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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

03
Abr23

Alexandre - O Grande (idiota)


Pacotinhos de Noção

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Quem me lê sabe que não suporto a Cristina Ferreira. Já escrevi acerca da pessoa várias vezes, e sobre os mais variados temas, mas nenhum deles foi o seu aspecto físico. Posso até dizer que a Lady Di da Malveira é uma parola a vestir, e que o seu registo constante de gritaria é cansativo e abimbalhado, mas estas são características da prova do seu mau gosto, ou da sua franca necessidade de sempre se fazer sentir, e pronto, ficamos por aqui…

A Maria Botelho Moniz nem nunca foi mencionada nos meus textos.

Como apresentadora do Curto Circuito achei que não se enquadrava, como comentadora da Passadeira Vermelha, parecia-me justa e ponderada, como apresentadora de programas de “day time” devo admitir que não faço ideia porque não vi um único episódio do programa que ela apresenta. Posso dizer que vi, há já uns anos, a sua entrevista ao Daniel Oliveira no Alta Definição, e nela a apresentadora colocava as cartas todas na mesa. Como sofria ainda pela morte repentina do noivo, como vivia os seus medos e como lutava constantemente contra o seu peso.

Gostaria só de voltar a referir que não tenho, por hábito, classificar as pessoas pela sua aparência física, mas aqui abrirei uma exceção.

Alexandre Pais.

Jornalista há quase 60 anos, é um velho porco, careca e cheio de rugas, que faz lembrar uma ameixa seca e sem sabor. Dada a sua provecta idade há-de ter os testículos a baterem-lhe nos tornozelos, utilizando a pele dos mesmos, para melhor se cobrir nas noites frias de inverno.

Faz questão de colocar na sua biografia que é pai da jornalista Teresa Pais, infelizmente já falecida. Haverá de o ter feito em jeito de homenagem, é compreensível, mas Teresa, mesmo não estando já no mundo dos vivos, é a prova de que o seu pai nem sempre olha para o seu umbigo, quando escreve as suas crónicas.

No seu último texto, Alexandre, coloca no foco Maria Botelho Moniz, criticando-a por, naquilo que é a sua interpretação, a apresentadora ter falta de cuidado na sua aparência, quer naquilo que veste, quer no peso que tem.

Quanto à roupa não tenho nada a dizer. As figuras públicas estão mais que habituadas a que a sua forma de vestir seja alvo de escrutínio, havendo até passadeiras vermelhas para mostrar os trapos que envergam, em determinada ocasião. Quanto aos quilinhos a mais, pergunto?

Maria Botelho Moniz participará nalgum triatlo, nos Jogos Olímpicos ou nos Jogos Sem Fronteiras?

A sua capacidade como apresentadora fica limitada, caso tenha peso a mais?

Alexandre Pais tem conhecimento que actualmente já existem implantes capilares?

Teresa Pais, a filha falecida do cronista, sofrendo de um claro caso de obesidade (basta ir ao site de Alexandre Pais e observar as fotos de família) tinha constantemente no seu progenitor um crítico do seu peso ou pelo contrário, “em casa de ferreiro, espeto de pau”?

Para arrematar a crítica a Maria Botelho Moniz, Pais sugere que o desleixo da apresentadora pode ter ido buscar fonte inspiracional a Cristina Ferreira, pois, ao que parece, também ela é desleixada por não frequentar ginásios, ficando assim com os seus braços flácidos…

Alexandre, Alexandre, a palavra flácido não me reporta aos braços da Cristina Ferreira. Reporta-me antes a uma sua parte pudibunda, que certamente apresenta uma flacidez fora de série, o que o deixa revoltado, tendo assim que atacar o corpo de duas mulheres que trabalham, que vêm o seu trabalho bastante mais reconhecido do que o seu, gostemos de como o fazem, ou não.

Li alguns textos de resposta à crónica deste idiota, e devo dizer que não concordo com aquilo que grande parte defende, e que é a dúvida de que se Alexandre diria o mesmo acerca do Fernando Mendes, por exemplo. Tentaram transformar isto numa luta feminista e vilipendiam todos os homens, como se fosse um dado adquirido que TODOS têm este tipo de opinião. Pois que não posso falar por todo um género masculino, mas daquilo que me vou apercebendo, Alexandre Pais há-de ter escrito este texto mais a pensar num público feminino do que num masculino, porque a grande parte dos homens ligam tanto a isso como ao tampo da sanita colocado para baixo. As mulheres são as primeiras a criticar o corpo umas das outras, às vezes da forma mais dissimulada possível, mas que é rapidamente identificada pelas outras mulheres porque, no final das contas, também elas fazem o mesmo.

Cristina Ferreira já reagiu, dizendo que ainda não sabe se agirá judicialmente contra Alexandre Pais. Ultimamente a Tininha das bifanas tem tido laivos de ditadora. Já numa entrevista com Goucha, defendeu que quem a criticava deveria ser alvo de processos judiciais, o que é, no mínimo, ridículo, pois todos temos o direito a exprimir a nossa opinião, por mais estúpida, idiota, fútil e vazia que possa ser. Depois há é que saber viver com os estilhaços da porcaria que se escreveu.

Para terminar queria também pedir para terem um bocadinho de calma com este velho porco, que avalia as apresentadoras pelo tipo de corpo que apresentam… Peço calma, pois ele até pode nem saber bem a porcaria que fez… É que grande parte da sua carreira foi feita em jornais desportivos, e se é para ser preconceituoso, eu aproveito e sou com ele, afirmando que jornalistas desportivos, nem são bem jornalistas…

20
Fev23

"Ca" gala maravilhosa


Pacotinhos de Noção

 

Vergonha alheia não chega a ser uma definição boa o suficiente para o que estou a sentir.

Uma vez que a TVI começou como canal religioso, não me importava que fosse como Jesus Cristo, e que não passasse dos 33 😁

Espero que paguem bem o suficiente a quem para ali vai fazer figuras tristes.

04
Jul22

Tanto talento, e nenhum na TV


Pacotinhos de Noção

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Acabaram hoje os Ídolos... Finalmente.

O "Uma Canção para ti ainda não acabou... Infelizmente.

Para começar, e justificar a imagem que emoldura o texto, gostaria de referir que a maneira como os apresentadores, e até dos júris, são vestidos, define bem estes programas. Uma parolada. Joana Marques, o Elvis manda dizer que quer a roupa de volta.

Não aprecio especialmente estes "talent show" mas também não penso que devem deixar de existir. Defini-los como "talent show", quando o talento é algo que por ali não passa, é que já me parece demasiado.

Portugal é um país pequenino, é natural que não consiga produzir um Paul Potts ou uma Susan Boyle, mas a verdade é que mesmo que aparecesse alguém do mesmo género destes dois, dificilmente iriam ganhar, porque não teriam "star quality", e porque não se encaixam no estilo "pop" que a parolice portuguesa tanto procura.

Os Ídolos já tiveram várias temporadas, Nuno Norte, Sérgio Lucas, Filipe Pinto, Sandra Pereira, Diogo Piçarra e João Couto foram os anteriores vencedores. Fora Diogo Piçarra, nenhum dos outros alcançou uma carreira de sucesso.

Existem alguns participantes que ficaram conhecidos, como a Luciana Abreu, Salvador Sobral ou a Carolina Torres. Tudo pessoas que, me parece, ficam a dever tanto para o mundo da música, como para a sanidade mental, ou educação, como recentemente Carolina Torres mostrou, ao abandonar, de forma prematura, o palco dos Ídolos, para o qual foi convidada. Quem vier com o argumento de que o Salvador Sobral ganhou a Eurovisão, chamo só a atenção de que este ano ganhou a Ucrânia, porque está em guerra, não tem nada que ver com música, já ganhou uma mulher barbuda, ou um barbudo vestido de mulher, e uma tipa vestida de galinha, só por ser israelita.

Voltando, e terminando o assunto "Ídolos", gostaria só de sublinhar que os jurados perdem toda e qualquer credibilidade, quando no lote de finalistas existem vozes paupérrimas, mas ainda assim todos os júris se desfazem em elogios. Posso apenas ser eu que sou duro de ouvido, mas há casos bastante evidentes de participantes que nem em karaokes se safariam.

O caso do "Uma Canção para ti" já é diferente.

A qualidade continua a ser nula, os jurados são 50% de elementos que não percebem nada de música, por muito que o Manuel Luís Goucha defenda a Rita Pereira, arranjando justificação para o facto de ela ali estar, e acho também uma certa piada que elementos do PAN façam burburinho pela exploração de animais para entretenimento popular, mas que não façam chegar nenhuma queixa junto das autoridades, pelo facto de às 00:30 haver miúdos nas cantorias da TVI. Apenas falo nisto devido à falta de coerência, e porque de facto a TVI ganha bom dinheiro com o uso destas crianças. Isto só acontece porque há imensas pessoas a assistir ao programa, pessoas que elevam a voz para reclamar o direito de tudo e mais um pouco, mas ver os meninos a cantar, até tão tarde, dá-lhes alegria.

Sinceramente falando, faz-me confusão a mim? Sim, faz alguma. Nem tanto pelos miúdos ou pelo programa, porque os miúdos até se deverão estar a divertir, e o programa cumpre a sua função que é a de tentar entreter as pessoas em casa, mas não tiro da cabeça que por detrás de cada uma daquelas crianças poderão estar uns pais, para quem faz sentido que os filhos fiquem a cantar até de madrugada, apenas porque assim podem vir a ter uma carreira... Não sei porquê, mas só me consigo lembrar dos pais do Saúl Ricardo.

Só mais uma pequena curiosidade, que reparei agora, enquanto acabo este texto.

A SIC está a transmitir o concerto da Anitta, no Rock in Rio, o que confirma que saber cantar não é o critério por eles escolhido, para hoje aparecer na televisão.

24
Abr22

Pensava que foi um sonho mau


Pacotinhos de Noção

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Não falei deste assunto durante a semana porque o que de facto aconteceu foi o seguinte. No Sábado passado adormeci em frente à televisão, e então tive um sonho horrível, que passarei a contar...

Era um estúdio escuro, com a Pipoca mais Doce e o Gilmário Vemba, a tentarem apresentar algo parecido com um programa de humor, mas de forma muito atabalhoada. Chamavam dois convidados que debitavam depois piadas escritas por miúdos de uma qualquer escola C+S, em que a coisa mais engraçada seria algo como "És cocó!" ou um "Avisa a tua mãe que me esqueci das cuecas na mesinha de cabeceira".

Depois havia 3 jurados. Um árbitro com um cabelo ridículo, uma tipa que julga que o abecedário são só as vogais, e metade d"Os Homens da Luta". Aquele que luta para manter a cabeça à tona no mundo do audiovisual.

Sofri muito, até suores frios tive, mas depois fui dormir, acordei e troquei os lençóis por ter molhado a cama, tal foi o medo que tive deste sonho macabro.

Eis senão quando, hoje mudo para a TVI e verifico que afinal aquilo não foi apenas um sonho mau. Aconteceu mesmo e hoje tornou a ir para o ar esta xaropada do Betclic Mano a Mano. Nada mais a propósito ser uma empresa de apostas a patrocinar, porque eu apostava que isto não vai conseguir transmitir todos os programas que tencionavam gravar... É que é tudo péssimo, claramente mau. Insistir neste erro é como um tipo que quer martelar um prego, mas sofre de astigmatismo, martelando assim sempre o dedo. Ele sabe que o desfecho é sempre o mesmo, não tem como fugir, mas ainda assim vai martelar de novo.

Algo que se pode fazer com este Betclic Mano a Mano, é compará-lo aquele tio inconveniente, que foi a uma festa de malta mais nova, e em que decide dançar e ser o centro da festa. Não tem ritmo, não tem piada e teríamos ficado bem mais felizes se não tivesse vindo.

Não sei quem foi a mente iluminada que decidiu o parto deste programa, mas nasceu cheio de problemas, e pau que nasce torto...

13
Abr22

Da Marie, corri


Pacotinhos de Noção

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Há uns tempos saiu da casa do Big Brother uma miúda que me fazia lembrar a boneca Emília, do Sítio do Pica Pau Amarelo.

Não sei se era boa ou má concorrente porque não tenho seguido o programa. Comecei por ver a primeira edição, com o Bruno de Carvalho, mas cansei-me rápido. Esta segunda não tenho acompanhado de todo, mas não vivo debaixo de uma pedra, e como tal vou ficando a saber de uma ou outra polémica, de um ou outro assunto.

Ao que parece esta excêntrica menina não fazia a depilação, vestia umas roupas esquisitas, tinha um estilo próprio, e como tal já era quase um ícone.

Depois que saiu foi quando "vi" mais barulho. Afirmavam ser uma pena ter saído porque era uma pessoa genuína, que mostrava aos jovens que não faz mal ser diferente. E não faz, mas vamos por partes.

Andaram as mulheres anos a fio a chatear a cabeça aos homens, de que pareciam uns macacos peludos e que tinham que resolver o assunto. Agora que grande parte deles, entre idas ao ginásio e batidos de proteínas, fazem a sua depilaçãozita total, parecendo depois autênticos Nenucos musculados, o mulherio decide que afinal o que está bem é deixar crescer as pilosidades.

Nada contra ou a favor, cada um, deixa crescer os pêlos que quiser. 

Eu pessoalmente não gosto de ver uma mulher cheia de pêlos, e dizendo isto posso ser acusado de masculinidade tóxica quando, curiosamente, se uma mulher afirma não gostar de um homem de bigode, o facto será apenas catalogado como "uma questão de gosto".

Em relação às roupas que a menina veste, não se iludam. Seria original se aquilo fosse ideia dela, mas, na verdade, existe uma marca que a veste e, pasmem-se, não é nada barata. O Carnaval já passou, mas caso tenham interesse então é visitar a loja "A outra face da Lua".

Estarei agora a ser mauzinho? Se calhar, mas não mais que todos aqueles que criticam o José Castelo Branco, por também ser uma pessoa excêntrica. Coerência, meus caros, coerência.

Valter Hugo Mãe, um dos supostos pensadores da actualidade, também se deixou levar por esta rede de marketing da coitadinha que é diferente e ostracizada, devendo assim servir de exemplo para uma geração. No seu texto, "A Marie da Estela", publicado no Notícias Magazine, afirma que Marie é necessária por fugir ao estilo padronizado que se tem reproduzido graças às redes sociais, imputando maiores responsabilidades ao Tik Tok, ignorando assim que Marie é precisamente um produto Tik Tok e YouTube.

Marie não é diferente de tantos outros que hoje em dia inundam essas mesmas redes, ganhando a vida como "influencers" e que, eles sim, pretendem padronizar toda uma geração, e até o estão a conseguir.

Perdendo alguns minutos, e vagueando pelas redes, encontramos vários exemplos de "Maries" que têm em comum vestirem-se de forma diferente, que acaba por ser igual, fazerem-se de burrinhas para haver a percepção de que são muito inocentes, e passar uma mensagem que parecendo que é diferente, não o é.

Para Marie e os seus seguidores era importante afirmar que uma mulher pode ser feliz deixando crescer os seus pêlos, e se existir alguém que queira difundir uma opinião diferente desta, é porque se curva perante uma sociedade supérflua e fútil, que apenas olha para o visual e não para o interior de cada um... Mas atenção, isto é uma contradição enorme. Marie é apenas visual. Marie não passou a sua mensagem envergando umas calças de ganga e uma t-shirt branca. Ela fez como os Caricas, amigos do Panda, que para chamar a atenção da pequenada usam cores espampanantes, mas aqui as crianças já são um bocadinho maiores e deveriam perceber quando são feitos de tolos.

Na essência não sei se a ex-concorrente do Big Brother é ou não boa pessoa, e não é isso que vem ao caso, aquilo que interessa perceber é que de burra não tem nada. Criou uma personagem, que no Tik Tok e YouTube é apenas mais uma, contudo teve a sorte, e também mérito, de ser chamada para um programa que atinge um público alvo em que para eles Marie é novidade.

Que ganhos terá ela com isto? Recordo novamente que a menina é "influencer", vive dos seguidores das suas redes sociais.

Afirmo no título que "Da Marie, corri" por, primeiro ser uma boa alusão a Marie Curie, e depois porque destas criações de redes sociais fujo a sete pés. Sou alguém de miolo um pouco mole, completamente influenciável, e amanhã posso decidir deixar de me depilar e começar a usar brilhantes nos dentes, e numa rapariga jovem a coisa até passa despercebida, agora num homem feito, poderá apenas ser esquisito. Ou então não, e se me fizer de burrinho até posso angariar uma legião de fãs. É um caso a pensar.

Para terminar, e caso sintam mesmo muita necessidade de encontrar alguém diferente na casa do Big Brother, posso dar-vos dois exemplos.

Temos Marco Costa, que sendo um produto deste género de programas, e em que ninguém dava nada por ele, aproveitou a mediatização para evoluir naquilo com que sempre trabalhou, e hoje tem a sua rede de pastelarias, mostrando que o título de "bronco" que lhe imputavam, não é mais forte do que o título de "sucesso" que acaba por alcançar. Podemos gostar ou não do tipo, mas temos de dar-lhe valor.

E que dizer acerca de outro concorrente, o Chef Fernando Semedo, cuja história agora foi divulgada. Viveu na miséria, num bairro de lata com casas de paredes descascadas. Viu-se sozinho com os irmãos após ver a mãe ser presa e terem sido abandonados pelo pai. Era uma história que teria tudo para dar errado e os exemplos mostram-nos que normalmente dá, mas Fernando sentiu que a vida tinha algo mais para lhe dar e hoje não é o Nando que arruma carros ou que já passou pela esquadra... É o Chef Fernando. Parabéns por isso e que sirva de exemplo para muitos.

16
Fev22

Carta escancarada para Bruno de Carvalho


Pacotinhos de Noção

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Caro Bruno,

 

Após a carta aberta escrita por uma activista cuja maior actividade é fazer barulho no Instagram, a Francisca Magalhães Barros, da Carolina Deslandes e a Mariana Mortágua te apontarem o dedo sem qualquer tipo de vergonhas ou pudor, e a Pipoca Mais Doce e o Flávio Furtado terem tido o despautério de terem dado as suas opiniões como se fossem pagos para isso, resolvi escrever esta carta que mais que aberta é escancarada, pois, é um rascunho que não tem medo de ir contra a corrente daquilo que a maior parte da sociedade portuguesa teima hoje em afirmar, e que são os teus alegados crimes de abuso sobre a Liliana.

Tenho que admitir que te dirijo hoje esta minuta com um pouco mais de conhecimento de causa, não porque tenha andado para trás na box ou, porque tenha feito uma aprofundada pesquisa, mas sim por ouvir o Extremamente Desagradável, da Joana Marques, em que foi reunido um maravilhoso "Besta Off" dos grandes laivos de amor que foste tendo ao longo da tua estadia no programa.

Sendo assim aproveito para te pedir desculpa em nome da Carolina, da Mariana e de todos quem, injustamente, te acusaram de seres criminoso quando, afinal, eras apenas uma vítima.

Sim, eu sei que esta minha afirmação não será a mais agradável de se ler por aqueles que te querem mal, mas tenho certeza que todos concordarão comigo quando digo ser passível de acção criminal toda e qualquer pessoa que dê início a um relacionamento amoroso com um indivíduo que claramente padece de uma forte desvantagem mental. Aliás, esta discussão gerou-se toda à volta do assunto da violência doméstica quando, na verdade, se devia ter focado antes noutro assunto muito actual que é a falta de saúde mental.

E é com isto que estou preocupado Bruno. Preocupa-me muito a tua saúde mental, que ao que parece nunca foi muita, mas que está agora pelas ruas da amargura.

A tua saúde está doente, pinga do nariz e não tem lenços com que se assoar.

Um ponto que o demonstra é a fraca capacidade de discernimento em distinguir entre alguém que está apaixonado por ti e alguém que precisa de se aguentar dentro de um programa de televisão e que para isso aproveita o primeiro patego que lhe aparece para fazer de par romântico. Poderia tentar justificar que te deixaste engabelar por teres falta de amor-próprio, mas estaria a mentir, porque amor-próprio é algo que não te falta. Só isso justifica pensares que alguém, que cá fora tinha um relacionamento lésbico, com todas as lutas que isso significa e que hoje ainda se tem que travar na sociedade, para viver esse mesmo amor, ia deitar tudo cano abaixo só pelos teus lindos olhos e o teu magnífico romantismo, vomitado pela tua maviosa voz. É atitude de herói, tenho que reconhecer, herói esse que admito até que possas ser. Para mim tu és o Hulk. És verde, descontrolado e quando falas não se percebe nada... Uns calções roxos e podias até ir fazer parelha com os outros Vingadores.

Para terminar queria fazer menção a alguns "prints" que circulam pelas redes sociais, em que se lê o quão bem te defendes quando alguém te ataca de forma vil e despropositada. Vi aquele giríssimo da senhora que te aconselha a procurar ajuda psiquiatra e em que o meu querido Bruno, simpático, cortês e prestável como só tu sabes ser, perguntas à senhora qual o tamanho de dildo prefere que lhe dês, se o S, M ou L.

Ao ler isto fiquei com dúvidas nalgumas coisas. A primeira é porque é que tens uma colecção de dildos tão impressionante, e a segunda é porque é que omitiste o dildo XL e o XXL? Não estarás aqui a ser um pouco invejoso, ao querê-los só para ti?

E pronto, haveria muito mais para dizer, mas não tenho tempo.

Espero que leias esta carta com todo o amor e carinho com que a escrevi, e que ela te encontre bem, pelo menos fisicamente, porque mentalmente sabemos que a coisa já viu melhores dias.

Forte abraço e por este abraço não precisas de dizer que me amas.

13
Fev22

Maluco Tristeza


Pacotinhos de Noção

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Que era maluco já todos sabíamos, mas nos últimos dias têm chovido comentários e posts nas redes sociais, principalmente no Instagram, a afirmar que Bruno de Carvalho pratica violência doméstica para com a Liliana.

Para se conseguir mais umas quantas partilhas até se fazem cartas abertas ridículas para a TVI. E considero ridículas porquê?

Porque se realmente o tipo tem sido abusivo, e uma vez que o faz em televisão nacional, as meninas Carolina Deslandes e  Francisca Magalhães Barros (e sendo uma figura pública e a outra auto intitulada activista) a coisa certa que têm a fazer, em vez de cartas abertas bacocas e partilhas de vídeo que em nada adiantam, seria apresentarem uma queixa formal na esquadra mais próxima delas, contra Bruno de Carvalho. Afinal de contas violência doméstica é crime público.

Se querem saber a minha opinião digo-vos que é um comportamento abusivo, que a Liliana como mulher que se afirma como empoderada deveria fazer com que acabasse. Não estamos a falar de alguém que possa vir a ter repercussões, porque se há sítio onde pode mandar Bruno de Carvalho à fava, esse sítio será no próprio programa. Não lhe faltam testemunhas e até quem a proteja. Não é uma situação semelhante à de uma mulher que tenha que conviver entre quatro paredes só com o marido, sem ter ninguém que a ajude.

Mas às duas "activistas" sugiro esse passo.

Ajudam uma mulher, punem o agressor e ficam com o sentimento de dever cumprido...

Poderão é não conseguir tantos gostos, partilhas e serem trends.

03
Nov21

Cambada de "coninhas"


Pacotinhos de Noção

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Volto hoje a falar do Big Brother.

Este programa, por quase ninguém visto, continua de certa forma a dar audiências, e o que é um facto é que quando algo de mais marcante acontece todos ficamos a saber e acaba quase toda a gente também por comentar, porque sabemos que havemos de conseguir, nem que seja uma raspa no fundo do tacho do "sururu" que foi criado. É o meu caso aqui, que gosto de escrever mas também gosto que leiam o que escrevo, e por isso tento sempre estar em cima da onda da actualidade, e é também o caso do Bruno Nogueira, por exemplo, que também não gostando do formato, sabe disto que acabei de referir e acabou por se debruçar sobre o grave assunto do qual todos falam.

Mas será que foi assim tão grave?

Resumidamente conto-vos o que se passou.

Um concorrente afirmou ter tido já um contacto sexual com a namorada que fez na casa. Isto sem que ela se tenha apercebido, nem sequer consentido. Este foi o rastilho para que de repente estivéssemos no meio do incêndio de Roma, e o Nero que o ateou foi a própria produção. É fácil de perceber porquê. O formato vai ficando cada vez mais esgotado e há que aproveitar cada pisadela em ramo verde que um concorrente possa cometer. Desta forma podem ralhar, punir, causar polémica e burburinho chegando até a humilhar os concorrentes, mas não faz mal porque neste caso o "falem mal mas falem de mim" é o lema preferido e a exploração de situações que se possam tornar virais são aquilo que interessa. Prova disso mesmo foi a suposta queda do Eduardo Madeira para a piscina, no programa da Cristina Ferreira que, mesmo o Eduardo Madeira esforçando-se, deu para perceber como foi uma encenação muito mal executada.

Há uns anos uma boa desculpa, para quem via o Big Brother, era a de que viam como um fenómeno ou um estudo sociológico. Ninguém admitia que era porque gostava de assistir a um bate boca, cusquice ou peixeirada, ou até um ameaço de bofetada.

Nos dias de hoje esse fenómeno ou estudo sociológico continua a ser muito válido. De facto passou até a ter o dobro da validade, porque fazemos o estudo sociológico dos concorrentes que estão dentro da casa e fazemos o mesmo estudo do público que os segue.

As conclusões que se poderá tirar do estudo são que no primeiro Big Brother tínhamos concorrentes com o 9ºano, o 12º e homens da tropa. Chateavam-se, davam até pontapés uns nos outros mas dava perceber que eram na sua essência genuínos e que nem sabiam bem ao que iam. Agora temos na sua maioria licenciados, mas que pouco ou nada trabalharam, não fazem ideia de como se faz seja aquilo que for (achava piada pedirem-lhes para construir um galinheiro como fizeram com o Zé Maria) e têm a capacidade de argumentação de um maple do IKEA.

Capacidade de argumentação que poderia ter sido útil ao concorrente visado nesta polémica porque fui ver as imagens e aquilo que vi foi apenas uma piada, uma brincadeira.

A única pessoa que vi defender este ponto de vista, sem medo de colocar todos os pontos nos i's, foi o Flávio Furtado, que trabalhando até dentro do formato, não teve pudores de dizer aquilo que realmente pensa, não se vergando ao peso das audiências e das redes sociais.

Só quem esteja de má-fé, ou que queira muito pontos de audiência de forma muito badalhoca, é que pode agarrar neste contexto e dizer que o que se passou é uma vergonha, um crime, um abuso do homem pela mulher...

Tudo isto é demagogia barata. Aquela mesma demagogia utilizada pelo CHEGA e que supostamente tanto asco causa a tanta gente mas que afinal de contas até é bastante simples de usar, apenas e só porque a hipocrisia é a nota dominante.

O que nos leva ao estudo sociológico do "públicuzinho".

Estão todos transformados numa cambada de coninhas. Hoje em dia não se pode brincar com isto ou com aquilo, é uma ofensa, estão na televisão e têm que dar o exemplo... Deixem-se de tretas.

Pode-se e deve-se brincar com tudo. Não há limites para o humor. Há é os limitados sem humor, mas isso já é problema deles, por isso deixem-se ficar desse lado do monitor e vomitem as opiniões que quiserem mas pensem primeiro se valerá mesmo a pena. É que ao criarem essas opiniões pré-fabricadas vão apenas ser mais um bode naquele rebanho que tanto desdenham e ao qual imputam a pertença de indivíduos que pensam de maneira diferente da vossa, sem perceberem que por pensarem de maneira diferente de vós estão a demonstrar que afinal do rebanho não conhecem nem o pastor.

Ser uma ofensa é outro problema do receptor da mensagem que o programa possa passar. Quando alguém se vira para vocês e diz "És uma trampa", isso sim é uma ofensa, mas sentirem-se ofendidos por algo que passa na televisão é o mesmo que sentiam os inquisidores para justificar a queima das bruxas e das adúlteras, e a PIDE, para justificar o uso desenfreado do lápis azul. E felizmente, nos dias de hoje, mesmo que queiram usar o lápis azul, eu tenho a liberdade de sugerir que enfiem o lápis azul num sítio onde o sol não brilha, porque já não há pachorra para estes inquisidores de redes sociais, que não tiram os seus rabos suados da frente dos computadores e cuja coisa mais próxima de actividade física que praticam é vestir o fato de treino surrado que lhes serve de pijama, dia após dia, sem sequer lavar.

Querer também que a televisão sirva de exemplo é, mais uma vez, demitirem-se de toda e qualquer responsabilidade que têm para com a sociedade. A televisão é entretenimento e nela poderá, e deverá até, vir incluída cultura, regras de convivência e de cidadania... Mas poderá não vir, e se não vier o exemplo que os vossos filhos, caso tenham, devem seguir não é nunca o da televisão, é o exemplo dos pais, e o exemplo que eles vão seguir é o de alguém que, vivendo num país próximo da bancarrota, em que tudo aumenta, com um SNS deficitário (ao contrário do que nos querem fazer crer) e com políticos e governantes que mostram que a corrupção vai sendo a norma e não a excepção, se vai indignar com aquilo que um idiota que se fechou numa casa com outros 15 idiotas, para ser filmado para ser visto por algumas centenas de milhares de idiotas, disse. Belo exemplo para os garotos, sim senhor.

Para terminar, e fazendo também a minha análise sociológica, elaborando uma teoria rebuscada, a ideia que me dá é que a época em que vivemos está de barriguinha cheia.

Depois das Guerras Mundiais, as sociedades levaram o seu tempo para se restruturarem novamente, quer economicamente quer em valores morais e em convivência na sociedade. Como passaram por momentos traumáticos e como tinham mais em que pensar, os assuntos considerados menores nem sequer eram abordados. Só se perdia tempo com o que era essencial. Aqui tivemos uma ditadura e a Guerra do Ultramar e depois uma revolução que nos deu a liberdade, mas que nos tempos iniciais andou ali aos soluços e que sofria com várias instabilidades. Os anos foram passando e hoje somos filhos e somos netos de uma revolução, de uma ditadura e de guerras que vão ficando cada vez mais distantes e esquecidas. Isto leva-nos a um vazio de ideais e de convicções que sejam realmente importantes, o que nos leva também a que sejamos uns palonços que poderiam até tentar lutar contra algo maior que eles e que poderia levar a mudanças, mas ser-se inoperante já está tão vincado e passou a ser tão confortável que as lutas que se escolhe são aquelas que se apanham na televisão ou nas redes sociais e que não exijam grande coisa de nós, além de mandar uns bitaites como, por exemplo, acabei eu de fazer por aqui.