublinhar mais uma vez a estupidez de uma guerra sem justificação e que vai ceifando cada vez mais vidas, em que doendo todas, as de crianças doem ainda mais forte.
Há mais guerras noutras partes do Mundo? Haverá certamente, e se houver imagens difundidas das mesmas, a tristeza que sentirei será a mesma. Não sou director de nenhum canal de informação e como tal não tenho a responsabilidade de falar de todos os conflitos que possam existir. Falo apenas daqueles sobre os quais me chegam informações e penso ser assim com todos nós. Claro que os meios de comunicação divulgam apenas aquilo que mais vende, mas eu não acredito que o principal objectivo seja o do lucro e da venda fácil. Dentro de uma qualquer redacção poderá existir um mentecapto cuja língua que fala é a dos cifrões, mas o grande núcleo de repórteres e jornalistas são pais como nós, e também terão sentido esta notícia como um murro no estômago.
Suporto cada vez menos as pessoas. De dia para dia demonstram que pouco valem e valores são coisas que não têm. Ainda assim não lhes quero mal, mas depois há uma franja de idiotas que ficam a dever muito ao ar que respiram. Falo obviamente de Putin, a quem a morte será o menor dos males, e em que a mesma será festejada um pouco por todo Mundo, e depois acrescento também pessoas que defendem Putin e a sua invasão, apenas porque se lembraram que o que lhes dá tempo de antena, é sempre contrariar o grosso da sociedade, quer seja na política, problemas sociais, gestões de pandemias, e neste caso concreto. Falo agora de pessoas como a execrável Maria Vieira, em que o papel que melhor desempenhou até hoje, é o de pessoa estúpida e idiota, que cada vez que abre a boca, o que de lá sai faz uma ETAR parecer um jardim com flores frescas, e de Alexandre Guerreiro, um suposto ex-espião que provavelmente o que mais lhe proveu espiolhar, foram as ceroulas com que Putin dorme, para poder copiar e usar iguais. A vontade que este homem demonstra em defender todos os passos dados pelo ditador russo, tornam isto até num caso claro de paixão cega, do Alex pelo Vladi. Desconfio que Guerreiro poderá até sonhar com o urso russo, cavalgando em tronco nu por entre bosques e vales, em direcção ao estuporado comentador português que, quando está mesmo prestes a levar um repenicado beijo do "czar wanna be", acorda sobressaltado lembrando-se que na Rússia não há cá dessas mariquices de homens com homens... É crime e dá direito a prisão.
Sei que todos têm o direito à sua opinião, é um direito que se lhes assiste, mas quando a opinião é abominável, penso que esse direito deixa de fazer sentido. Não se deve amordaçá-los porque de outra forma não ficaríamos a conhecer quem são, afinal, os malucos, mas já que estão tão do lado do Putin, deportava estes débeis para o centro do conflito na Ucrânia, pois assim poderiam melhor perceber o terror que passam aquelas populações. Mas isto se calhar era ser pior que eles, contudo sempre ouvi dizer que "Quem com ferro mata, com ferro morre."
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O dia hoje foi carregadinho de notícias importantes. O Boris Johnson que se demitiu, o NOS ALIVE que está em alta, as temperaturas que sobem no Verão, os incêndios que advém das temperaturas, etc. Como disse, são tudo notícias com a sua importância, mas parece que a guerra na Ucrânia acabou.
Os vários blocos noticiosos, honra lhes seja feita, não abandonaram o assunto. A SIC, principalmente, continua a falar no assunto e a fazer as suas análises, mas o cidadão comum já deitou para trás das costas, já não é um assunto tão "trendy".
Para mim o lado mais negro da guerra são as mortes das crianças. Um adulto que viva na Ucrânia sabe que está num país em conflito e poderá ser uma questão de tempo até lhe rebentar um projectil em cima. Tem essa consciência, não será uma surpresa. Mas e uma criança? Uma criança inocente que sonha, chora, ri, pula, canta e brinca, e quando brinca, num jardim infantil, como ainda hoje os meus filhos fizeram, e muito provavelmente os vossos também, não espera nunca que aquela volta no cavalinho ou aquela subida no balancé, poderá ser a última. É isso mesmo que mostra o pequeno vídeo que aqui coloquei. A senhora que fala não é família, não é amiga, não tem nenhuma ligação com os miúdos, mas dá para notar na sua respiração ofegante e no seu discurso meio atabalhoado, que viu algo que nunca irá esquecer, uma criança de bruços, em cima do baloiço, onde morreu enquanto brincava.
Algo ainda mais assustador é que ao que parece o ataque foi feito por tropas ucranianas, porque a região onde isto aconteceu está já tomada pelos russos e este ataque foi uma contraofensiva conduzida por parte de tropas ucranianas. A Ucrânia não desmentiu o sucedido, apenas afirmou que "apenas ataca alvos militares".
Muito sinceramente é completamente irrelevante quem foram os indivíduos que dispararam aquele "rocket", mas se foram as tropas russas para culpabilizar a Ucrânia, isso é hediondo, mas se foram os ucranianos, numa vã tentativa de recuperar terreno, então isso além de hediondo é de uma falta de honestidade e vergonha inqualificáveis. Quantas vidas, principalmente de crianças, é admissível perder por causa de terra?
Para mim, é fácil falar, pois não sou minimamente nacionalista, de facto irrita-me bastante o slogan "O que é nacional é bom" porque há muita trampa nacional que não chega sequer a mau, quanto mais a bom. Como não beijo a bandeira, não fico doido com a selecção e nem sequer gosto de bacalhau, se me visse numa situação como a dos ucranianos, já teria pedido ao Zelensky que entregasse a chave do país ao doente do Putin. Ia perder o meu orgulho? Provavelmente, mas iria poupar em vidas.
Eu com isto não digo que concordo com a invasão, atenção, aquilo que digo é que a guerra mexe com demasiados interesses para ter um fim à vista. Recordem-se, por exemplo, que Boris Johnson só não saiu antes do cargo que ocupava, porque entretanto passou a ser uma parte bastante activa neste conflito.
Costa coloca a culpa do aumento dos preços na guerra, Macron, embora tremido, ainda conseguiu ganhar mais um vez as eleições, e o mundo do fabrico de armas voltou a sentir os cofres a encher como já há muito não sentia. É uma guerra que interessa a muitos que não acabe tão depressa, e enquanto isso vão morrendo cidadãos comuns, entre eles crianças.
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Quem for leitor habitual do que escrevo saberá serem algumas as vezes em que abordo assuntos tratados no programa Extremamente Desagradável. Tendo eu um blog, e página de Instagram, com o nome "Pacotinhos de Noção", e sendo os visados daquela rubrica de rádio, personalidades que necessitam de doses cavalares de noção, julgo que esta parceria abusiva, da minha parte, acaba por ser natural.
Nos programas de 2.ª e 3.ª feira, ouvi algo que pensei estar banido já há muitos anos. Os espectáculos de aberrações. Aqui não há o homem elástico nem a mulher barbuda, apenas um homem parvo e uma mulher estúpida. Pelos epítetos aplicados até poderiam chegar lá, mas como um dos intervenientes não é assim tão famoso, o melhor é dizer-vos quem são. Falo de Maria Vieira, a "Parrachita", a Marilyn Monroi do André Ventura, a meia leca que é louca e meia.
E falo também de Sérgio Tavares... Quem?! Perguntarão vocês, ao que vos respondo que não sei, mas estive a pesquisar um pouco, e entre o NADA e o MUITO POUCO lá está este grandioso comunicador do mundo actual, que ninguém conhece, mas que, ao que parece, tem muito sucesso nas redes sociais, principalmente a ser bloqueado pelas mesmas, por dizer tanta estupidez e barbaridade.
Como um maluco a falar sozinho é apenas um maluco a falar sozinho, Sérgio convidou a Parrachita para serem comentados assuntos da actualidade e passou assim a existir uma conversa de malucos.
Deram uma lambidela por todas aquelas que são algumas das mais populares teorias da conspiração. Desde as vacinas do Covid, o próprio Covid, a Nova Ordem Mundial, a criação da guerra na Ucrânia por parte da NATO, a de que é o marido da Maria Vieira que lhe escreve os posts, o Grupo Bilderberg, enfim, tudo e mais alguma coisa.
Mais uma vez dá para perceber que estes conspiracionistas estão de mal com o mundo, e querem à viva força fazer o sangue correr-lhes nas veias, mas tenho más notícias. É que as alforrecas não têm sangue, são apenas uma massa gelatinosa, muito incómoda, e que têm uma curiosidade comum ao Sérgio, à Maria Vieira e a todos os outros como eles, e que é a de que o mesmo orifício que serve de boca também serve de ânus, o que confirma aquilo que tantos dizem, e que é o célebre "quando abrem a boca, ou entra mosca, ou sai..." E vamos então a algumas dessas saídas, para perceberem o calibre de retardados com que lidamos.
Não vou parafrasear "ipsis verbis", mas o contexto é exactamente o que descreverei. Foram ditas coisas como:
"— Adoro o meu Bolsonaro"
"— Castração química não, deviam era cortar logo tudo"
"— Agora até já é possível casar homens com homens"
"— Os epidemiologistas da Covid mereciam morrer"
"— A varíola dos macacos é transmitida pelo rabo"
"— Já só falta legalizar a pedofilia e não estamos longe disso quando permitirem casamentos entre adultos e crianças como nos países muçulmanos"
"— O Milhazes mandou todos para o c@r@1h0 e é um aldrabão porque o Putin é apenas um conservador, nacionalista, contra a eutanásia, e contra a ideologia de género..."
"— Portugal manda dinheiro para a Ucrânia e os nossos pensionistas vivem debaixo da ponte"
"— A verdade acerca da varíola dos macacos é que só existe devido aos homossexuais"
"— Uma vez apanhei uma parada gay na rua e até fiquei doente "
Admitam lá que estão maravilhados com estas pérolas que vos dou.
Isto não é um qualquer bloco humorístico, são mesmo duas pessoas desprezíveis à conversa e que, infelizmente, são uma amostra da população que se vai alargando mais, o que é bastante assustador. É assustador imaginar que temos um partido com assento parlamentar e com reais perspectivas de crescimento para as próximas eleições. Houve uma altura em que todos riram e acharam divertido ver no André Ventura o palhacinho que não era para considerar, mas a percepção que tenho é que existe muita gente inconsequente que votou, e pondera votar nesse palhacinho.
Aquilo que posso desejar é apenas que a outrora acarinhada Maria Vieira, agarre nesta Maria Vieira podre e azeda, e faça mais espectáculos degradantes como aquele em que cantou o "Happy Birthday ao André Ventura. É que não foi só a Marilyn Monroe que andou as voltas na tumba, os estômagos de todos os portugueses também, e pode ser que cause um asco tal, que na hora de votar até se afastem do quadradinho do CHEGA.
Pacotinhos de Noção
Esta informação poderá ser toda recolhida e confirmada na internet, mais especificamente na Wikipédia.
José Milhazes rumou à União Soviética em 1977. A ideia inicial seria a de estudar e voltar ao seu país de origem, mas logo após se formar, em 1983, acabou por casar e ficou pelas terras dos czars. Voltou em definitivo a Portugal em 2015, o que significa que passou 38 anos pelas terras de Tolstoi, autor, aliás que Milhazes traduziu para português, por entre outros tantos, em que também fez o mesmo trabalho.
Ao longo das décadas passadas na Rússia, Milhazes tornou-se jornalista e, consequentemente, colaborador, e correspondente para rádios e jornais como a TSF, o Público, Agência Lusa, RDP e mais tarde a SIC.
Lançou mais de uma dúzia de livros, variados artigos científicos e tem também já uma extensa carreira como historiador.
Ultimamente era visto semanalmente, como comentador, no programa da SIC Notícias, Invasões bárbaras, apresentado por Iryna Shev, e em que partilhava mesa com Olivier Bonamici e Giuliana Miranda.
Como podem agora observar, o título "O trabalho do Milhazes" não tinha o intuito de ser um trocadilho para brincar com a tradução feita pelo jornalista no Jornal da Noite, deixando Clara de Sousa escandalizada, Nuno Rogeiro divertido, e todo um país que reclama para si um intelecto superior, ao afirmar que não vê programas como o Big Brother, por exemplo, por não gostar do que representa e daquilo que por lá se diz, mas que vai aos píncaros da emoção por haver uma constatação do Milhazes ao afirmar que os jovens russos num concerto, em plena Rússia, repetem que "A guerra que vá para o c@r@Ih0", ignorando que José Milhazes o fez para sublinhar a coragem daqueles jovens, perante as forças policiais comandadas por um ditador que, até agora, não tem tido qualquer pudor em bater, invadir, prender, matar.
Esta mensagem de Milhazes foi remetida para segundo plano, e aquilo que gerou memes e transformou o jornalista no novo herói português foi a reprodução de um palavrão no horário nobre na SIC.
Para alguém com uma carreira tão rica e tão extensa como a de José Milhazes, ser reconhecido e vangloriado apenas devido a um palavrão, haverá de ser muitas coisas, sendo que a principal será a frustração.
Força Milhazes, és bem mais que aquilo que agora te querem imputar, e se por acaso continuarem a chatear-te com essa treta, manda, mas é toda a gente para o...
Pacotinhos de Noção
Nalgumas situações as redes sociais acabam por ser como a realidade. Diariamente nos cruzamos com gente que não interessa e temos duas opções, ou engolimos, ou mandamos dar uma volta.
Não vou divulgar o "nome" da pessoa em questão porque receio que exista sempre alguém que a possa importunar, mas sei perfeitamente que ela vai ver este post, e ainda bem.
Esta é uma senhora com quem estou quase sempre em desacordo. Adora o Costa e os Governos PS. Gostos são gostos, e tal como ela, mais de 50% dos votantes tiveram a triste ideia de votar em quem enterra consecutivamente o país. A falta de gosto é ainda mais flagrante quando mostra que é das tais senhoras de meia-idade que continuam seduzidas pelos cabelos grisalhos de Sócrates. A certa altura defendia que o SNS é maravilhoso, mas pouco tempo após o proferir foi operar as cataratas à CUF, em vez de usufruir daquilo que tanto diz apreciar. Para finalizar, e para mim, foi a gota que transbordou o copo, desde que começou a guerra na Ucrânia já demonstrou não ser a favor de algumas sanções, que o Zelensky é o demónio na terra e agora insinua, como as imagens demonstram, que os ucranianos são nazis, conforme o próprio Putin defende.
Se em todos os outros assuntos posso compreender que existam opiniões diferentes da minha, neste caso da guerra não é sequer admissível que se veja o outro lado da mesma moeda. É um assunto em que não se pode ficar em cima do muro.
Quem tiver o mínimo de dúvida em condenar Vladimir Putin, mesmo não o afirmando, como no caso do PCP, aliás, das duas uma, ou é estúpido, ou é idiota, e são pessoas assim que me repugnam e deixam-me aziado, e com os quais não pretendo ter o mínimo de ligação, quer seja no dia a dia, quer seja aqui, neste mundo virtual onde o anonimato até me dá a cobarde coragem de dizer a esta senhora o quanto ela não tem noção de quão pouco humana consegue ser. E é até a amostra de que quem gosta de animais não tem que obrigatoriamente ser boa pessoa. Bem sei que aos 50/60 anos, viver com gatos nem sempre é opção, é apenas a consequência de uma vida de amargura, arrogância e estupidez, mas ainda assim fica sempre bem mostrar que se tem muito amor pelo Nóquidó e pelo Riscas.
Alguns estarão agora a perguntar-se o porquê deste destaque a alguém que é anónimo, que assim se manterá e que provavelmente não merece o tempo que gastam ao ler estas linhas. Os motivos são dois.
O primeiro é porque o Pacotinhos de Noção nasceu por causa destas pessoas. Serve de escape para falar sobre situações e elementos da sociedade, que vivem entre nós, julgam e comportam-se como se fossem a última bolacha do pacote, mas só porque não tem a noção que aquilo que defendem e aquilo que acreditam faça delas, sim senhor, a última bolacha do pacote, mas é um pacote de bolachas de Água e Sal velho e bolorento, com aquela bolacha que todos rejeitaram e está até toda esmigalhada.
O segundo é porque ao observar as fotos desta pessoa, a ideia que dá (e aqui até posso estar enganado) é a de que trabalha num estabelecimento de ensino. Não sei se como auxiliar ou professora, não é importante, mas aquilo que importa é que alguém que não consegue discernir do que é facto e do que é propaganda, do que é uma desculpa esfarrapada para invadir um país e do que é real, e que não consegue compreender que morrem pessoas, incluindo crianças, crianças com quem trabalhará e como tal até deveria haver um laço mais afectivo, no lugar do coração deve ter uma pedra e no lugar do cérebro apenas vácuo e deveria ter sido submetida a importantes testes psicotécnicos para que em vez de trabalhar com miúdos, trabalhasse com... sei la, calhaus.
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Tenho tentado não falar acerca da guerra.
Não por casmurrice ou pudor, não porque a queira esquecer nem fingir que não existe. Evito fazê-lo porque me custa genuinamente escrever sobre algo em que tenho a noção que não consigo fazer passar, por palavras, toda a ansiedade, toda a mágoa toda a impotência que sinto nesta situação. Não sou ninguém, na verdade, e peço desculpa por dizer-vos de forma tão crua, mas também vocês não são.
Podemos reunir bens, medicamentos, tudo e mais alguma coisa para enviar para a Ucrânia, mas o nosso peso na continuação ou não deste conflito, é nula. As decisões que realmente importam estão nas mãos duma pequena franja de gente, e mesmo esses estão dependentes da anuência de um doente, de um ser que julgávamos mais não existir, dum criminoso, dum ser nojento, dum autêntico filho da p*t@. Não é o tipo de linguagem que prefiro utilizar quando escrevo, mas neste caso é mesmo o que mais se adequa.
Diariamente temos acesso a notícias horríveis dos hediondos actos que têm sido perpetrados na Ucrânia. Desde casos de crianças atingidas por bombas, que lhes rebentaram ao lado, mas que ainda assim tiveram a sorte de sobreviver, a outros casos de crianças que não tiveram essa mesma sorte. Famílias inteiras chacinadas e outras que foram violentamente amputadas de um pai, uma mãe ou de um filho.
Vemos imagens do ataque deste fim de semana, em Bucha, onde foram mortos centenas de civis que já não viviam, apenas sobreviviam, mas nem isso os deixaram fazer. Fizeram da cidade um autêntico recreio do demónio, sendo que o pior deles todos mantém-se sentado, na sua cadeira de veludo, no Kremlin.
Qual é a justificação de nojentos como o Putin e o Lavrov, quando vemos imagens de civis mortos na estrada. São civis sem qualquer sombra para dúvidas, pois não envergavam nenhum tipo de camuflado, deslocavam-se em bicicletas, por exemplo, tentavam fazer o seu dia-a-dia comum, por muito pouco normal que isso possa parecer, dado que estavam em cenário de guerra, mas não tiveram outra hipótese. Não quiseram, não conseguiram ou não puderam fugir, apostaram as suas vidas e a aposta foi perdida, sem ninguém ter saído a ganhar.
O Kremlin, pela voz de Lavrov, já veio dizer que o ataque de Bucha, e outros alegados crimes de guerra, são mentira. São encenações. Este tipo deveria ter as entranhas puxadas para fora pela própria boca. Violência gera violência, e o mínimo que desejo agora para Putin, Lavrov, e todos aqueles que rodeiam e apoiam o iniciador desta guerra é que mais tarde ou mais cedo seja feita justiça e que seja, de preferência, popular, para eles poderem temer a ira daqueles a quem mais fizeram sofrer, porque se calha a serem julgados num tribunal de guerra é muito provável que nada de mais lhe aconteça, e sim, para mim se estes tipos apanharem perpétua e morrerem de velhos na prisão, isso será "nada de mais", pois não sofreram o suficiente.
Por incrível que vos possa parecer a verdade é que ainda assim existem pessoas que apoiam o Putin. Vi há uns dias um vídeo com 4 ou 5 velhas russas que, orgulhosamente, se vangloriavam de ser pró-Putin, considerando-se até tropas dele e que o defenderiam até à morte... Pois, que o defendam, e defendam bem, e que a morte chegue-lhes cedo, pois ao defender alguém que comete as atrocidades que ele comete, não são melhores que ele.
Tal como imaginava no princípio este texto não esclarece, este texto não informa, este texto não apazigua. Transparece a revolta que vou sentindo, que vai crescendo e que de nada vale. Não tenho crenças e fé em divindades, se existissem já teriam mandado um raio que rachasse ao meio o trampas do Putin. Durante anos eu afirmava que era no Homem que acreditava.
Um Homem evolutivo, pensador, bondoso, benevolente, um Homem que preza a paz... Mas esse Homem não existe. Poderão existir alguns homens e mulheres assim, e embora sendo eles grandes, GIGANTES até, o que é um facto é que são poucos e todos juntos não conseguem colocar um H maiúsculo na palavra Homem, porque a Humanidade está conspurcada, está violada, oprimida e amordaçada por líderes políticos que de líderes não têm nada e que são fruto duma sociedade cada vez mais mesquinha, violenta, oportunista e sem empatia.
Não desejo uma Guerra Mundial, mas desejo a morte. Desejo a morte daquele que tantas tem causado. Bastava que houvesse a alma caridosa que lhe desse um tiro na testa, e o Mundo ficaria melhor.
Lamento por estas linhas tão lúgubres e funestas, e que nada trazem de positivo, mas servem-me de desabafo.
Tenho mulher, tenho filhos, tenho amor, sou feliz... Tantos que podiam afirmar isto, até há bem pouco tempo, e que agora nada têm. Não quero ser essa pessoa, e o facto de estarmos aqui metidos num dos cantos da Europa pode ser benéfico para nós, mas estando o Mundo a arder, mesmo ficando Portugal salvaguardado, como iríamos viver? Espero não vir a saber.
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