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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

10
Nov21

Sobre Mário Machado


Pacotinhos de Noção

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1997 — Condenado a uma pena de quatro anos e três meses de prisão por envolvimento na morte de Alcindo Monteiro.

2007 — Condenado a 10 meses de prisão por posse ilegal de arma e posse de arma proibida. (Pena suspensa)

2008 — Condenado a quatro anos e dez meses de prisão por crimes iguais aos de 2007.

2009 — Condenado a sete anos e dois meses de prisão por crimes de sequestro, roubo e coação.

Em 2012 o Tribunal Criminal de Loures junta as penas todas e fixa em 10 anos a pena de Mário Machado.

2016 — Condenado a mais 2 anos e 9 meses de prisão pelo crime de tentativa de extorsão agravada, mesmo estando detido.

2017 — Já liberto volta a ser preso na Suécia por participar em manifestações de extrema-direita. Esteve em liberdade condicional até 21 de Novembro de 2020. Ainda assim participou em confrontos violentos com grupos rivais.

 

Matemática nunca foi o meu forte, mas sendo ele condenado a 10 anos, em 2012, por cúmulo jurídico, o que significa que deveria ficar preso ainda mais anos, não deveria sair só em 2022. Bem sei que poderá ter benesses por bom comportamento, mas se foi condenado por crimes cometidos na cadeia, a teoria do bom comportamento não cai por terra?

A cadeia deveria, mas não serve de reabilitação a ninguém. Este indivíduo ainda aproveitou o tempo "na gaiola" para tirar o curso de Direito. Tem 3 filhos, porque infelizmente ainda é permitido procriar, por mais idiota que se seja.

Tem um canal de YouTube onde, como de um cancro se tratasse, espalha aos 4 ventos o excremento que expele pela boca.

Foi preso, mas sabemos que hoje, amanhã o mais tardar, já estará cá fora.

Crítico os que criticaram o Manuel Luís Goucha por ele entrevistar este biltre no seu programa. Penso que fez bem e que todos os programas deveriam convidar esta besta para que toda a população tirasse bem as medidas a este tipo, para terem a oportunidade de atravessar para o outro lado da rua evitando assim terem o desprazer de se cruzar com ele, pondo até em risco o seu bem-estar, caso se incluam no espectro lato de vítimas que Mário Machado gosta de colecionar.

Somos um jardim à beira-mar plantado, mas todos os jardins têm as suas ervas daninhas. São pessoas destas que fazem do Mundo um lugar bem pior para se viver, sejamos nós potenciais vítimas ou apenas pessoas com massa cinzenta o suficiente para não conseguir perceber como são os ciganos perseguidos nas feiras por venderem contrafacção, indo alguns até passar temporadas à cadeia, e depois termos um elemento destes que já mostrou que viva quantos anos viver a sua índole será sempre a pior possível.

 Já que ele gosta tanto do Salazar e do Estado Novo, era muito bem apostado que para este tipo, o Estado tivesse laivos de ditadura, metia-o numa cela e deitava a chave fora.

03
Out21

Ser ou não ser? Eles não são


Pacotinhos de Noção

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Há algumas personalidades que me irritam particularmente. Duas delas são Joacine Katar Moreira e o suposto humorista, Diogo Faro.

Irritam-me porque são pessoas, uma delas até com um cargo político de relevo, que aproveitam a sua mediatização para lutas propagandeadas como essenciais, mas que depois mostram que usam grandes espingardas que apenas disparam tirinhos de fulminantes.

Os exemplos são imensos, mas aquele de que quero falar é apenas um. O racismo.

Tanto um como outro enchem a boca para afirmar que existe racismo no país, que as pessoas são catalogadas pela cor da pele e que tal não é admissível em pleno século XXI.

Se existe ou não racismo no país, não posso afirmar. Posso afirmar que temos uma grande percentagem da população que é ignorante. Uns são ignorantes e têm falta de educação, proferindo por vezes comentários que poderão ser considerados racistas, derivado a esses dois atributos.

Exemplo disso é, em conversa com alguém que nem conhecem bem, referirem-se a António Costa como o "monhé", ou que foram à loja dos "chinocas", pensando que ao falar desta maneira estão a ser hilariantes. No seu âmago nem se estão a referir com o intuito de ofender porque "em casa, com a família, até falam assim na brincadeira" mas a verdade é que não estão casa, não estão com familiares e até podem mesmo estar a ofender. Mas isto é a ignorância aliada à falta de educação, como disse atrás, e também misturada com algum preconceito, que as pessoas limitadas inevitavelmente têm.

Depois temos os ignorantes do outro lado da barricada. Os activistas de causas emprestadas, que de próprio não têm nem os argumentos. Aqueles que pegam em qualquer situação para fazer um festival contra a opressão do povo branco contra minorias, mesmo quando as minorias não se revêem naquilo que eles estão a defender. Os activistas que querem deitar abaixo monumentos, espartilhar toda uma sociedade, obrigar a uma inclusão que é feita de uma forma que tem tudo menos o ser natural, e apagar o passado enquanto acendem o lume de uma fogueira ateada à base de livros do Tintin, do Astérix e do Lucky Luke.

Estas pessoas irritam-me porque deixam de parte o que verdadeiramente importa, e que é a luta contra os que realmente são perigosos. Os que já cometeram crimes de ódio, tornaram a cometer e têm orgulho em demonstrar que o vão continuar a fazer.

Dia 1 de Outubro faria 54 anos Alcindo Monteiro. Faria mas não fez. Na realidade deixou de fazer anos aos 27, quando foi morto numa visita ao Bairro Alto, a 10 de Junho de 1995. Para nós, o dia de Portugal, para ele o seu último dia, para os assassinos, o dia da raça

Pelo nome quase ninguém sabe de quem estou a falar, mas se eu disser que Alcindo Monteiro é o rapaz preto que foi morto no Bairro Alto, pelo grupo liderado pelo skinhead Mário Machado, os Hammerskins, já grande parte se lembrará.

Vamos lá ver, Alcindo teve na verdade um azar do caraças, e estava mesmo a pedi-las.

Primeiro era preto, logo ai estava mesmo a pedi-las, e depois teve azar porque a grupeta das cabeças rapadas bateu em tanta gente naquele 10 de Junho, sendo que mais ninguém morreu, por isso foi só azar.

Alcindo foi morto porque era preto. Todas as outras pessoas que foram agredidas naquele dia foram-no por serem pretas, e não morreu mais ninguém por mero acaso. Os Hammerskins têm um currículo de agressões qie mais parece uma bíblia, de tantas páginas que tem. Desde agressões com recurso a armas brancas, tacos de basebol, murros, pedradas e pontapés. Está lá tudo.

Houve condenações neste caso. As mais altas de 18 anos, as mais baixas de 2 e meio. Mesmo que tivessem cumprido toda a pena (que não cumpriram) já estavam cá fora, como estão, e estando já voltaram a cometer crimes da mesma tipologia. Se bem que agora a escolha é variada. Agridem pretos, chineses, indianos, ciganos, paquistaneses, homossexuais e até pessoas que se intrometam nas agressões que eles perpetram.

As autoridades têm conhecimento que existe esta organização, o Governo também. Não se escondem e têm páginas nas redes sociais. Aliás, a possibilidade de vir a ser invadido e ofendido por comentários destes acéfalos é grande, porque o esgoto da sociedade parece que tem radares. Quando falam deles acabam sempre por ficar a saber e, por incrível que possa parecer, há sempre alguém que por acaso até está de acordo com algumas ideias que eles apresentam, "mas não concordam com as agressões".

Isto não existe. Concordar com uma vírgula, de algo que organizações como a Hammerskin defenda, é estar a validar tudo aquilo que fazem.

Estes são os verdadeiros crimes de ódio que devem ser julgados e cujas penas deveriam ser exemplares. 18 anos para quem tira a vida a outro, sem nenhum tipo de justificação!? Isto foi matar pelo simples prazer de o fazer, e como tal deveria haver excepções à lei e aplicar prisão perpétua, sem hipóteses de recurso. Não me venham com a desculpa de que errar é humano. Estes tipos não são humanos. São monstros que andam entre nós. Camuflam-se por entre claques de futebol, pois é outra forma de validar pancadaria, e quando não há futebol vão à procura das suas vítimas que hoje há-de ter sido alguém, mas amanhã podes ser tu ou um outro alguém, mas que seja da tua família.

É por isto que os tais activistas da esquerda caviar me dão nervos. Apelidam tudo de racismo ou crimes de ódio, e quando há estes que são MESMO crimes raciais e de ódio, a sociedade acaba por não estigmatizar os criminosos, com tanta força como deveria fazer.

De que me interessa ter vergonha no passado. Não posso ter vergonha de algo que não fiz. É passado e lá ficará. Aquilo que tenho é vergonha do presente e temor pelo futuro, porque se de um lado temos os extremismos bacocos de políticos e figuras públicas como a Joacine Katar Moreia e Diogo Faro, do outro temos verdadeiros extremistas que já provaram que para eles matar é mais simples do que conjugar o verbo "Ser". Até porque Ser, eles não são nada.

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