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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

30
Mar22

Agora sim, vai ficar tudo bem


Pacotinhos de Noção

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E pronto, meus amigos. Agora é que a coisa se dá. Vai ficar tudo bem e vai entrar tudo nos eixos. Tomou hoje posse o "nosso" novo Governo. Lembro-vos que termos estado sem quem tão habilmente nos guiasse, levou a uma crise sem precedentes, não só aqui, mas também no Mundo. Estou em crer que se António Costa, e os seus compinchas, já estivessem no poder, o tipo que invadiu a Ucrânia ia pensar duas vezes.

Sim, eu sei que não temos o poderio militar dos E.U.A, a força económica de uma Alemanha, mas o facto é que o biltre, com focinho de Bull Terrier, invadiu o país vizinho quando Costa estava sem o fato-macaco vestido... Coincidência? Se calhar não.

A escalada dos preços dos combustíveis é provável que não pare. Não podemos imputar essa responsabilidade ao nosso tão querido Primeiro-Ministro porque não é ele que manda nos preços. A culpa é desta odiosa guerra que tudo encarece.

Dizem as más línguas, mas eu não acredito, que há muito oportunismo e que agora o conflito russo-ucraniano para tudo serve de desculpa. Que o combustível está caro por pagarmos cerca de 60% de impostos, que o óleo está caro porque aproveitam para dizer que a base da sua produção são cereais importados da Ucrânia, e que o vinho e o azeite, que até são de produção nacional, também encareceram, não por falta de matéria-prima, mas por haver o aumento dos combustíveis. Um litro de azeite que custava 2,80 €, agora custa 3,60 € porque o combustível aumentou e como cada garrafinha de azeite apanha o seu próprio UBER para chegar às prateleiras dos nossos supermercados, então teve que se fazer estes aumentos.

Existem as desculpas de mau pagador, mas aqui temos as desculpas de mau cobrador, que não havendo melhor justificação aproveitam logo aquela que está mais à mão. Até há bem pouco tempo era a pandemia, que tanto nos fustigou, agora isto. Muito resumidamente, é música que o nosso Primeiro toca e que vamos dançando ao ritmo que ele quer.

Neste magnífico novo Governo temos maioria de mulheres. É apenas mais uma do que em relação aos homens, mas como Medina é uma pequena amostra masculina, podemos concluir que o lado feminino ganha por uma ministra e meia.

O que muda isto em relação a outros Governos cuja maioria eram homens?

Para já mudam no que diz respeito à classificação. Dantes dizíamos "estes incompetentes" e agora passaremos a dizer mais frequentemente "estas incompetentes". Depois, e se forem todas tão sensíveis como a Marta Temido, vai ter que haver uma grande fatia do orçamento para lenços de papel. Se bem se recordam Marta Temido chora quando faz trampa, quando diz algo que depois afirma ter sido tirado do contexto, ou quando faz um qualquer discurso fajuto, carregadinho de marketing farsola. Vai ser uma choradeira que não acaba mais.

Gostaria de destacar a nova Ministra da Defesa, Helena Carreiras.

A sua ligação às Forças Armadas acontece porque escreveu alguns livros que abordam o assunto "Mulheres nas Forças Armadas".

Acho bem que tenha sido esse o critério, afinal de contas a Filipa Vacondeus também era apelidada de cozinheira sem nunca o ter sido mesmo, mas como escrevia muitos livros de culinária ganhou esse epíteto.

Pode ser que Helena Carreiras se inspire na cozinheira, tão conhecida pelo seu arroz com cordéis de chouriço, e também consiga fazer uns aproveitamentozinhos, com vista à renovação das nossas tropas.

Vamos aguardar, não quero estar a ser injusto e, como diria Sócrates, o grande Júlio Isidro de Costa, quero deixar o meu voto de confiança a este Governo... "Um voto de confiança de que cada um deles dará o seu melhor, por um país mais justo, por um país mais pobre... Perdão, por um país mais justo, mas também mais solidário." Estas gafes, pá.

20
Fev22

A D.Leonor foi despedida


Pacotinhos de Noção

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Imaginem então:

D.Leonor, 65 anos, trabalhou mais de 40 numa fábrica que agora fechou. A idade da reforma é 66 anos e 7 meses. 

Recebe subsídio de desemprego, direito que se lhe assiste tendo em consideração os anos trabalhados.

É obrigada a estar inscrita no IEFP, fazer prova de procura activa de trabalho e frequentar cursos de formação profissional, sob pena de que caso não o faça perde o seu subsídio.

Isto não é ficção, são casos reais que acontecem diariamente e que muitos de nós conhecemos.

Os Institutos de Emprego e Formação Profissional, deveriam ser órgãos de apoio à procura de primeiro emprego, formação adequada e procura de novo emprego, mas não o são.

Os IEFP deste país, funcionam apenas como meios fiscalizadores e até dissuasores, com o intuito de fazer com que se falhe uma qualquer reunião, que a pessoa se recuse a fazer uma formação proposta disparatada, ou que não aceite um trabalho que nada tem que ver com a sua área profissional, e que ainda por cima será extremamente mal pago.

No caso específico da D.Leonor, e de tantos como ela, é desumano que depois de uma longa vida de trabalho, seja-lhe dito que para receber um subsídio, seu por direito, tenha que continuar a procurar trabalho, mesmo que seja em algo completamente diferente daquilo em que sempre trabalhou, ou que tenha que frequentar um curso de Animador Sócio-Cultural, ao invés de fazerem como de fossemos um país de primeiro mundo, tendo em consideração que faltando tão pouco tempo para a D.Leonor atingir a idade da reforma, que, se quiser pode procurar algo, ou então aguardar até ser reformada. Posso dar o exemplo dos Países Baixos, em que sei que isto acontece, até porque a minha sogra viu-se nesta mesma situação.

Já nos tempos idos, do nosso mui amável e saudoso Eng.José Sócrates, se engendrara um plano deste tipo. Era o chamado programa Novas Oportunidades, em que o intuito era exactamente igual ao de agora.

E perguntam-me vocês muito amofinados:

"Então, mas o que o Governo ganha com isto?"

Ganha duplamente. Se a D.Leonor os mandar dar uma grande volta, deixa de estar inscrita no Centro de Emprego, baixando assim os números de desempregados do país, dando s entender que foi criado emprego, e não foi, e ganham também menos um subsídio de desemprego que têm que pagar, porque se a D.Leonor se recusar a fazer a formação proposta, essa é logo a mais rápida consequência.

Formação obrigatória a pessoa acima de 60 anos é violência. Não que as pessoas não tenham capacidade de aprendizagem, mas, porque são pessoas que JÁ PASSARAM UMA VIDA A TRABALHAR.

Imaginem que até há uma proposta de trabalho semelhante à função que a D.Leonor desempenhava, e que precisam dela. Pois muito bem, julgo que sim, que a D.Leonor deve ocupar aquele cargo e trabalhar até à reforma, cuja idade é estupidamente alta, aliás, mas só se a proposta for completamente adequada ao perfil da senhora.

Mas como já disse isto é apenas mais uma forma encapotada de total desprezo e desrespeito pelo cidadão comum, e trabalhador que, na verdade, é aquele que sustenta esta máquina ferrugenta e balofa que é o Estado. 

Pergunto, mas de que estou eu a queixar-me? Neste microcosmos que é a minha página, estatisticamente mais de metade das pessoas votaram PS, por isso não há que reclamar. Eles são uma trampa e cheiram mal, mas fomos "nós" (entre aspas porque nós é muita gente, e eu incluo-me fora disso) que decidimos continuar a comer com eles, servidos numa travessa de porcelana caríssima, porcelana essa paga por nós.

06
Ago21

Foram Cardos, Voltem as prosas... Jornalísticas


Pacotinhos de Noção

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Para os mais novos que não conhecem, para os mais velhos que já esqueceram e para os que são simplesmente desmemoriados, a senhora da foto é Manuela Moura Guedes.

As primeiras imagens que me recordo dela são como locutora de continuidade e como cantora com o seu, "Foram Cardos, Foram Prosas".

Como locutora não estava mal, como cantora não estava bem.

Mais tarde passou a apresentar o Telejornal na RTP, e depois o Jornal das 9, na RTP2.

Teve na RTP um programa que eu via com apetite era ainda miúdo. "Raios e Coriscos" era o seu nome e Manuela partilhava a mesa com Miguel Esteves Cardoso e Catarina Portas.

Anos passaram e foi para a informação na TVI, e é aqui que alcança maior visibilidade.

Foi acusada de sensacionalismo, principalmente pela classe política e por colegas jornalistas. Colegas esses que muito provavelmente ainda trabalham no meio, participando em blocos de informação que perdem 10, 20 ou 30 minutos a destacar o Festival do Caracol de Castro Marim. Isso sim é informação.

É verdade que Manuela Moura Guedes tem um estilo peculiar, mas recordo que se agarrou ao caso de Sócrates como um cão a um osso e só o largou quando foi obrigada. Quando os amigos Socretinos, trataram de retirar a jornalista e o Jornal Nacional do ar. Foi um alívio para a classe política e até mesmo para a classe jornalistica, pois havia alguém a fazer jornalismo a sério e isso é coisa para dar trabalho e até trazer problemas. Decidiram antes colocar Joanas Latinos a dizer baboseiras e jornalistas, que já pareceram sérios, a fazer danças ridículas no programa da manhã da TVI, que se queria, pelo menos um pouco, noticioso.

Mas a verdadeira informação é muito incómoda. A questão não é o lucro, porque informação vende, e quando o público percebe que há ali trabalho de casa, vende bem, mas há outros lucros mais elevados que acontecem por detrás do pano e que justificam fulminar a profissão de uma jornalista.

Tenho que dar a mão à palmatória e dizer que Manuela Moura Guedes faz falta no actual jornalismo português. Faz falta ela e todos aqueles que não se verguem aos grandes grupos empresariais que controlam as televisões e que pretendem também controlar a população, e que infelizmente vão conseguindo. Aquela velha máxima de outros tempos, e que é atribuida aos romanos, vai fazendo sentido. A máxima de pão e circo para a plebe, para que assim fiquem entretidos e não incomodem. Se o pão e o circo forem então transmitidos em horários e em blocos noticiosos, que a população acredita serem sérios, está, a missão de estúpidificação de massas, a caminhar de forma galopante.

Deixo aqui um desafio.

Não às generalistas, que sei que não têm coragem, mas ao director da CMTV. Desafio que coloquem a Manuela Moura Guedes no ar. Seria uma enorme aquisição.

Outro gesto que me agradou na jornalista foi quando abandonou o programa "Barca do Inferno" que era moderado pelo Nilton que curiosamente até fazia um belo trabalho, mas que pecou quando demonstrou claramente que entre Manuela Moura Guedes e as outras três peruas, preferia as peruas. É natural, elas respeitavam mais o alinhamento encomendado.

Em relação ao retorno de Manuela Moura Guedes ao jornalismo, embora gostasse muito, não acredito que aconteça. Hoje em dia falta coragem à informação.

 

20
Jul21

Sei quem foi mas não me acuso


Pacotinhos de Noção

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Agora foi o Ministro do Ambiente e Transições Energéticas, João Pedro Matos Fernandes, que foi tramado pelo seu motorista. Então não é que o raça do homem se pôs a "voar" a 160 km/h numa nacional onde o limite é 90, e a 210 numa auto-estrada em que o limite é "até bateres num trabalhador"!

O Ministro já prestou declarações afirmando que nem deu por isso mas que não se preocupem porque o culpado, que não é ele, já levou um puxão de orelhas. O culpado obviamente que é o motorista.

Não é o mesmo motorista do Cabrita, esse deve estar a tentar atropelar jardineiros sem o conhecimento do patrão, mas começo a ficar preocupado com este padrão.

Sócrates foi tramado pelo motorista que andava a transportar malas de dinheiro para o estrangeiro, sem o seu conhecimento.

Cabrita foi tramado pelo seu motorista que acelerou que nem um louco, por sua livre e espontânea vontade, acabando por atropelar um tipo que teve o topete de vir a falecer.

Matos Fernandes foi tramado pelo seu motorista que sofre do mesmo mal do motorista de Cabrita, mas sem a parte do atropelamento, mas porque não calhou.

Então e qual o ponto comum nestes três casos?

Os mais distraídos cairão no erro de dizer que o ponto comum é o facto de serem motoristas a tentar tramar pessoas de bem, mas como anteriormente disse, estão distraídos. Não são pessoas de bem, eram o Sócrates, o Cabrita e o Matos Fernandes. Indivíduos sem espinha dorsal, sem respeito por nada nem ninguém e que têm imensa dificuldade em assumir seja o que for.

Sócrates e Matos Fernandes sei que têm filhos, Cabrita desconheço, mas admitamos que até tem... Assumem-nos como seus ou colocam também as responsabilidades nos motoristas? Parece uma pergunta descabida, mas já estou por tudo.

Os governos PS são sempre vítimas das circunstâncias. Tudo que de mau lhes acontece, acaba por ter sempre um culpado comum que é o "Não fomos nós".

Culpados da queda da Ponte de Entre-os-Rios?

Governo PS - Não fomos nós

Culpados da chegada do FMI "Troika" a Portugal em 1977, 1983 e 2011?

Governos PS - Não fomos nós

Culpados do buraco financeiro criado pelo BES?

Governo PS - Não fomos nós

Culpados dos incêndios de Pedrógão em 2017 e do grande incêndio de Outubro, também em 2017, totalizando 111 mortos?

Governo PS - Não fomos nós

Culpado da recuperação económica de Portugal, que se deu em 2016, depois de entre 2011 e 2015 se terem feitos cortes de salários, congelamento de pensões, aumentos de impostos?

Governo PS - Não fomos nós... Quer dizer, a parte da recuperação económica fomos nós, o resto não... Foi o Passos Coelho.

Aquilo que com o passar dos anos, em que vamos tendo governos PS verifico é que sendo um governo socialista, demonstra uma falta de respeito pela sociedade e pelo ser humano em geral. Somos tratados como números e algo de descartável.

Economicamente a época de Passos Coelho foi dura. Na verdade foi duríssima, mas agora quando a factura dos confinamentos surgir, é que vamos conseguir perceber o que é um verdadeiro lobo com pele de cordeiro e ainda vamos ter muitas saudades do Passos Coelho, que nos salvou de um Sócrates mas que não sei se salvará de um Costa.

Voltando à questão dos motoristas, penso que se devia tentar desmantelar esta rede obscura de motoristas que tentam descredibilizar Ministros do Governo PS. Está mais que visto que é uma cabala e não me admirava nada que o outro tipo em Espanha e o de Reguengos de Monsaraz, que se atiraram para cima das esplanadas, sejam agentes motoristas dessa dita rede.

Importa saber se no banco de trás dos carros destes tipos vinha algum ministro, a passar pelas brasas.