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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

15
Nov23

Quem vai casar com a Carochinha?


Pacotinhos de Noção

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A Carochinha vai para o seu quarto casamento. Não é viúva. Todos os seus "ex-" estão muito bem vivos.

Casou apaixonada, por um homem estudado e garboso. Parecia até artista de cinema e a Carochinha andava toda vaidosa. Os primeiros anos foram maravilhosos, mas depois veio a desgraça.

Aquele, que outrora fora o seu príncipe a cavalo, agora mais não era que o cavalo. Dava-lhe coices a torto e a direito, e tratava-a muito mal. Mas ela nada fazia porque achava que era amor. Levava porrada todos os dias, mas ele dizia-lhe que era assim, e que as coisas haviam de melhorar. Até que um dia chegou a polícia e trancou o bandalho do marido.

A magoada senhora não ficou sozinha muito tempo. Juntou-se a outro tipo que prometeu que trataria dela. E de facto tratou.

Curou-lhe as feridas, arrumou-lhe a casa e até a tratava bem. 

Não era romântico como o primeiro marido. Era mais para o pragmático, e não era um tipo expansivo.

Carochinha não recebia um único elogio por este marido. Dava-lhe segurança, ainda que com limitações, mas era segurança, só que as saudades do primeiro eram mais que muitas. Era um malandrão, mas era tão lindinho.

Passado pouco tempo, um dos grandes amigos do primeiro marido, começou a rondar a Carochinha. 

Não tão bonito como o seu "ex-", mas prometia mundos e fundos. Dizia tudo aquilo que ela queria ouvir e ainda por cima era bonacheirão. Foi deixando de lado o segundo marido, mas não o mandou embora de fora abrupta... Deixou que fosse este novo pretendente a fazê-lo. Juntou-se a um bando que tinha, e deu um pontapé no traseiro do segundo marido da Carochinha.

Tudo se transformou num mar de rosas.

Carochinha passou a ser tratada como uma rainha e tinha tudo o que queria, ou pelo menos se não tinha, o novo marido prometia-lhe que teria.

Passou algum tempo e a história repetiu-se. A Carochinha voltou a levar no focinho como gente grande, mas foi sempre relevando. Afinal de contas ele até é um bom marido, só lhe bate quando é preciso, quando toma um copito, ou quando quer mostrar aos amigos, que tem na Europa, que na casa dele, quem manda o macho, ou os amigos, caso queiram.

A mulher levava, e levava, e levava, mas sempre que alguém lhe perguntava ela dizia que o marido era bom. Chegaram a dizer-lhe para ter cuidado, que o marido tinha um amigo que fuma daqueles cigarros que fazem rir, mas nunca ri. Só isso já mostra como pode ser perigosa essa pessoa.

Ela não quis saber, e sempre defendeu o marido, e acobertou as trafulhices que ele fazia. Escusado será dizer que deu asneira.

Descobriu-se que o marido fazia parte de um gangue de malfeitores, e o tipo, antes dos calos apertarem, pôs-se ao fresco. Não sem antes dar mais uma saraivada de porrada à mulher, com a célebre frase "isto dói-me mais a mim do que a ti, mas é preciso".

Carochinha ficou desfeita. É uma inapta que não sabe estar sozinha e anda sempre à procura do próximo marido que a trate mal.

As ofertas agora estão mais limitadas, e alguns dos homens são do tipo que não toma banho, mas como são popularuchos, e também dizem aquilo que a mulher quer ouvir, têm subido na sua consideração. 

É então que de repente se faz luz e

Carochinha vê uma cópia do primeiro marido. Também este é um anjo grisalho, e dizem que tem um feitio difícil. A ela não lhe interessa, pois faz um vistaço e tem potencial para também lhe dizer tudo aquilo que ela quer ouvir. Se depois vai fazer ou não, é-lhe um bocadinho indiferente, desde que lhe dê umas valentes lambadas nas ventas, conforme fazia o seu primeiro homem.

Com esta história toda a conclusão a que chegamos é de que afinal a Carochinha apanhava, e apanha, mas pelos vistos até gosta, porque acaba sempre por ir parar aos braços daquele que pior a tratar. Não consigo perceber se é masoquismo, ou se é estupidez, aquilo que consigo perceber é que a Carochinha não quer ser ajudada. Está emancipada, vai em Abril fazer 50 anos, mas a verdade é que nunca chegou a ser dona de si própria, porque em 50 anos, 25 foram com homens a maltrataram. É uma burra do caraças e esta história da Carochinha já enerva, de tão repetitiva.

24
Out23

O país que me faz órfão


Pacotinhos de Noção

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Parece-me que começa a chegar a altura em que tenho que tomar uma atitude.

Portugal não vai no bom caminho. Quer em termos económicos, mas também sociais.

Não sou um tipo velho, mas lembro-me das crises mais recentes. A vinda da troika, de outra altura em que diziam que o país estava de tanga, e de uns anos 80, antes da entrada na CEE, em que não havia grandes luxos e em que a inflação estava altíssima. As duas grandes diferenças dessas crises, para esta que agora vivemos, é que a esta ainda ninguém se lembrou de chamar de "crise", e nesta, enquanto há urgências a fechar, não há médicos para trabalhar, professores a reivindicar e pessoal a morar em tendas, temos um Governo, que com o maior descaramento, faz propaganda política, enganando os otários que se querem deixar enganar, afirmando que vão baixar o IRS, e atribuir apoios que irão melhorar a vida do comum português. No entanto, também vão aumentar uma série de impostos indirectos, que engolirão qualquer baixa de IRS, ou outra esmola que seja atribuída. No meio disto ainda se orgulham de afirmar que irá haver excedente orçamental.

Factos concretos:

Tenho um negócio próprio desde 2012.

Sempre foi próspero, e mesmo hoje trabalho não me falta. Aquilo que falta é dinheiro. Não posso aumentar preços ao valor da inflação, os clientes não suportariam, mas a mim, e a toda a gente, aliás, tudo é cobrado ao valor da inflação, e até acima, porque há sempre quem se queira aproveitar.

Luz, água, higiene e segurança no trabalho, material, seguros, tudo sofreu um aumento terrível, menos os meus ganhos, que pelo contrário, têm diminuído.

Depois um tipo houve que o IUC vai aumentar, os sacos de plástico da fruta vão passar a ser a 0,04 €, que determinados produtos vão sofrer alterações nos valores para nosso bem, pela nossa saúde, ou pelo ambiente, e um tipo sente que está a ser roubado por um carteirista que faz questão de nos mostrar que nos está a enfiar a mão no bolso, e que na sua procura pela carteira, ainda faz também questão de nos apertar, fortemente, um testículo.

Poderia pensar que estou num belo país, com gente afável e simpática, e bela comida, mas a comida também está a encarecer. Se a gasolina está cara, o azeite está pela hora da morte, e entre uma e outra coisa, convenhamos que um bacalhau temperado com Sem Chumbo 95, não é o prato mais apetecível. 

Relativamente à gente "afável e simpática", esqueçam. Cada vez vejo mais gente estúpida, idiota, mal-encarada, agressiva e digna de pouquíssima confiança.

Resumindo, quem gere o meu país está a fazê-lo de forma miserável, quem vive no meu país parece estar acostumado a apenas sobreviver, e sente-se bem com isso. Pois eu não sinto, e digo desde já que não sou minimamente nacionalista. Não é um hino, uma bandeira, uma língua que me prende a Portugal. É o sangue, é apenas o sangue que o faz, mas há uma altura, que mesmo o sangue sendo forte, há que pensar no sangue que descende do nosso.

O sangue que me prende a esta malfadada terra é o sangue da minha mãe e dos meus irmãos, mas o sangue que me faz querer mudar, para melhor, é o dos meus filhos e da minha mulher, e eles ainda têm uma vida pela frente, que quero que seja a melhor possível, e para tal têm que estar num sítio que os respeite, que lhe dê a oportunidade certa para poderem evoluir.

Não é num país como este, em que um licenciado, um mestrado, um doutorado, ganha pouco mais que o ordenado mínimo, ou mesmo que ganhem quase o dobro, ainda assim não conseguem alugar a porra de uma casa para morar.

Penso seriamente em ir embora. Tenho o destino, tenho a oportunidade, tenho a facilidade de ter quem lá me guie para dar os passos certos, e acima de tudo tenho um sítio que respeita os cidadãos que lá moram, sejam nacionais ou não.

Se for, irei com sofrimento e tristeza. Tenho aqui a minha história, as minhas recordações, as minhas alegrias e tristezas.

Sou órfão de pai, desde 2013. Foi algo que me fez sofrer, e embora me tenha habituado a viver com isso, a verdade é que quase todos os dias lembro-me dele. Mas e como suportarei ser órfão de mãe viva?

Sou filho da mamã... Fiquei ainda mais depois da morte do meu pai. Todos os dias falo, ou estou com a minha mãe, e com os meus irmãos, assim como os meus filhos, que diariamente estão com a avó e com os tios, e é isso que sei que me vai custar mais. 

A língua, a cultura, o clima, são coisas que serão difíceis, mas não me assustam particularmente. O que me assusta é a consciência de que indo para fora, e não sendo a minha mãe uma velhota com os pés para a cova, mas não sendo já uma pessoa jovem, as vezes que poderei voltar a estar com ela, e os meus filhos com a avó, poderão não chegar aos dedos das duas mãos, e isso deixa-me transtornado, triste, amargurado.

Todo o filho tem que abandonar o ninho, e eu abandonei o meu já há algum tempo, mas não deveria ser preciso ter que mudar de floresta, e é isso que vai acabar por acontecer.

Esta consciência, infelizmente, não é só minha. O meu filho de 6 anos, sabendo da mais que provável hipótese de nos irmos embora, chorou. Chorou e disse que tem medo de ir embora e não chegar a ver mais a avó. Obviamente que afirmámos que todos os anos cá voltaremos, mas será que é verdade? A vontade é essa, mas conseguirei corresponder à minha vontade?

Não sei. Sei, isso, sim, que os políticos nojentos deste país me estão a obrigar a ser órfão de mãe, e os meus filhos órfãos de avó, muito antes daquilo que deveriam ser.

 Agradeço que não me venham com a história de que é possível fazer vídeochamadas, porque um beijo, uma gargalhada, ou um simples queixume de uma determinada dor, que a minha mãe possa sentir, não tem a mesma força quando é feita por videochamada.

Sou fatalista? Talvez sim, talvez não, mas uma coisa garanto-vos. Por muito fatalista que seja, podem ter a certeza do seguinte, ainda ninguém conseguiu prever, nem mesmo um fatalista como eu, o nível de m€rda a que este jardim, à beira-mar plantado vai chegar. Vai ficar um jardim ainda mais bonito, de tão estrumado que vai ser, mas não haverá ninguém a cá viver, porque aquilo que nos permitem, não é vida.

19
Out23

Feios, Porcos e Maus


Pacotinhos de Noção

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Nos últimos 2 meses andei mais vezes de autocarro do que tinha andado em toda a minha vida.

Usar este transporte fez-me ficar com uma percepção da sociedade ainda mais desanimadora do que a que tinha anteriormente.

A falta de educação, e de noção das pessoas, atinge hoje níveis que julguei não ser possível. Testemunhei conversas de "senhoras" que fariam corar até o Fernando Rocha, mesmo após contar a sua anedota mais porca de sempre. Um tipo linguagem que nos faz imaginar que aquela pessoa terá uma família, talvez filhos, ou até netos, e se depois de tanta vida passada, não tem a capacidade de conceber que existem maneiras de falar em público, que se devem evitar, então não quero imaginar de que forma se comportarão as gerações da família, posteriores à dela.

Assisti a agressões físicas, a tentativas de agressões, a agressões verbais, a ameaças de agressão da parte de outros automobilistas, a acidentes causados, apenas e só, devido à estupidez com que actualmente se conduz.

Assisti a passageiros que não respeitam o motorista, e o seu trabalho, fazendo sinal, na paragem, para que o autocarro parasse, apenas para depois perguntar a que horas passa determinada carreira, que não aquela.

Testemunhei que, mesmo sendo 7:30 da manhã, existe pessoal que opta por utilizar o perfume "Eau de Sovac", empestando a brisa matutina, que se respirava dentro do veículo.

As pessoas estão porcas, diria até que estão javardas, e assim dá para compreender o porquê da pandemia se ter espalhado tão rapidamente, como aconteceu.

Referi-me a situações a que assisti nas minhas viagens de autocarro, mas o quotidiano está pejado de exemplos que mostram a podridão a que a sociedade está a chegar, e, quanto a mim, não mais de lá sairá. E não vai sair porque se sente confortável, é-lhe muito mais prático, e natural, ter comportamentos de idiota, do que saber controlar-se minimamente, nem que seja apenas para fingir que se é um ser até capacitado para comer de talheres... Esperem lá, mas que parvoíce a minha. "Um ser capacitado para comer de talheres". De repente passei a ser um tipo positivo, e nem reparei.

Como posso eu afirmar que são capacitados para comer de talheres quando, sem grandes esforços - pois basta visitar a área de restauração de qualquer centro comercial - para assistirmos à bizarrice que é ver algumas pessoas a comerem, até mesmo com as mãos. Se assim é, imaginem então o que seria se tivessem de utilizar artefactos tão esquisitos como um garfo, uma faca e uma colher.

Peço a quem me lê que seja sincero, e que diga se vê o mesmo que eu, ou é apenas implicância da minha parte. Vejo gente a enfiar comida na boca, que mais parece que estão naquele passatempo em que se tem que enfiar dezenas de pessoas num Mini. Outras que abrem a boca de tal forma que fazem lembrar uma anaconda, com a sua capacidade de desencaixar os maxilares, para assim engolir uma presa maior, e ainda há aqueles que se sentem tão à vontade no sítio em que estão, que se descalçam enquanto comem, e ainda dão o maravilhoso arroto no fim. Aproveitam e escarafuncham, também, ali a dentição toda, com o palito, na esperança de recuperar aquele pedaço de bife que ficou entre o molar e o canino.

Cuspir para o chão, e dar o mesmo destino a beatas e pastilhas, já era um acto asqueroso, mas o português consegue sempre superar-se, e agora gosta também de cortar as unhas em público. Falo no português porque é a realidade que tenho, e aquela a que assisto. Aqui o transporte era outro que não o autocarro, que trepida muito, o que prejudica a empreitada do corte da queratina. Lá estava o senhor, com o seu porta-chaves, que era um corta-unhas, e que lhe serviu, maravilhosamente, o propósito. Pois se tinha uma viagem para fazer, pois se tinha a unhaca comprida e um alicate ali mesmo à mão, não haveria de aproveitar? Pois está claro que devia. As unhas cortadas, essas, no chão é que estão bem, e alguém há-de limpar.

Sai na minha estação, com as unhas por cortar, mas ainda assim satisfeito por aquele asseado senhor, não se ter lembrado de que também tinha por fazer a sua depilação íntima. Das duas, uma. Ou não se lembrou, ou não tinha o porta-chaves apropriado para essa tarefa.

05
Jun23

Lugar dos Eficientes


Pacotinhos de Noção

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Sou um tipo, que na hora de estacionar, é dos mais cumpridores que pode existir. Estacionei uma vez em cima do passeio, fui multado → aprendi. Estacionei uma vez num lugar de estacionamento reservado só a utentes de uma farmácia, fui multado → aprendi. Com se pode ver, para aprender a respeitar os estacionamentos, não foi preciso muito, ainda assim não posso dizer que considere justo aquilo que se tem passado.

Lugares de deficientes perto de entradas de serviços, da entrada dos centros comerciais, em lugares que são, de certa forma, privilegiados, faz todo o sentido.

Lugares mais amplos para carros de famílias, em que têm miúdos, miúdos que não têm cuidado na abertura das portas, lugares que facilitam a quem tira e põe bebés na cadeirinha, que tiram e arrumam carrinhos de bebé... Esta é outra situação, com lógica.

O que me parece que já não tem tanta lógica, e tenho constatado que é algo comum em quase todos os centros comerciais, em hipermercados, em estacionamentos pagos, é a escolha para o lugar de estacionamento de carros eléctricos.

Que pacto com o demónio fizeram os donos destes carros, para conseguirem que ficasse definido que eles passariam a ter os melhores lugares de estacionamento? 

Não consigo perceber qual é o critério, e posso até estar a cair num enorme pré-conceito, mas pessoal que compra carros eléctricos, normalmente, é gente saudável, que vai imenso a ginásios, come saudável... Sendo assim têm mais é que deixar os carros longe dos locais de acesso, para poderem fazer os seus exercícios de caminhada.

Mas como disse atrás, isto não acontece só nesses parques, é algo que é comum a todos. A justificação de que é devido aos pontos de acesso não colhe, porque os pontos de acesso de electricidade foram colocados à “posteriori”, pelo que poderiam ter sido colocados noutro local qualquer.

Estamos numa época de aceitação, de inclusão, e com esta situação sinto-me excluído, e prejudicado duplamente. Primeiro porque não tenho um carro eléctrico, depois porque não tenho um lugar de estacionamento tão bom quanto os dos carros eléctricos... Tenho um lugar escuro e bafiento, lá no Cu de Judas dos parques de estacionamento.

21
Mai23

Esta semana, nada de novo


Pacotinhos de Noção

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E de facto assim é. Esta semana, que agora termina, não trouxe nada de novo, mesmo tendo ido João Galamba, e a sua chefe de gabinete, à CPI da TAP. 

O mais triste disto tudo é que não se pode considerar que tenha acontecido nada de novo, não por marasmo, ou falta de assunto, mas porque o que aconteceu foi mais do mesmo, que já não nos admira em nada. Mentiras, conluios, combinações que de tão mal engendradas, nos parecem serem apenas parte de uma muito fraca, e mal ensaiada, peça de teatro. Os actores são maus, o texto é péssimo, mas já pagámos o bilhete e agora, se quisermos sair da sala, teremos que pagar mais ainda.

Não sou ninguém famoso nem um órgão de comunicação social, por isso não tenho que utilizar nenhum “alegadamente”, e mesmo não sendo mentalista fiquei com uma enorme percentagem de certeza de que esta história do computador vai fazer levantar um “tsunami” de porcaria.  Galamba, e todos os que o rodeiam, formam uma 2 verdadeira máfia, que controla o país, e usa-o como se fosse o seu baú dos brinquedos.

Não faz sentido que se tenha levado esta situação a este ponto tão extremado, se a única coisa que estivesse no aparelho fossem apenas umas notas acerca de algumas reuniões, ou até mesmo o plano de reestruturação da TAP.

Frederico Pinheiro pode dar-se por satisfeito pelo português daqui não ser o português com sotaque que António Costa tanto gostaria que falássemos, pois se assim fosse, Frederico poderia estar certo de que teria os dias contados. É que lá, tipos que tentam ser correctos, e contar a verdade, se a verdade não for a que os políticos querem, quase de certeza que será vítima de um assalto que termina em morte, ou os travões do carro vão deixar de funcionar. Mas como Frederico Pinheiro se desloca de bicicleta, podia ser que até tivesse sorte.

Por falar em António Costa…

Só não digo que o Primeiro-ministro tem estado caladinho que nem um rato porque, na verdade, há-de até é de estar rouco, por ter cantado em plenos pulmões a “Paradise”, dos Coldplay, ficando mesmo de lágrimas nos olhos, segundo consta. Costa associou a música a este nosso país, que não é paradise por estarmos próximos da divindade, mas sim porque está cheio de almas penadas. As que penam nas filas dos serviços, as que penam horas nas urgências dos hospitais, as que penam por não terem dinheiro suficiente para pagar todas as contas, e as que penam para apanhar um avião da TAP, seja para onde for, mas sabendo sempre à partida, que o voo atrasará.

 

TAP → Voo → Voo → Avião → Avião → Aeroporto → Aeroporto → SEF

Esta semana ficámos a saber também que a esposa do senhor ucraniano, morto pelo SEF no aeroporto de Lisboa, pediu nova indemnização ao Estado português.

Podemos dizer que a sorte grande desta pessoa foi a morte do marido.

De uma vez já recebeu mais de 800 mil euros, e agora, segundo foi noticiado, pede nova maquia, num valor que rondará os 700 mil euros. Não sabia tão caro o valor do assassinato ucraniano. Putin já deve ter partido o seu porquinho mealheiro.

Sugiro ao SEF, que caso tenha mesmo muita necessidade de matar alguém, que opte pela vítima nacional, que está ao preço da uva-mijona. Não me recordo de uma morte de um português, seja por que motivo for, ter sido tão rentável quanto está a ser a deste cidadão ucraniano. Sexta-feira, por exemplo, morreu um bebé, no hospital de Portimão, porque aguardava já há 6 horas, por transferência para um hospital de Lisboa.

E, porque teria ele que vir para Lisboa, perguntarão vocês.

Será porque os equipamentos daqui o ajudariam a recuperar mais depressa, ou seria porque a equipa de Lisboa tinha histórico positivo na resolução de assuntos como o dele? Nem uma coisa, nem outra. Ia ser transferido porque no Hospital de Portimão não havia pediatra. No Hospital de Faro, bem mais perto, também não havia pediatra, e a transferência demorou porque a ambulância do INEM, que o iria trazer, também não tinha médico pediatra.

Este bebé tinha 11 meses. Sofreu uma morte, talvez dolorosa, não sei, mas acredito que um derrame cardíaco não seja indolor, por um motivo quase anedótico, que é o de não haver médicos pediatras nos hospitais do Algarve.

Ah, em relação ao PSD há novidades...

Estava a brincar, nada mudou. Olhando para a cara de desconforto que Luís Montenegro evidencia, eu estou em crer que nem as cuecas ele muda, quanto mais a atitude.

É como disse logo no início deste texto. Mais do mesmo, infelizmente, e o que é muito mais infeliz é existirem ainda pessoas que defendem Costa e o seu Governo. Parecem o Ventura, que a determinada altura da sua vida, infligia dor a si, recorrendo a cilícios, como forma de se punir.

Palavras dele, ALEGADAMENTE.

04
Mai23

E eis como se borra a pintura


Pacotinhos de Noção

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Nos últimos tempos a Iniciativa Liberal tornou-se mais visível por bons motivos.

Na comissão de inquérito da TAP Bernardo Blanco tem sido quem mais se tem destacado, quer pelas perguntas cirurgicamente colocadas, quer pela demonstração de que o trabalho de casa tem sido bastante bem-feito.

Esta visibilidade só lhes poderia granjear pontos positivos, mas quando cogitamos ser popularuchos para agradar a uma faixa etária, que tem demonstrado ter uma margem bastante alargada de indivíduos idiotas, a hipótese de se borrar a pintura toda é enorme, e foi o que aconteceu.

Que outra razão poderá existir, que não a de tentar captar a atenção de uma faixa etária mais nova que, infelizmente, tem o discernimento político de uma rolha de cortiça, para convidar aqueles tipos para o Parlamento.

Pior, foram recebidos pelo Bernardo Blanco e pelo Cotrim de Figueiredo, duas das principais caras do partido que em vez se resguardarem se colocaram nas mãos de dois imberbes cujo uso de talheres é, para eles, já considerado um enorme avanço civilizacional.

Nisto tudo o que também me irrita são as desculpas esfarrapadas que, de alguma forma, tentam colar ao incapaz do Tiago Paiva.

A principal é a de que é um jovem e que, como jovem, é natural mandar um Primeiro-ministro para o c@r@lh0, em plena Assembleia da República. Vazia, é certo, mas é um lugar que merece algum respeito, e até mesmo o Primeiro-ministro, por mais que eu não goste dele, não pode ser ofendido desta maneira… Aliás, ninguém pode. Mandar alguém para o c@r@lh0 diz muito mais de quem emite o impropério do que quem o recebe. Diz de si e dos seus paizinhos, que não lhe souberam dar educação. Mas curioso, também caí na esparrela de tentar justificar este idiota por ser um jovem, ao referir-me aos progenitores do mesmo. 

Tiago Paiva tem, nada mais nada menos do que 34 anos, meus caros. Trinta e quatro anos é puto? É criança? É jovem? Ainda mama nos peitos da sua mãe? Andará ao colo do seu pai? Tenham juízo, por favor. Este tipo na Idade Média só não estaria em fim de vida porque com tanta anormalidade que diz, já alguém lhe teria limpado o sarampo.

Com 34 anos eu já estava casado há 10, a minha mãe já tinha 4 filhos e D.Afonso Henriques fundava o Reino de Portugal (tudo feitos muito semelhantes).

Ao continuar a infantilizar estes tipos, e justificando toda e qualquer idiotice que façam ou digam, perpetuaremos a estupidificação desta sociedade que, de tão amorfa mental que fica, depois contém partidos que julgam boa ideia manchar a reputação que construíam, apenas por mais uns quantos seguidores nas redes sociais.

A este acto podemos dar a importância que lhe quisermos dar. Colocando no prato da balança este estúpido convite e a prestação da IL na comissão da TAP, eu tenho discernimento para perceber que pesa muito mais a comissão de inquérito, mas isto sou eu que sou um tipo esclarecido, com uma inteligência acima da média, bonito e cheiroso, mas e a quantidade de burros que para aí andam? Conseguiram fazer essa distinção? Se calhar não. É por isso que o melhor é evitar este tipo de situações.

08
Abr23

Está tudo controlado!


Pacotinhos de Noção

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Há quem tente diminuir aquilo que se passa com a TAP.

Se porventura nem souberem do que falo, então lamento. Lamento porque, em parte, o estado em que este país se encontra, é também a vocês que se deve, que preferem as polémicas das revistas cor de rosa, dos reality shows, e que hoje estão deprimidos porque o Benfica perdeu. Todos esses são temas de uma importância tão relativa, que nem sequer deviam ser mencionados. Coisas como a vergonha do que se passa com a TAP, interfere directamente convosco. Foram injectados 3 mil milhões de euros, numa empresa onde a grande generalidade dos portugueses nem põe os pés, porque a condição económica que lhes assiste, apenas lhes permite voar em companhias de baixo custo.

O dinheiro colocado na empresa, por si só, é já um escândalo de proporções enormes, mas o que se vai descobrindo aos poucos, dá-nos a clara sensação de que se levantarmos o véu, vamos ter uma ainda maior desagradável surpresa.

Aquilo com que nos deparamos é que este governo é um polvo de enormes tentáculos, é uma teia que tudo engloba e tudo controla. Os ministros, secretários de Estado, assistentes de ministros, todos eles participam num conluio de tal forma engendrado que há depois

indemnizações, pré-reformas, transferências entre empregos, que são tudo menos claras e que soam só a troca de favores, e pancadinhas nas costas.

Que não se iluda, ou se tente enganar a si mesmo, aquele que dá como desculpa que "comem todos do mesmo tacho", ou que são tudo cabalas engendradas para denegrir a imagem de governantes, e por consequência, do PS. Peço que façam um pequeno exercício de memória e que se recordem que esses eram também os principais argumentos utilizados por José Sócrates. Sim, esse mesmo Sócrates que depois se descobriu que com Manuel Pinho, Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro, Carlos Santos Silva, tinham montado uma rede de influências com uma tal grandeza que parecia que nada nem ninguém estava livre de sair prejudicado, dos desfalques destes senhores. O José Sócrates que tinha num dos seus pupilos o agora mentor desta nova corja, que tem no seu ninho a sede do PS, no Largo do Rato.

Curiosamente António Costa tem-se conseguido manter, mais ou menos, na sombra de estas polémicas.

Admito que não consigo perceber como, uma vez que é sabido que dentro do partido o homem é o suprassumo e nada ali se passa sem o seu aval e consentimento, mas o vosso Primeiro-ministro sempre foi um homem que teve uma óptima relação com os meios de comunicação, conseguindo assim sempre passar por entre os pingos da chuva. E em política, como todos nós sabemos, ter os órgãos de comunicação do nosso lado, é meio caminho andado para o sucesso. Reparem que nem sequer sugiro que António Costa é privilegiado por ter como o seu irmão o director geral de informação da SIC, Ricardo Costa, que, quanto a mim, sempre se mostrou sério e isento, colocando até o seu cargo à disposição, quando António Costa ocupou o lugar que ainda hoje detém.

Mas o secretário-geral do PS nem precisa de tentar jogar essa cartada do irmão, porque com tantos anos de poder, o Partido Socialista já criou uma rede tão extensa de influências que se o Costa político quiser, consegue pôr o Costa jornalista na rua, apenas com um estalar de dedos.

João Galamba, Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, são seguidores daquilo que Costa ensina, e que tem já longa escola de doutrina, iniciada em tempos por José Sócrates. Por um lado é até compreensível que assim seja, afinal das contas foi António Costa que os ensinou a movimentarem-se bem neste lodo pestilento e malcheiroso que é a política portuguesa. Aquilo que me custa um bocadinho mais a perceber, é como o Sr.Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sendo tão popular entre os portugueses, tendo uma taxa de aceitação tão alta como aquela que já teve, se deixou também envolver neste vórtex de tramas, esquemas, combinações, que em nada dignificam a nossa república, e a própria democracia. Custa ainda mais a perceber, quando sabemos de antemão, que as cores partidárias de Marcelo são opostas à força do Governo, o que nos levará a pensar então que realmente, os tentáculos de Costa, e do PS, são muito mais fortes e abrangentes do que aquilo que nos é possível imaginar, tendo até arranjado forma de ter o presidente refém das suas vontades.

Tal como tinha dito, não expliquei nada do que se passou na comissão de inquérito da TAP. Se não sabem, é porque, certamente, têm ignorado as notícias que diariamente nos têm chegado e, meus amigos, posso apenas dizer o seguinte, se o povo teima em ser ignorante, o governante obviamente que não vai perder tempo instruindo-o, quando pode perfeitamente aproveitar esse tempo para o roubar. 

07
Dez22

A dureza da ingratidão


Pacotinhos de Noção

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Começo por dizer que nunca fui dos deslumbrados por Ronaldo, mas a partir de determinada altura passei a admirá-lo. Sempre o preferi ao Messi. Não por ser português, mas por ter a coragem de demonstrar o seu valor em vários clubes, por conseguir deixar a sua marca em todos, por ser um exemplo de trabalho, de evolução e de conceito família. Tinha tudo para se deixar deslumbrar, encostar-se aos títulos e ao dinheiro ganho e aguardar pelo seu fim de carreira, sem se ter que incomodar, afinal de contas já tinha os bolsos cheios. Em vez disso, Ronaldo quis sempre melhorar, quis sempre crescer, bater recordes. Passou a ser um vício, uma necessidade de afirmação, e podemos criticar por isso? Numa sociedade, longe de perfeccionista, que desempenha as suas funções de maneira sofrível, não seria de admirar quem trabalha para ser o melhor?

A grandiosidade deu-lhe alguma falta de modéstia e até alguma gabarolice? Pois com certeza que deu, e se esse é o seu maior mal, então está de bom tamanho.

Cristiano Ronaldo não é o D.Sebastião desaparecido, não é o salvador da pátria, e importa-me muito pouco se nos quatro cantos do mundo sabem o que é Portugal apenas por causa dele. Aquilo que me importa é que Ronaldo já foi O MAIOR, O MELHOR, o arquétipo do perfeito jogador de futebol, e nós pudemos ser testemunhas desse feito. Tivemos outros bons jogadores na selecção, mas poucos com a entrega dele. Todos têm presente a imagem de Eusébio a chorar, em 1966, depois da selecção perder contra a selecção inglesa. É uma imagem que demonstra a entrega de um jogador à selecção. Temos disso em Cristiano Ronaldo, mas não tínhamos, por exemplo, noutro grande jogador português, que chegou a afirmar que se vinha à selecção para perder prestígio, então preferia não vir. Quer proferiu estas palavras foi Luís Figo.

Não era, enquanto CR7 estava no auge, que o mesmo precisava de respeito, de apoio, de amizade por parte dos adeptos. É agora, numa altura em que todos lhe viram as costas, em que ele ainda joga ao mais alto nível, mas em que a populaça, e os comentadores, não hesitam em tentar rebaixar e menosprezar.

Ainda presentemente Paulo Futre, que já não joga há uns anos valentes, é amado, acarinhado e respeitado pelos adeptos do Atlético de Madrid, Ronaldo, ainda no activo, perdeu a imprensa, os comentadores, os treinadores e alguns adeptos.

Relembro que Ronaldo não criou o futebol em Portugal, mas faz parte de um época em que, talvez, o mesmo tenha tido o seu ponto mais alto. Foi campeão europeu... Para mim, sinceramente, isso diz-me muito pouco. Não ligo assim tanto ao futebol que julgue que ser campeão europeu seja algo com tanta importância, mas é verdade que antes de Ronaldo estávamos habituados a um futebol português comparável ao tremoço, e agora temos um futebol comparável ao caviar.

Estão a ser injustos e mal-agradecidos para alguém que acima de tudo sempre trabalhou imenso.

Espero que no resto do Mundial Ronaldo ainda possa dar duas ou três chapadas de luva branca àqueles que sempre precisaram dele para fazer notícias e vender jornais, e que agora dizem cobras e lagartos.

No fim de carreira as pessoas devem ser acarinhadas, não espezinhadas. A imagem que ilustra este texto é demonstrativa de alguém que no fim, depois de tanta ribalta, vai dar graças a Deus por ter investido numa família que ama. São eles que lhe irão dar o colo que irá necessitar.

Temo que para muita gente, Cristiano Ronaldo só será novamente elevado a grandioso no dia em que morrer, e em que relembrarem o artista que foi com os pés.

25
Abr22

O sincero significado do 25 de Abril


Pacotinhos de Noção

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Hoje vão multiplicar-se os textos alusivos, e até comemorativos, do 25 de Abril. Estas minhas palavras, acredito, serão um pouco contracorrente, não como intuito de ser diferente, nem tentando menosprezar o feito conseguido em 1974, nada disso.

Sou nascido na década de 80, quase 10 anos passados da revolução, e quando me comecei a entender como gente, e a ter os chamados "2 dedos de testa", a esses 10 anos já se haviam juntado mais uns poucos, o que significa que liberdade foi apenas o que conheci. Não vou entrar no campo de que aquilo em que vivemos hoje não é bem uma liberdade. Isso é outro tema que não quero agora abordar.

Dado que vivi sempre  em liberdade, o que significa GENUINAMENTE, para mim, o 25 de Abril?

Sem rodeios, sem "rodriguinhos" e sem falsos moralismos... É um feriado. Já abordei este assunto relativamente ao 5 de Outubro e o pensamento é exactamente o mesmo. Como tive a felicidade de não ser castrado nas minhas vivências e no bem-estar do meu dia-a-dia, o 25 de Abril é um feriado, comemorativo de algo importante, mas que só ganha maior importância quando calha numa Quinta, numa Sexta, numa Segunda ou numa Terça-feira, que assim há fins de semana prolongados ou até pontes.

Cada um sente as coisas de diferentes formas, e sei que no meu pouco caso pesa o facto de não ser minimamente nacionalista, mas também custa-me a perceber a inflamação quase revolucionária de gente da minha geração, e até muito mais novos, que sentem o 25 de Abril como se tivessem sido eles a lutar nas guerras do Ultramar ou a terem estado encarcerados no Tarrafal. Sim, sei serem pessoas com o coração perto da boca, que sentem tudo muito mais intensamente do que o comum dos mortais, e a isso se deve o facto de padecerem de uma característica cujo nome em inglês não tem uma tradução simpática, e é o de serem umas enormes "attention whores".

O meu filho de 4 anos, por dia, deve repetir a palavra mãe umas 85303253039 vezes. É uma criancinha em crescimento, e em fase de desenvolvimento, é natural que careça de uma atenção mais especial, mas estes marmanjos, embora não sejam de 74, 84, e se calhar até já nem são de 94, mas são adultos, são homenzinhos, só que a necessidade de atenção deles continua em níveis estratosféricos.

Não sei o que mudou em 74. Adoro ouvir podcasts de história, e até sugiro o "E o Resto é História", da Rádio Observador, com o João Miguel Tavares e o historiador Rui Ramos, e foi neste podcast que fiquei mais familiarizado com aquilo que a liberdade trouxe-nos, mas que também não se pode apagar o passado, pois o passado é o que faz a história, com que aprendemos e melhoramos, e que mesmo nos períodos maus houve coisas positivas que puderam ser retiradas.

A título de curiosidade, sabiam que o Estado Novo, que no final era opressor da liberdade, a início foi visto como o salvador de Portugal, visto que libertou o país de anos de instabilidade e insegurança, causados pela Primeira República?

Sabiam também que em 1940 se realizou a maior exposição em Portugal, até à realização da Expo98? Foi a Exposição do Mundo Português e para este evento foi reabilitada toda a zona de Belém que vai desde o Mosteiro dos Jerónimos, até ao Padrão dos Descobrimentos, e o Espelho de Água. Antes a zona era maioritariamente industrial, e o enorme jardim em frente aos Jerónimos e que passa pelos pastéis de Belém, chegando quase ao Palácio de Belém, nem sequer existiam.

Estas são as curiosidades positivas e depois temos as negativas. A mais negativa delas todas é que as guerras do Ultramar vitimizaram mais de 10 000 soldados portugueses. Muita morte por uma luta que nem percebiam o porquê de existir... Se não fosse por mais nada, só por isso o 25 de Abril já teria valido a pena.

Resumindo e concluindo. Sei que não dou o devido valor a este feriado. Não dou e não poderia dar, não sei na realidade o que representa e não fico patriótico por osmose, mas não é por isso que algo mudará, teremos sempre quem tenha nas veias a correr o hino de Portugal e a gritar 25 DE ABRIL SEMPRE.