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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

28
Abr23

Infelizmente, quem ri por último...


Pacotinhos de Noção

O vídeo divulgado pelo Observador tem uma gravidade já grandemente explanada por alguns comentadores políticos, mas que, ao que me parece, não viu ainda abordada a vertente mais perigosa nisto tudo. O engrandecimento do CHEGA.

Ao vermos estas múmias políticas numa situação, em que mais parecem vorazes hienas na esperança de conseguir engolir um pedaço de carne putrefacta, só me vem à memória os tempos em que andava na escola. Invariavelmente havia um tipo com o qual não simpatizava nem um bocadinho, e como eu quase ninguém. Era rude, despropositado, porcalhão, mal-educado, fumava charros que se fartava, claramente tinha piolhos e banho era coisa da qual não gostava. Em suma, era o tipo de pessoa de quem queria distância, pois os seus princípios não se coadunavam com os meus. Ignorava-o e pronto, estava tudo bem, ele não me chateava, e eu até me esquecia da sua existência. É um bocadinho triste, é verdade, mas cada um tem que saber viver com as escolhas que faz, e caso haja o mínimo de respeito, até se vai vivendo bem.

Ora, a coisa ganha outro tipo de contornos, quando os betos ranhosos da associação de estudantes, se uniam.

Com as suas calças bege, camisas cor de rosa e sapatos de vela, ou “mocassins”, juntavam-se com o intuito de fazerem o seu “bullying” de retardados, para que mais tarde se pudessem rir, e vangloriar, junto das suas Caetanas, Madalenas e Rosarinhos que, num pequeno aparte, acabavam por ser as namoradas-rodízio, pois a cada 2 meses trocavam de namorado, mas nunca saindo daquele restrito grupo.

Embora continuasse a não gostar minimamente do tipo charrado, a verdade é que me incomodava muito mais aquele grupo de privilegiados, que só se comportavam daquela maneira porque estavam em manada, e também pelo motivo que, invariavelmente, o director da escola era amigo, ou um bom conhecido, dos paizinhos daquele grupo. O outro podia ter todos os defeitos e mais alguns, mas o mérito de não ser cobarde não lho podíamos tirar.

O que não rara vez acontecia, era esse tipo maltrapilho, acabar por vir a ser o próximo presidente da associação de estudantes, porque, tal como eu via a atitude dos "Bernardos", também o resto da escola via, e na altura de ir votar, nem tinham em atenção as propostas, votavam naquele que foi vilipendiado.

Bem sei que poderá ser uma comparação disparatada, mas foi precisamente o que senti. Santos Silva, um político que é tudo menos recomendável, usa do seu cargo de Presidente da Assembleia para fazer fretes ao PS. Neste vídeo não tira os olhos embevecidos de cima de António Costa. Chega a ser confrangedor tanto charme e amor que lhe transmite, e aquele auto-elogio de como teve "a fúria de um tipo gelado", para mostrar ao Tó como fez frente ao Ventura, só precisava que ele se pusesse de joelhos, para lhe fazer um felácio político, que acabariam com muitos "sim, sim, sim"... Isto só não aconteceu porque a jactância afirmativa estava reservada a Marcelo Rebelo de Sousa, que empolgado como estava, não se coibiu de, também ele, tecer considerações, esquecendo que é o Presidente de TODOS os portugueses, não só dos que votaram PS ou PSD. Os do CHEGA, mesmo não tendo votado nele, e sendo indivíduos que têm algum défice cognitivo, também merecem respeito... Não de mim, que não sou ninguém, mas do Presidente da República, acho que é o mínimo que é exigido.

Estas situações não mudarão nunca o meu sentido de voto na direcção de um partido como o CHEGA. Votar num André Ventura é  jogar à roleta russa com 5 balas no tambor. A hipótese de não dar buraco é quase nula, mas isto é a minha convicção, que sou um ser iluminado, esclarecido, com uma inteligência muito acima da média e que para ser realmente perfeito só me falta ser um tipo gelado. O cidadão comum provavelmente não pensará assim. Vai apenas pensar que, tal como o Ventura, têm sido alvo de pancada deste Governo, com cortes, aumentos, perda de qualidade de vida, falha nos serviços, e por simpatia na dor, irão dar o seu voto ao vitimizado mais próximo. Aposto que isto se vai sentir nas próximas sondagens.

Para concluir gostaria só de sublinhar aquilo que este vídeo representa.

Representa um bando de raposas velhas, que não respeitam nada nem ninguém, não respeitam o povo, não respeitam as outras facções políticas, os outros partidos.

Têm um conluio bem montado para que PS consiga continuar a mamar na teta de Portugal, fazendo com que estes velhos de tanto leitinho gordo, tenham uns níveis de colesterol nos píncaros, mas este colestrol converte-se em dinheiro, em influência e em favores. Depois, quando confrontados com as atitudes que tiveram, e com aquilo que disseram, não têm pudor em dizer que não é verdade, que foi tirado do contexto ou que foi mal interpretado. O vídeo não escalpelizado ao pormenor, porque ainda não vi ninguém a referir aquilo que António Costa, o piadista, diz quando Santos Silva fala em "vice-presidências". Consigo ouvir claramente o vosso Primeiro Ministro a falar em Almirante, e Almirante de doca seca. Pois se no que diz respeito a presidências o Almirante qu se diz que pode vir a ser candidato, é só um, quer-me parecer que até Gouveia e Melo foi alvo desta codrilhice de velhas políticas.

Mas essa já seria outra história...

08
Abr23

Está tudo controlado!


Pacotinhos de Noção

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Há quem tente diminuir aquilo que se passa com a TAP.

Se porventura nem souberem do que falo, então lamento. Lamento porque, em parte, o estado em que este país se encontra, é também a vocês que se deve, que preferem as polémicas das revistas cor de rosa, dos reality shows, e que hoje estão deprimidos porque o Benfica perdeu. Todos esses são temas de uma importância tão relativa, que nem sequer deviam ser mencionados. Coisas como a vergonha do que se passa com a TAP, interfere directamente convosco. Foram injectados 3 mil milhões de euros, numa empresa onde a grande generalidade dos portugueses nem põe os pés, porque a condição económica que lhes assiste, apenas lhes permite voar em companhias de baixo custo.

O dinheiro colocado na empresa, por si só, é já um escândalo de proporções enormes, mas o que se vai descobrindo aos poucos, dá-nos a clara sensação de que se levantarmos o véu, vamos ter uma ainda maior desagradável surpresa.

Aquilo com que nos deparamos é que este governo é um polvo de enormes tentáculos, é uma teia que tudo engloba e tudo controla. Os ministros, secretários de Estado, assistentes de ministros, todos eles participam num conluio de tal forma engendrado que há depois

indemnizações, pré-reformas, transferências entre empregos, que são tudo menos claras e que soam só a troca de favores, e pancadinhas nas costas.

Que não se iluda, ou se tente enganar a si mesmo, aquele que dá como desculpa que "comem todos do mesmo tacho", ou que são tudo cabalas engendradas para denegrir a imagem de governantes, e por consequência, do PS. Peço que façam um pequeno exercício de memória e que se recordem que esses eram também os principais argumentos utilizados por José Sócrates. Sim, esse mesmo Sócrates que depois se descobriu que com Manuel Pinho, Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro, Carlos Santos Silva, tinham montado uma rede de influências com uma tal grandeza que parecia que nada nem ninguém estava livre de sair prejudicado, dos desfalques destes senhores. O José Sócrates que tinha num dos seus pupilos o agora mentor desta nova corja, que tem no seu ninho a sede do PS, no Largo do Rato.

Curiosamente António Costa tem-se conseguido manter, mais ou menos, na sombra de estas polémicas.

Admito que não consigo perceber como, uma vez que é sabido que dentro do partido o homem é o suprassumo e nada ali se passa sem o seu aval e consentimento, mas o vosso Primeiro-ministro sempre foi um homem que teve uma óptima relação com os meios de comunicação, conseguindo assim sempre passar por entre os pingos da chuva. E em política, como todos nós sabemos, ter os órgãos de comunicação do nosso lado, é meio caminho andado para o sucesso. Reparem que nem sequer sugiro que António Costa é privilegiado por ter como o seu irmão o director geral de informação da SIC, Ricardo Costa, que, quanto a mim, sempre se mostrou sério e isento, colocando até o seu cargo à disposição, quando António Costa ocupou o lugar que ainda hoje detém.

Mas o secretário-geral do PS nem precisa de tentar jogar essa cartada do irmão, porque com tantos anos de poder, o Partido Socialista já criou uma rede tão extensa de influências que se o Costa político quiser, consegue pôr o Costa jornalista na rua, apenas com um estalar de dedos.

João Galamba, Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, são seguidores daquilo que Costa ensina, e que tem já longa escola de doutrina, iniciada em tempos por José Sócrates. Por um lado é até compreensível que assim seja, afinal das contas foi António Costa que os ensinou a movimentarem-se bem neste lodo pestilento e malcheiroso que é a política portuguesa. Aquilo que me custa um bocadinho mais a perceber, é como o Sr.Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sendo tão popular entre os portugueses, tendo uma taxa de aceitação tão alta como aquela que já teve, se deixou também envolver neste vórtex de tramas, esquemas, combinações, que em nada dignificam a nossa república, e a própria democracia. Custa ainda mais a perceber, quando sabemos de antemão, que as cores partidárias de Marcelo são opostas à força do Governo, o que nos levará a pensar então que realmente, os tentáculos de Costa, e do PS, são muito mais fortes e abrangentes do que aquilo que nos é possível imaginar, tendo até arranjado forma de ter o presidente refém das suas vontades.

Tal como tinha dito, não expliquei nada do que se passou na comissão de inquérito da TAP. Se não sabem, é porque, certamente, têm ignorado as notícias que diariamente nos têm chegado e, meus amigos, posso apenas dizer o seguinte, se o povo teima em ser ignorante, o governante obviamente que não vai perder tempo instruindo-o, quando pode perfeitamente aproveitar esse tempo para o roubar. 

24
Mar23

Oposição Demissionário


Pacotinhos de Noção

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Estou triste… Aliás, estou cada vez mais triste. As urgências pediátricas fecham, as maternidades também, não há médicos suficientes para os utentes e nos centros de saúde não há papel para cobrir as marquesas. 

Os professores estão em greve e parece não haver fim à vista. Querem reaver o que perderam e receber o que ainda não conseguiram, querem trabalhar perto de casa, querem não levar tareia dos alunos, dos pais dos alunos, dos amigos dos alunos e de quem mais se lembre de lhes levantar a mão. Desejo comum aos médicos que, na urgência de atender as urgências, às vezes lá estão mais desavisados e levam uma bofetada de um utente, vinda não se sabe bem de onde.

A CP faz greve, a TAP tem vontade de fazer, e s Soflusa não faz nada porque os barcos eléctricos, que custaram milhões, não têm baterias. Já os da Marinha têm bateria… Têm uma bateria de problemas para resolver. Tantos que os marinheiros recusam até em ir ao mar e, tal como diz o ditado “Marinheiros em Terra, tempestade no ar”, e foi isso mesmo que aconteceu, foi para o ar a tempestade do Vice-almirante, a puxar as orelhas aos marinheiros indisciplinados. Escusado será dizer que deu barulho.

Barulho fazem os sindicatos. Não interessam nem quais, nem de quem. Interessa, isso, sim, que são muitos, diria até que são demasiados, o que acaba por não fazer sentido, pois se a luta é dos professores, para quê haver vários sindicatos? À partida querem todos, o mesmo, que é defender os seus pagantes de quotas… Ou será que não! Será que existem outros interesses, camuflados pelos sindicatos? Não sei, não percebo nada disso, apenas mandei para o ar.

Quem não se manda para o ar é esta oposição balofa e inoperante, e é por aí que fundamento o título deste texto, porque toda a oposição, que se deveria fazer sentir numa altura como esta, está completamente demissionária. Não abrem a boca, não se manifestam, não fazem uma proposta, não apresentam ideias, nem uma moção de censura ao Governo tentam aprovar no parlamento.

Adepto do partido A, B ou C, não sou, mas sou adepto de tirar o que está podre e meter nova opção, mas que opção?

É Luís Montenegro, um tipo com ar de vendedor de carros vigarista, que tomará as rédeas do país? E para o ajudar a segurar essas mesmas rédeas, vai contar com a ajuda de Ventura, e de um partido perigoso, e populista, como é o CHEGA?

Aquilo que vos posso dizer é que tanto o PSD, como Luís Montenegro, parecem sofrer de um efeito letárgico que nada favorece quem, num futuro que espero próximo, tenha que ir às urnas escolher um novo Governo, e um novo Primeiro-Ministro.

É triste quando o país necessita que um ex-Primeiro-ministro, e ex-Presidente da República, já octogenário, seja o único com uma voz activa o suficiente para fazer António Costa tremer nas bases. E Costa treme, treme muito. Treme de raiva por ser criticado por alguém que, quando saiu, deixou trabalho feito (ao contrário de si), treme de medo, ao sentir que o povo pode sentir nas palavras de Cavaco o estímulo necessário para mais manifestações e contestação, e treme também de ansiedade, porque não vê a hora em que o chamem da Europa, para ir ganhar um ordenado chorudo, e para poder sair enquanto o barco de se afunda, porque este barco em que navegamos, consegue estar ainda mais podre do que os da Marinha.

02
Mar23

Texto enorme!!! Façam greve e não leiam


Pacotinhos de Noção

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Jimmy Hoffa foi um importante líder sindical norte-americano. 

Desempenhou a sua função por cerca de 20 anos, e alguém que desempenhe qualquer função durante tanto tempo só pode significar que é bom naquilo que faz, certo?  Talvez não.

O sindicalista, a dada altura, acaba por ser preso por terem sido provadas as suas ligações à máfia, ao crime organizado, os subornos que fez, que recebeu, as inúmeras fraudes, enfim, uma longa lista de maravilhas que o mundo do sindicato permitiu-lhe viver.

Serve esta introdução para vos alertar que o maior valor que um sindicato representa, nem sempre é aquele que é propalado. Supostamente este tipo de organizações têm o intuito de representar, e defender, os direitos dos trabalhadores afectos a esse sindicato, mas a verdade não é bem essa. 

As corjas organizadas, que não vivem só na base das quotas pagas pelos trabalhadores, têm sempre associada uma agenda política, e em primeiro lugar representam os partidos a que estão ligados, e não os trabalhadores, como seria desejável.

Não estou com isto a dizer que os sindicatos em Portugal são criminosos, como os sindicatos norte-americanos, da década de 50 e 60 do século passado, mas também não consigo dizer que não o são. Aquilo que posso dizer, sem a mínima sombra de dúvida, é que os interesses que os movem não são as lutas pelos direitos dos trabalhadores, e as greves consecutivas que temos assistido, e a ser vítimas, são a prova disso mesmo.

Quem estiver atento a programas de análise política, e tiver memória da própria noite de eleições, onde o PS de António Costa ganhou a maioria absoluta, decerto que se lembrará de ter visto alguns analistas a rapidamente fazerem a previsão de que iriam começar as greves e as paralisações.

E como fizeram eles isto? Terão dons adivinhatórios, ou conseguiram ler nas estrelas? Nada disso.

A grande generalidade dos sindicatos têm, conforme disse atrás, ligações políticas, o que no meu entender é algo de desonesto, e até pornográfico, e como essas ligações são, maioritariamente, com o PCP e o Bloco de Esquerda, e como a “geringonça” acabou por ser desmantelada, estes partidos de extrema-esquerda, um bocadinho ao jeito de vingança, e para relembrar que há mais vida além da parceria com o PS, trataram de limpar as armas, e vai de começar a fazer greves, algumas delas até com reivindicações que sabem, à partida, que são impossíveis de cumprir.

Uma das perguntas que aqui deixo é se quem agora faz greves, não estava insatisfeito por altura do Governo da “geringonça”? É que já na altura, os problemas a que hoje se referem existiam, e as greves nem por isso aconteciam.

Se os professores têm razões para fazer greves? Ora, pois com certeza que têm, mas aquilo que também devem ter é uma noção da realidade, e pedir coisas que, agora, sejam exequíveis.

A questão das deslocações para mim nem é uma questão. Das duas uma, ou o Ministério da Educação paga a peso de ouro um professor que se mude da sua área de residência, para dar aulas noutro ponto do país, ou então terá que arranjar outra solução que não passe por mandar pessoas para longe de casa. Bem sei que o país sendo pequeno, e tendo pouco focos metropolitanos, haverá falta de professores noutras zonas do país que não Lisboa, Porto e mais um ou outro local, mas é como digo, para que alguém pense sequer em mudar de zona, teria que ser garantida continuidade no estabelecimento de ensino para onde vai, e receber bem pela sua deslocação definitiva. O Estado deveria ainda facilitar o acesso à residência a essas pessoas que se deslocam.

A recuperação do tempo de serviço é algo que nem sequer deveria estar em cima da mesa. É uma injustiça, é certo, mas ter-se congelado, para agora, numa situação em que o país não está substancialmente melhor, se descongelar e devolver o que se poupou, é um erro de gestão que não lembra a ninguém. Nos tempos da Troika, que relembro foi chamada por José Sócrates, houve várias pessoas que viram os seus rendimentos, as suas reformas, cortadas, e também não as reaveram na sua totalidade, mais uma vez repito, é injusto, mas estar a negar que foi necessário, é negar as evidências.

Escrever estas linhas é-me até difícil, pois parece que defendo este Governo, que diariamente nos manda abaixo, mas não é de todo o que faço. Estou só a defender que deve haver coerência, e também alguma sensatez.

Falando agora na greve da CP.

O pessoal da CP tem motivos para fazer greve? Claro que têm. Têm eles e todos os que as têm feito, mas mais uma vez digo, têm tanto direito, e até dever, como tinham já na altura do anterior Governo. O que crítico aqui é a forma de fazer greve.

Seria tão mais profícuo se no princípio do mês, os assistentes comerciais, vulgos bilheteiros, se rejeitassem a vender passes, e rejeitassem também a venda de bilhetes. Aposto que iriam logo prestar mais atenção às reivindicações.

Paralisações não afectam em nada o Governo. Afecta a arraia-miúda, as quais são o pessoal que tem que ir trabalhar todos os dias, e que chega tarde a casa, depois de um extenso dia de trabalho, já nem podendo estar tempo nenhum com os filhos, porque se atrasou imenso, na tentativa de chegar a casa. Julgam que essas pessoas se vão queixar ao Costa? Claro que não, desejosos que não os chateiem estão eles.

O povo fica ainda mais indignado com greves como a da CP, e da TAP, precisamente porque estas são duas empresas que são sorvedouros de dinheiro do Estado.

Podemos dizer que, nesta altura, temos greves para todos os gostos. Está até marcada, para dia 15 de Março, uma grave de funcionários da TVI, pois também eles exigem aumentos salariais. Aqui faço figas para que a paralisação seja total, e que o canal saia do ar por um 4 ou 5 dias. Podia até ser que determinada directora de entretenimento e ficção, fosse dar uma volta ao bilhar grande. É que desde que assumiu funções, evito o meu 4.º canal com mais veemência, do que a família Freeling, que nos anos 80 tinham o Poltergeist na televisão, que até lhes sugou a filha.

Para terminar, uma palavrinha de apoio a todos os quantos fazem as suas greves, mas uma em especial para os médicos e enfermeiros que, mesmo lutando, não deixam nunca que falhem os serviços mínimos. Isto porque para além dos seus interesses económicos, acabam sempre por colocar primeiro o interesse pela vida da generalidade das pessoas.

Mesmo numa sociedade economicamente forte, e organizada, haverá sempre motivo para uma greve. Há sempre algo a melhorar, e haverá sempre alguém que não o queira melhorar, ou porque dá trabalho, ou porque custa dinheiro, ou até porque corta o lucro. Relembro também, que muitos dos que agora fazem greve são os mesmos que votaram PS, porque tiveram receio da mudança, porque a alternativa seria um PSD que teve um bicho-papão chamado Passos Coelho.

Hoje não há Troika, hoje não há austeridade, mas há uma qualidade de vida tão má, ou ainda pior, do que durante o último Governo do PSD.

Também não tenho poderes adivinhatórios, nem vejo o futuro nas estrelas, mas garanto-vos, com 100% de certezas, que venha quem vier, a seguir a tantos anos de Governo de PS/Costa, vai ter que fazer cortes, apertar o cinto, e ter que ser impopular, porque a mão que varre o chão, nem sempre e aquela que o sujou.

05
Jan23

Blockbosta do momento


Pacotinhos de Noção

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Um "blockbuster" é um filme que gera interesse e, acima de tudo, gera retorno financeiro. Temos na saga "Star Wars", e nos seus tantos episódios, o exemplo perfeito disso mesmo.

O blockbosta é um bocadinho diferente. Tem imensos episódios, mais até que as películas de George Lucas, e o intuito não é gerar retorno financeiro, é antes gerar transtorno financeiro. Transtorno não para os protagonistas da história vergonhosa, mas sim para todos os que assistem, e que somos nós. Eles, como protagonistas que são, recebem o seu magnífico quinhão, sendo aquilo que dá a origem ao blockbosta. É então um círculo vicioso, inerente a um círculo de viciados, não por drogas, mas por poder e também por poderem meter-nos a mão ao bolso.

Neste tipo de película António Costa chama garoto a George Lucas, pois cria enredos bem teados e onde não existem heróis, só vilões e otários. Os vilões são os protagonistas, os otários somos nós.

Não é gralha o cartaz desta coboiada de bandidos, ter actores de outras épocas, como José Sócrates e Manuel Pinho. Serve para demonstrar que este grupo de malfeitores percorrem o seu caminho há já muitos anos, e não apareceu ainda um Xerife que lhes conseguisse deitar a mão. Quando houve um que tentou, no seu cargo de Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal foi prontamente afastada do cargo e foi lá colocada uma marioneta que dá pelo nome de Lucília Gago. Poucos a conhecerão, e é natural que assim seja, pois a senhora faz questão de não levantar ondas, e para isso vai ao sabor da maré.

Tantos casos assim, uns atrás dos outros, sendo que todos envolvem desvios de dinheiros do Estado, nomeações que não deviam acontecer, e até atropelos mortais de trabalhadores das autoestradas, seriam motivos, mais que muitos, para que um Presidente da República a sério, pensasse numa dissolução governamental. Relembro os meus amigos que, por muito menos, Pedro Santana Lopes, em 2005, viu o tapete ser-lhe puxado debaixo dos pés, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, que não cedeu a pressões, antes pelo contrário, aceitou-as de bom grado, pois sendo o senhor do PS aproveitou assim para abrir caminho, feito Moisés, para que José Sócrates ganhasse as eleições, e desse início à hegemonia destes larápios.

Sim, sei que vão argumentar que pelo meio houve Pedro Passos Coelho, e que foram anos negros... E sim foram, e sim serão. Isto porque depois deste segundo Governo de Costa, também terá que vir alguém arrumar a casa, tapar os buracos que foram deixados, e o português, sendo de memória curta e gostando de viver na base da esmola, vai voltar a cair no mesmo erro e depois vilipendiar aquele que tentará tirar este chiqueiro do lamaçal. Depois virá de novo o PS, esvaziar e rapar os cofres do Estado, para distribuir umas migalhas pelos papalvos, e para dividir o bolo recheado e guloso, com aqueles que são os seus braços direitos, os seus braços esquerdos e todos os outros membros que se possam lembrar porque, como se sabe, os polvos têm muitos braços.

E é assim, o guião deste filme, que sendo fraquinho, é dos mais caros que se vão fazendo, deixando James Cameron ruborizado de vergonha pela mixaria que gastou no Titanic. Mas ao menos esse teve a Céline Dion na banda sonora, que gostando ou não se gostando é uma estrela. Nós, pelo andar da carruagem, aquilo que vamos ter como banda sonora é um grupo de carpideiras, velhas e decrépitas, que chorarão a bom chorar, por verem a economia a definhar. Ainda assim, o Sócrates é o preferido delas, porque é o George Clooney da política portuguesa, e também gostam muito do Costa, a quem apelidam de "Chamuças", mas que lhes ofereceu 120 €, que bastante jeito lhes deram.

Termino com aquilo que sinto, sempre que falo de Costa e dos seus comparsas.

Têm o Governo que merecem, foram vocês que votaram nele.

Eu, admito, em 2005 votei Sócrates, e consequentemente PS, mas foi como chupar uma azeda apanhada num qualquer jardim. Quando a tinha na boca lembrei-me que os cães mijam por perto, e provavelmente mijaram também ali. Nunca mais chupei uma azeda.

04
Dez22

O copo meio cheio


Pacotinhos de Noção

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No final de uma semana em que os chefes de equipa das Urgências do Hospital Garcia de Horta demitiram-se em massa, em que houve notícias de que nesse mesmo hospital haveria pessoas nos corredores em macas, e cadeiras de roda, há 3 dias, e em que eu pude testemunhar o caos nas urgências pediátricas do Hospital de Cascais, onde médicos e enfermeiros não tinham mãos a medir, ouve-se dizer, ainda assim, para que ninguém se preocupe porque está tudo óptimo. Está tudo a andar sobre rodas.

Não sou eu que o digo, era a anterior Ministra da Saúde (que não deixa saudades), Marta Temido, é o Sr.Primeiro-ministro, para quem aquilo que realmente interessa é saber com que olhos o vêem os grandes da Europa, e é o actual Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que tem o carisma de uma couve de Bruxelas, mas que para marioneta do Primeiro-Ministro, chega perfeitamente.

A moda de António Costa, que respinga para todos os seus fantoches, é o ser extremamente positivo, o de encarar tudo com o copo meio-cheio, para espantar assim o negativismo para bem longe de si, e fazer com que os mais incautos não se apercebam no esgoto a céu aberto em que o nosso país se torna e, mais especificamente, o Serviço Nacional de Saúde.

Manuel Pizarro, imbuído talvez do espírito natalício, presenteia-nos com declarações em que afirma que as demissões apresentadas não colocam em causa o normal funcionamento do Hospital Garcia de Horta, e aqui até temos que concordar, pois desde há muitos anos para cá que o normal funcionamento daquele hospital é péssimo. Mas isto não se diz, o que se diz é que está tudo normal... é o tal copo meio-cheio.

A inflação sobe a pique, o poder de compra diminui, os preços aumentam absurdamente, e Costa afirma não haver lugar a alarmes. Portugal até subiu mais do a Alemanha, por exemplo, diz o nosso Primeiro Vigaristro, perdão, ministro. Copo meio-cheio, vêem? Aquilo que convém falar é que Portugal subiu mais que a Alemanha. Não sei bem a que níveis se referem, mas se for, por exemplo, no que diz respeito a subir a escadaria do Bom Jesus de Braga, então aí concordamos, porque as promessas dos portugueses para fugir à fome, hão-de ser tantas que aquilo é um corrupio de gente, a subir e descer as escadas.

Mas, porque diabos haveria Costa de achar que o copo não estaria meio-cheio? Se existe tipo que nasceu com a regueifa virada para a lua, esse tipo é ele.

Sucedeu a um Governo que teve que tomar atitudes difíceis, impopulares e que fizeram os portugueses apertar o cinto. Na altura em que iria haver uma retoma da economia, António Costa consegue chegar a Primeiro-Ministro sem sequer ganhar as eleições. Recebeu de herança um país com as decisões difíceis já tomadas, e teve assim a desculpa perfeita para dizer que tudo o que de mal pudesse vir a acontecer não seria da sua responsabilidade, teve uma pandemia que, numa altura em que a sua popularidade descia, permitiu-lhe criar, junto com o seu compincha Marcelo, estados de emergência uns, a seguir aos outros, e propagandear assim uma luta hercúlea que teve contra a pandemia.

Foi lançando umas migalhas aos povo, sob uma capa de subsídios de ajuda à pandemia. Uns não receberam, outros não eram elegíveis, outros eram elegíveis, mas os cálculos eram referentes a meses onde já havia pandemia e então a ajuda era miserável... Mas o copo continua sempre meio-cheio, porque depois veio um PRR, que seriam rios de dinheiro que colocariam o português comum a viver como um marajá, mas porra, começou a guerra na Ucrânia. O PRR passa a ser canalizado para outros efeitos porque a guerra criou uma crise que, curiosamente, estava já anunciada, ainda nem se imaginavam os devaneios de Putin, mas pronto, mais uma vez Costa tem a desculpa perfeita.

O nosso Primeiro-Ministro não pode ser o bode expiatório de todo o mal que acontece no Mundo, isso é óbvio, mas é, isso sim, o bode principal que causa a maioria dos grandes males do nosso país.

Que algo está mal, só não vê quem não quer. Houve mais uma remodelação governamental. Saíram uns amigos do Costa, entraram outros, um foi promovido, mas mais uma vez o enchimento do copo é positivo porque há um Mundial e assim o escrutínio da situação é colocado de lado.

Mas no final o maior motivo que faz com que António Costa ande de sorriso nos beiços, e que considere sempre que tem o copo meio-cheio, não é o facto de estar rodeado de uma sua máfia, não é o facto de ter uma imprensa que lhe até é favorável, vá-se lá saber o porquê, nem é o facto de que sabe que mais tarde ou mais cedo terá um cargo apetitoso para desempenhar na europa, não, não é isso. O que lhe dá essa característica é saber que tem aqui, neste entalado rectângulo entre mar e Espanha, um grande grupo de idiotas, pouco esclarecidos e imbecilóides, que além de lhe terem dado a maioria, ainda hoje o defendem e, muito provavelmente, fariam com que ganhasse de novo as eleições.

Para esses eu não queria um copo meio-cheio, queria um balde completamente cheio, para lhes atirar às trombas para ver se acordam.

20
Jul22

Que se feche o Governo!


Pacotinhos de Noção

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Segundo as últimas sondagens, o Governo PS de António Costa, se fosse agora a votos, perderia a maioria.

PS perdeu votos e PSD subiu, mas se isto acontecesse o problema não seria grande para o nosso magnífico Primeiro-Ministro, porque quem "geringonceia" uma vez "geringonceia" duas.

O que esta descida realmente significa é que a sobranceria de António Costa, com uma maioria absoluta nas mãos, faz com que o povo esqueça um pouco aquele gordinho bonacheirão, que a todos dá a volta, e se lembrem daquele gordo brutalhão que queria dar uma galheta num velho, que até o punha a andar às voltas.

Para acrescentar à arrogância que o Sr.Costa demonstra, a populaça (aquela que nele votou) começa a aperceber-se que o que realmente conta não é o bem-estar dos votantes, mas sim o bom descanso dos votados. Ao invés de se resolverem os problemas que beneficiariam os portugueses, o Governo de António Costa decidiu começar a dar a volta às questões. O comportamento é como o de um mau mecânico que não conseguindo identificar qual o problema que faz existir uma luzinha de avaria no painel do carro, decide resolver o problema tirando a lâmpada dessa luzinha. Poupou-se a uma série de trabalhos, recebeu por um algo que não foi feito, e quem sairá prejudicado é o cliente, nunca ele. E é desta forma que António Costa dá a volta às questões. Com a pandemia habituou-se a mandar todos para casa e essa é também a solução encontrada para quando está calor, e há o risco de incêndios, anulam-se os eventos, e que vá tudo para casa, colocar os pés de molho.

Acaba por ser como um castigo, castigo esse mais que merecido, se tivermos em conta que os culpados destes incêndios somos todos nós. Primeiro porque não fizemos como o aconselhado, e saímos de casa, depois porque, como tão bem se sabe (segundo António Costa) os incêndios têm sido, maioritariamente perto das populações e "não nascem de reação espontânea - surgem sempre devido ação humana, de forma deliberada (pela mão de incendiários)"... Então se afinal a culpa é dos incendiários, porque é que não se punem exemplarmente esses incendiários? Porque é que não se aposta num reforço de vigilantes florestais, em vez de amedrontarem velhotes sem dinheiro, com a ameaça de multa, caso não limpem os terrenos em volta das suas casas?

A par de declarações destas foram feitas outras como "o Estado não é o segurador universal de ninguém". É um facto, não o é, mas se não é para uns, não deveria ser para ninguém, como por exemplo o NovoBanco, a EFACEC, a TAP. Já para não falar no dinheiro que aí vem do PRR, que deveria ser para apoiar empresas que passaram mal por serem obrigadas a fechar portas durante o confinamento, mas não, mais de metade desse dinheiro vai para uma empresa só, de um barrigudo Mário Ferreira, dono de um canal de televisão, e com quem António Costa gosta muito de almoçar, jantar e ir a festas.

O desgosto dos portugueses vem também muito agregado aos problemas que se têm sentido no SNS que, não sei se se recordam, estava vivo e de boa saúde.

Vivo até concordo que ainda está, assim como está vivo um peixinho que saltou do aquário e que, ainda vivo, estrebucha que nem um louco no chão, segundos antes de se finar. Conselhos transmitidos, para evitar os problemas com o SNS são tão bons como "não fiquem doentes em Agosto", e "não comam Bacalhau à Brás", mas se tal acontecer, e forem para o hospital, a culpa, mais uma vez, é toda vossa, como disse o Sr.António.

Como os problemas continuam há que solucionar, e qual foi a solução para o SNS?

Fechar urgências e urgências obstétricas, e fica o assunto arrumado.

Seguindo esta linha de pensamento, e tendo em consideração que este Governo, ainda que com maioria absoluta, funciona de uma forma tão má e atabalhoada, como se constatou na situação do aeroporto, com Pedro Nuno Santos, não seria caso para se começar a pensar em encerrar este mesmo Governo, com a vã esperança de que quem venha a seguir seja um pouco melhorado, ou pelo menos que tenha um pouco mais de vergonha na cara?

Fica a pergunta no ar, mas em balão de ar quente, porque de avião ia ser difícil de fazer o embarque, quanto mais de descolar.

19
Mai22

Opiniões que nos definem


Pacotinhos de Noção

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Nalgumas situações as redes sociais acabam por ser como a realidade. Diariamente nos cruzamos com gente que não interessa e temos duas opções, ou engolimos, ou mandamos dar uma volta.

Não vou divulgar o "nome" da pessoa em questão porque receio que exista sempre alguém que a possa importunar, mas sei perfeitamente que ela vai ver este post, e ainda bem.

Esta é uma senhora com quem estou quase sempre em desacordo. Adora o Costa e os Governos PS. Gostos são gostos, e tal como ela, mais de 50% dos votantes tiveram a triste ideia de votar em quem enterra consecutivamente o país. A falta de gosto é ainda mais flagrante quando mostra que é das tais senhoras de meia-idade que continuam seduzidas pelos cabelos grisalhos de Sócrates. A certa altura defendia que o SNS é maravilhoso, mas pouco tempo após o proferir foi operar as cataratas à CUF, em vez de usufruir daquilo que tanto diz apreciar. Para finalizar, e para mim, foi a gota que transbordou o copo, desde que começou a guerra na Ucrânia já demonstrou não ser a favor de algumas sanções, que o Zelensky é o demónio na terra e agora insinua, como as imagens demonstram, que os ucranianos são nazis, conforme o próprio Putin defende.

Se em todos os outros assuntos posso compreender que existam opiniões diferentes da minha, neste caso da guerra não é sequer admissível que se veja o outro lado da mesma moeda. É um assunto em que não se pode ficar em cima do muro.

Quem tiver o mínimo de dúvida em condenar Vladimir Putin, mesmo não o afirmando, como no caso do PCP, aliás, das duas uma, ou é estúpido, ou é idiota, e são pessoas assim que me repugnam e deixam-me aziado, e com os quais não pretendo ter o mínimo de ligação, quer seja no dia a dia, quer seja aqui, neste mundo virtual onde o anonimato até me dá a cobarde coragem de dizer a esta senhora o quanto ela não tem noção de quão pouco humana consegue ser. E é até a amostra de que quem gosta de animais não tem que obrigatoriamente ser boa pessoa. Bem sei que aos 50/60 anos, viver com gatos nem sempre é opção, é apenas a consequência de uma vida de amargura, arrogância e estupidez, mas ainda assim fica sempre bem mostrar que se tem muito amor pelo Nóquidó e pelo Riscas.

Alguns estarão agora a perguntar-se o porquê deste destaque a alguém que é anónimo, que assim se manterá e que provavelmente não merece o tempo que gastam ao ler estas linhas. Os motivos são dois.

O primeiro é porque o Pacotinhos de Noção nasceu por causa destas pessoas. Serve de escape para falar sobre situações e elementos da sociedade, que vivem entre nós, julgam e comportam-se como se fossem a última bolacha do pacote, mas só porque não tem a noção que aquilo que defendem e aquilo que acreditam faça delas, sim senhor, a última bolacha do pacote, mas é um pacote de bolachas de Água e Sal velho e bolorento, com aquela bolacha que todos rejeitaram e está até toda esmigalhada.

O segundo é porque ao observar as fotos desta pessoa, a ideia que dá (e aqui até posso estar enganado) é a de que trabalha num estabelecimento de ensino. Não sei se como auxiliar ou professora, não é importante, mas aquilo que importa é que alguém que não consegue discernir do que é facto e do que é propaganda, do que é uma desculpa esfarrapada para invadir um país e do que é real, e que não consegue compreender que morrem pessoas, incluindo crianças, crianças com quem trabalhará e como tal até deveria haver um laço mais afectivo, no lugar do coração deve ter uma pedra e no lugar do cérebro apenas vácuo e deveria ter sido submetida a importantes testes psicotécnicos para que em vez de trabalhar com miúdos, trabalhasse com... sei la, calhaus.

04
Jan22

Debates são mais que as mães


Pacotinhos de Noção

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Falta pouco tempo para as eleições e se existe desta vez algo de que não nos podemos queixar é da falta de debates.

Vão acontecer cerca de 30. Não sei se os vou conseguir acompanhar a todos, mas aos dois primeiros fiz questão de ver e já cheguei a uma primeira conclusão. Estamos lixados. Tendo em consideração o que vi, a melhor análise é esta. Não sei se o Público ou o Expresso querem pegar na minha válida afirmação, mas é o que me apraz dizer.

No embate entre António Costa e Rui Tavares do LIVRE, tivemos oportunidade de ver quase um ritual de acasalamento, em que o fundador do LIVRE era o macho, de orgulho ferido, e António Costa era a fêmea difícil e que não se sente convencida com o que o espécime masculino tem para lhe oferecer.

Rui Tavares corre atrás do prejuízo. Nas últimas eleições conseguiu eleger um deputado, feito meritório e poderia até alavancar o partido de forma a um dia almejar ser uma força política a ter em conta, mas deram vários tiros no pé.

O primeiro foi a escolha de quem os representaria.

Pelos visto no partido não fazem testes psicotécnicos e escolheram Joacine Katar Moreira, que nos testes, claramente, não passaria na parte do "psico". 

Depois apalhaçaram a sua representatividade no Parlamento, com a história provocatória do assessor de Joacine, que decidiu ir de saia para o hemiciclo, o que me chocou e a tantas outras pessoas.

Em relação às outras pessoas, não posso saber o que as chocou, em relação a mim, posso dizer que o choque não esteve na saia, mas na fraca escolha de uma saia plissada comprida, azul escura, conjugada com umas meias verdes de cano médio. Não combina, não faz sentido e só por isto o lugar deveria ter sido posto à disposição. Se queremos marcar impacto, ao menos que se marque com estilo, mas não marcou. Aquilo que transpareceu foi claramente o uso de saia, não como indumentária usual, mas apenas usada como acessório que pretendia ser disruptivo em relação à maneira de vestir dos deputados. Ora num parlamento em que nos devíamos preocupar mais com a índole dos intervenientes, do que com a farpela que envergam, a atitude foi só parva.

Parvo foi também, mais uma vez, Rui Tavares, que escolheu alguém difícil de controlar, não por ser de forte convicções, mas sim por ter fortes convulsões de linguagem, dizendo tudo como os malucos, e de forma mais alucinada do que os próprios malucos, e perante tal volatilidade o historiador decidiu retirar o apoio político a Joacine.

Para ela tanto lhe vez, o lugar dela estava guardado, mas a verdade é que a representatividade do partido acabou e já muitos se esqueceram que o LIVRE existe.

Isto justifica a apatia de António Costa, no qu diz respeito ao adversário que tinha no debate. Preferiu ignorar as investidas de Tavares, que fez quase juras de amor, desde que pudesse fazer parte de uma nova Geringonça, mas António Costa não lhe fez caso. Devo até dizer que foi indelicado e mal-educado, ignorando o oponente que ali tinha e aproveitando para mandar recados a Rui Rio, fazendo propaganda política barata.

O outro debate colocou frente a frente Catarina Martins e André Ventura.

É devido a debates como este que depois, pessoas com um bocadinho menos de clarividência, optam por votar CHEGA.

Catarina Martins foi insossa, monocórdica, secante e bastante desagradável.

Referiu-se várias vezes ao adversário como o candidato da extrema-direita, o partido da extrema-direita, a extrema-direita isto, a extrema-direita aquilo, ignorando que o BE também pode ser conotado como partido de extrema-esquerda, mas que não se referem assim ao mesmo porque é deselegante.

Bem sei que o alvo da deselegância é André Ventura e o CHEGA, mas haver a mínima hipótese de fazer estes dois elementos passarem por coitadinhos, que é uma das formas fáceis de ganhar votos, é estar a entregar o ouro ao bandido.

A líder do BE falou, acusou e foi populista. Parecia a narradora de uma história para crianças e quis fazer crer que o Lobo Mau estava à sua frente sendo que ela seria o caçador que o ia esventrar, mas a verdade é que se pareceu mais com a avozinha débil que se deixou abocanhar, pois lançou atoardas que foram de fácil resolução para André Ventura, dando-lhe até deixas importantes para poder ele lançar assuntos menos claros e esclarecidos por parte do BE, como o caso Robles, por exemplo, e que Catarina Martins não justificou.

Várias vezes a líder esquerdista foi também apanhada em falso, lançando dados para a mesa que demonstraram não ser correctos, mais concretamente no que diz respeito a propostas no parlamento contra a corrupção, que o doido adepto de Viktor Orban rapidamente tratou de desmentir com factos.

A verdade é só uma, André Ventura ganhou este debate, e isto para a democracia é perigoso. Não podemos fazer quase nada, por a democracia ser isto mesmo, temos que dar voz a todas as facções, desde que não sejam criminosas, por mais idiotas que nos possam parecer, mas cair no erro de tentar usar as mesmas armas que eles é assinar a própria sentença.

Catarina Martins tentou ser populista, até citou várias vezes, diga-se que de forma ridícula e bacoca, o Papa, mas não deixou nunca o adversário sem palavras e em situação menos confortável, já ela escondeu-se por detrás de um discurso com bastante aparência de falso e muito mal ensaiado.

Temo que a continuar assim, o CHEGA vá conseguir conquistar votos a todos aqueles que estão ainda indecisos, desiludidos ou indignados.

Quero assistir ao debate de hoje entre Rui Rio e André Ventura e tenho curiosidade em ver como se sai João Cotrim de Figueiredo nos debates, mas como é óbvio não irei analisar todos os debates, para não vos causar fastio.

Como reparam aqui é possível analisar o Big Brother Famosos, as eleições e assuntos em geral. Isto porque burro não é o que vê o Big Brother, nem inteligente é o que lê Maquiavel. Inteligente é quem vê Big Brother e pesquisa quem é Maquiavel no Google.

E depois desta minha demonstração de superioridade intelectual despeço-me cheio de arrogância e amizade.

12
Out21

Metam-me dentro. JÁ!!!


Pacotinhos de Noção

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Hoje mais um passarinho ganhou asas e voou.

Quase todos saberão que me refiro à libertação do inocente Armando Vara.

Existe a presunção de inocência, em que até ser julgado todos são inocentes, e agora vai começar a haver a "desprisão da inocência" que é o nome atribuído quando alguém ligado ao PS esteve preso, mas que afinal estava engaiolado injustamente e quando sai reafirma que mais inocente que ele nem a Madre Teresa de Calcutá, aos 5 anos.

Mas para falar destas miudezas existem imensas pessoas e eu não quero ser apenas mais um e por isso quero abordar o tema que realmente interessa. Aquilo que passou na cabeça de todos que viram as imagens de hoje, amplamente difundidas, e que eram a das declarações daquele garoto, o Armando Vara.

Mas que raio de alimentação andam a dar ao pessoal nas prisões portuguesas?

É a dieta paleo e jejum intermitente? São alimentados a batidos e suplementos da Prozis? Ou são obrigados a fazer ferro nos ginásios da pildra? Pilates duvido, mas nunca se sabe.

As imagens falam por si.

Isaltino Morais, talvez dos únicos que não apregoou inocência depois de sair, não sei se é um caso de descaramento, sentimento de impunidade ou o chamado "estou-me marimbando que eu ganho as eleições à mesma", entrou na prisão claramente fora de forma e com cores pálidas e doentias. Passados uns tempinhos saiu todo moreninho e com uma compleição bem mais composta.

Armando Vara entrou um pilantra de 65 anos e saiu um inocente de 67 mas que parece ter uns 50 e também parece que esteve num spa a fazer bronze. O corte de cabelo foi claramente mudado. Agora tem um corte todo fixe, todo mais para o modernaço.

O Camilo de Oliveira é que tinha razão, "cá fora está-se pior".

Tenho que admitir que agora começo a ficar muito curioso. Como é que vão estar a Rosa Grilo e Pedro Dias, quando vierem cá para fora. Não sendo bruxo quase que aposto que vão estar inocentes, mas Rosa Grilo vai desfilar à Moda Lisboa e Pedro Dias vai estar em melhores condições físicas que o montanhista Bear Grylls e vai-lhe custar muito menos andar a passear no meio dos bosques e matas. Experiência já tem alguma, as capacidades é que ficavam aquém.

As prisões portuguesas são autênticos "health clubs" e acho bem. Farto-me de ver gente dizer que para ficar bonito é preciso sofrer e no meu entender se é para os meliantes sofrerem é dar-lhes aulas de musculação, body pump e até algumas massagens, mas daquelas à bruta.

Quem não concordar com a minha teoria só está a negar as evidências. Dei estes dois exemplos de simpáticos vigaristas que saíram de prisões portuguesas reabilitados, nem que seja só fisicamente. Se olharmos para Vale e Azevedo, que esteve numa prisão inglesa, rapidamente nos apercebemos de como está gasto e envelhecido. Nunca foi um homem bonito, mas podia ter melhorado um pouco.

Isto mostra o quão o sistema prisional português está bom e se recomenda, e é por isso que exijo que me ponham lá dentro. Acho que mereço um tempo de qualidade só para mim, o chamado "miminho".