Se Papa "habemos", coisas fazemos
Pacotinhos de Noção
Se para que se façam as coisas, é necessário a visita do Papa, sugiro que o homem cá venha uma vez em cada 15 dias.
Arborizaram o passeio marítimo de Alcântara, onde se faz o NOS Alive, colocaram palmeiras na praia de Stº Amaro de Oeiras, acabaram com a zona de contentores, onde fizeram o altar palco e o jardim que parece um cemitério, e isto tudo em tempo recorde, e com dinheiro que não havia, mas que afinal parece que sempre há. A ideia que dá é que António Costa dá um pontapé numa pedra e aparece-lhe 3 dinheiros.
As más línguas vão dizer que os aumentos sobre o ISP dos combustíveis, feito na Segunda-feira, é uma pequena amostra do que por aí vem, porque não há almoços grátis, mas não estou minimamente preocupado com os almoços, porque sendo o Papa um homem santo, que tem na pobreza a sua doutrina maior, estou em crer que o homem come uma sopinha, com uma côdea de pão, e está o almoço feito.
Tenho um parque infantil ao lado de casa, que foi construído há 6 anos. Não tem uma única sombra, pelo que os miúdos raramente lá brincam nas horas do sol mais forte. Calham a ir andar no escorrega, quando o sol lá bate, e vão andar 3 semanas a passar Biafine no rabo. Aquando da construção, contactei a Junta, com a sugestão de plantarem árvores já crescidas, dando assim sombra fresca e natural. Foi-me dito que era difícil por ser muito caro, e difícil de conseguir. Viesse o Papa, aqui andar no balancé, e punham as árvores com uma pressa do carvalho... Carvalho porque dizem que produz uma sombra bem fresquinha.
Mas nem só em árvores, e plantas, se gastou dinheirinho.
Também as forças de segurança, sempre tão esquecidas pelos vários Governos que vão passando, receberam prendinhas boas, como coletes, barreiras de protecção, algemas com plumas... É mentira. Não havia algemas com plumas, mas quase que podia haver, que entre o Costa e o Magina já só faltam os beijos na boca, para isto aquecer mais e procurarem um quarto. Só assim se explica o facto de a PSP deixar de ter tentado lutar por melhores condições de trabalho, mas isto sou só eu a comentar.
Para acabar queria deixar algumas palavras aos peregrinos que tem visitado este nosso pequeno cantinho, à beira-mar esquecido.
As palavras são:
"Sei que estão muito contentinhos, muito alegres, muito imbuídos do espírito da coisa, mas ser um bom cristão não é só andar a cantar, em plenos pulmões, músicas lindas da igreja. Andar à porrada em bares, nas Vendas Novas, numa igreja, em Lisboa, andarem a forçar os torniquetes da CP e a travar as portas dos comboios, fazendo assim atrasar (ainda mais) quem vai trabalhar, mostra que ser crente em Deus, e querer muito ver o Papa, não faz de vós almas bondosas, faz apenas com que sejam considerados "hooligans de crucifixo".