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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

08
Jan23

Ninguém teve que morrer


Pacotinhos de Noção

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Estreou neste Sábado a segunda temporada do programa do Bruno Nogueira, TABU.

Para quem não conhece, não é apenas um programa de humor. É um programa de humor que nos leva a conhecer, a pensar, a entender e a perceber, vidas e situações que nos serão sempre desconhecidas ou pelas quais ainda não passámos.

Fazer rir com assuntos como as deficiências físicas, as doenças incuráveis, dependências, obesidade ou doenças mentais (temas abordados na primeira temporada) só seria possível, e até podemos dizê-lo, permitido, a alguém como Bruno Nogueira, que não se coíbe de fazer as suas piadas, mas não sem antes ter passado quatro dias com os visados, criando assim uma cumplicidade e uma simpatia que depois permite que todos se riam com o que o Bruno diz, e dos problemas dos quais padecem.

Tendo gostado bastante dos episódios da primeira temporada, devo dizer que tenho no meu preferido este primeiro episódio da segunda. Tivemos um Bruno Nogueira solto e divertido, que colocou os participantes à vontade e que, dá ideia, conseguiu com eles criar um ambiente de cumplicidade.

Desta feita o tema foi a velhice, mas a idade não se fez sentir, pois o programa correu sobre rodas.

Como nos bons perfumes, o frasco deste programa é também de tamanho reduzido. Teremos mais uma vez uma temporada de 5 programas que, estou em crer, nos saberão a pouco, mas se há coisa com a qual Bruno Nogueira sempre soube jogar, foi com as suas aparições fugazes, para conseguir fazer com que o público não se canse de si.

Não se pode dizer que tenha sido uma aposta ganha por parte da SIC, porque aposta implica sempre algum risco, e TABU já havia sido testado, com resultados bem positivos.

Bruno Nogueira, durante o programa, sugeriu que um dos convidados morresse antes da estreia do mesmo, para conseguir assim bons níveis de audiências. Não sei como ficaram os níveis de audiência, mas acredito que tenham sido bastante bons, e no final das contas, ninguém teve que morrer.

23
Set22

Idosa vítima do "Não há"


Pacotinhos de Noção

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Todos terão conhecimento do caso da velhota filmada num lar, coberta de formigas. Aquilo de que ainda não se falou foi da verdadeira razão para isto acontecer e porque morreu a senhora.

Primeiro que tudo a senhora morreu devido à sua já provecta idade, e consequência também, de todos os problemas de saúde que a afectavam, e que poderão ter sido agravados pelas condições em que esta senhora se encontrava.

Segundo devo dizer que Florinda Queiroz foi vítima do "Não há".

Todos conhecem o "Não há", que tem sido longamente debatido nos programa de análise política, e até nos de economia.

Não há médicos, não há enfermeiros, não há varredores de rua, não há dinheiro. Não há vergonha na cara, não há oposição, não há professores e também não há água.

Estes são alguns dos "não há" que podemos imputar ao Governo, aos políticos e a todos que não o cidadão comum. Os "Não há" que foram servindo de pregos no caixão da D.Florinda não parecem tão graves, mas foram-lhe fatais.

Não há, por parte da Santa Casa da Misericórdia, vergonha por terem lares com esta falta de condições. Não há supervisores na instituição que façam vistorias para que a situação não chegue nem perto deste ponto. Na Segurança Social também não há técnicos/inspectores que visitem os lares da SCM ou mesmo os da própria Segurança Social. Relembro que há poucas semanas foi encerrado um lar, cheio de condições e com utentes satisfeitos, mas que burocraticamente, tinha uma série de papéis em falta. Não há noção.

Aquilo que também não há é a honra, a empatia, o cuidado para com o próximo e dignidade. Aqui refiro-me a quem fez estas gravações, e que mais tarde as divulgou.

A princípio teve um gesto correcto e sensato, mas se há coisa que aqui não há são estúpidos nem otários, e tal como em quase todos os vídeos de denúncia de lares, eles só são divulgados depois da colaboradora que os fez, já ter sido demitida, ou não ter visto o seu contrato renovado. Soa a vingança, a mesquinhez. Se tivesse continuado a lá trabalhar, já não divulgaria os vídeos?

Estas gravações foram feitas a 12 de Junho... Estamos no finalzinho de Setembro.

Como esta ex-funcionária conseguiu, dia após dia, encostar a cabeça no travesseiro e dormir, sabendo que no lar onde trabalha estava, pelo menos, uma idosa a ser calmamente devorada por formigas. Deixa-me também um pouco apreensivo em como é que não houve uma rápida necessidade de limpar e ajudar aquela senhora. Teve muito mais impacto a gravação das formigas, e do carreirinho que faziam. A verdade é que a 24 de Julho a D.Florinda morreu, e só a 8 de Setembro a Segurança Social, e a GNR, visitaram o lar, pouco tempo depois da denúncia.

Quem divulgou o vídeo que não julgue que teve um acto herói. Da maneira como fez as coisas prova que aqui não há heróis, há apenas cúmplices.

Para acabar queria falar no facto de que não há amor.

Então durante todo o tempo que a senhora esteve neste lar a sofrer, não houve um familiar que lhe fosse fazer uma visita, constatando as precárias condições em que a senhora se encontrava? Que raio de pessoas são estas que despejam os velhos em lares e não mais querem saber deles.

Em abono da verdade, o Cro-Magnon, filho da D.Florinda, já falou para a CMTV, muito indignado, dizendo que na visita que fez à sua mãe, a 12 de Junho, viu que ela tinha formigas no braço e nos ouvidos, que se dirigiu a "alguém" e que questionou:

"Atão a nha manhi tá chêa de framigas?"

— mas não lhe deram nenhuma resposta, o que foi pelos vistos suficiente para ele, pois não houve mais visitas nem tentativas de tirar a mãe deste lar. Não há amor e não há respeito por quem o pariu, por quem lhe deu de mamar e por quem tão erradamente o educou.

Para acabar posso dizer que no final deste texto também não há novidade, pois repito aquilo que já hão-de ter lido noutros textos meus. A sociedade está podre, tenho vergonha de poder ser confundido com algum destes seres, só porque ambos somos bípedes.

02
Mai22

Dia da Mãe


Pacotinhos de Noção

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Ontem foi Dia da Mãe.

Não coloquei aqui nenhuma foto da minha, nem lhe mandei 1000 beijinhos. Primeiro porque a minha mãe não tem redes sociais e depois porque não tenho a melhor mãe do Mundo. Podia dizer que sim, mas estaria a mentir. É que, segundo vi, já muita gente tem aquela que é A MELHOR do Mundo, e se é essa a melhor, então a minha não deve ser, até porque está cheia de defeitos. De qualquer forma, mesmo com defeitos e no meio de tantas melhores mães do Mundo, a minha é a minha, e gosto dela assim. Se lhe mudaria algo? Sim, mudaria. Mudaria a conta bancária, e passava a ser um daqueles filhos de 40 anos que vivem à custa da mãe. Pedia-lhe para me abrir uma empresa toda na moda e dizia ser uma "start up". Bem pensado, não?

Ontem foi aquele dia magnífico, em que às 12:45 os filhos vão buscar as mães velhotas aos lares, para às 13:00 já estarem no restaurante a almoçar, e logo às 14:30 já poderem ir largam o entulho novamente na instituição, que o Dia da Mãe é ao Domingo e ainda pode ser que dê para aproveitar alguma coisinha do dia.

Podiam ter levado a velha à casa da família, mas sem o barulho dos restaurantes havia a hipótese de ter que conversar, e ai a velha mãe podia perceber que é já uma carta fora do baralho, não contando a sua opinião nem para escolher o papel de embrulho do Natal.

E levando a progenitora até à casa de família, o Piruças podia sentir-se incomodado, porque não está habituado à "belha", e como ele, embora de 4 patas, é um membro da família, não o vamos incomodar.

Não escarrapachei em qualquer rede social o quanto gosto da minha mãe, ou o quanto a minha mulher é uma mãe magnífica, porque não tenho nada a provar, e desenganem-se se pensam que fazem parte desta equação, porque a principal pessoa a quem não tenho nada a provar, e nem sequer preciso de o fazer, é a mim mesmo.

 

15
Out21

Valor€s mais altos s€ l€vantam


Pacotinhos de Noção

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Com esta moda de falar em alta-voz não rara é a vez em que ouvimos conversas que deveriam ser privadas mas que, não se resguardando o interlocutor, também não serei eu a ter que me mobilizar de forma a não ouvir. Neste caso concreto até nem podia porque foi no meu local de trabalho, e por mais que eu quisesse dali sair, e acreditem que queria, mesmo que não estivesse ninguém a falar ao telefone, não o podia fazer.

Falo nesta conversa porque mais tarde vi também uma notícia que acaba por emparelhar com aquilo que ouvi e que demonstra claramente a falta de afecto e valores que vivemos.

Uma tipa na casa dos seus 50, relatava a alguém pelo telefone, e de forma divertida, quão a sua mãe já estava demente, pois foi ao lar e ela já nem a reconhece. Comentou como a mãe não se lembrava que ela esteve lá ontem, que a outra filha agora morava Espanha e que nem fazia ideia de que ia mudar de centro de dia.

Momentos divertidos à parte, e aqui a gravidade na voz mudou, o que a estava a preocupar mais era se a mãe conseguiria assinar a procuração que entregaria ao Banco de Portugal, para ela ter acesso às contas bancárias. Era imperativo que conseguisse para conseguir movimentar as contas antes da irmã.

Já com o pai o conseguiu fazer e convinha que com a mãe também o conseguisse porque senão depois só nas partilhas.

Falou também se haveria de vender ou alugar a casa da mãe. A do pai alugou, mas a da sogra vendeu porque não estava em bom estado e não queria perder dinheiro.

Ao ouvir estas palavras não consegui nunca dissociar de que aquela pessoa estava a falar de quem lhe deu a vida, de quem a viu nascer, quem a acompanhou no seu processo evolutivo e quem esteve provavelmente a seu lado nos momentos mais importantes. Tudo bem, posso estar a especular, e a verdade é que os pais desta pessoa falharam redondamente, porque os valores pelos quais ela se rege são apenas os monetários e os do oportunismo e se assim é é porque hão-de ter falhado na educação da filha. Ou então não. Se calhar até nem falharam e não nos podemos esquecer que somos seres individuais e que a partir de determinado momento, mesmo tendo por base uma boa, ou má, educação, somos nós que escolhemos o caminho que queremos percorrer. O final desse caminho ninguém conhece, mas a forma como o fazemos cabe a cada um de nós decidir. Claro que há sempre aqueles que escolhem o caminho mais complicado ou tortuoso e culpam os seus ancestrais, os seus descendentes, os seus iguais e os seus diferentes, nunca admitindo que o único grande culpado é apenas ele mesmo.

Ouvindo as palavras daquela filha vinha a mim a imagem daqueles filmes de cowboys em que um tipo está abandonado no meio do deserto e os abutres ficam ali, sempre a rondar o indivíduo, à espera que se torne a carniça que tanto anseiam por devorar.

Neste caso estou a falar de filhos que enterram os pais ainda vivos para assim usufruírem daquilo que eles lhes deixarão, caso contrário ser-lhes-á arrancado. E pais que não honram o compromisso de amor que deveriam ter feito com os filhos e que acabam por mostrar que às quatro letras da palavra amor se sobrepõem as cinco que compõem "guito" e "pilim".

Este assunto é controverso mas não é por isso que não lhe toco...

Vi hoje nas notícias que o ex-dux João Gouveia foi absolvido de pagar uma indemnização aos pais das vítimas da praia do Meco. 225 mil euros a cada um. Os pais vão recorrer desta decisão.

Não duvido, nem quero sequer imaginar o sofrimento daqueles pais por terem perdido os filhos, e também aqui, numa tentativa de justificarem o fim da vida daqueles que amavam, tentam imputar a culpa a todo e qualquer um, menos àqueles que foram os maiores culpados e que pagaram o maior preço que se pode pagar e que são os próprios filhos. Mas dizer a um pai que a culpa da morte do filho é do próprio filho é cruel.

Mas e quanto vale a vida e a memória de quem amamos? Quanto dinheiro é necessário para amenizar a dor de um pai que não mais abraçará um filho, tapar o buraco que fica no peito e que sangra sem parar? E que pai é esse, que em lugar de lutar para conseguir que seja preso aquele que considera ser o responsável pela morte da sua cria, ou para conseguir fazer com que sejam proibidas as praxes, luta antes para conseguir uma quantia em dinheiro?

Haverá quem argumente que o dinheiro não é compensatório mas que servirá para punir o responsável. Isto são opiniões e a minha está bem explícita acima. Os responsáveis pagaram com a vida e a eles o dinheiro não lhes trará qualquer tipo de benefício ou prejuízo.

Sendo frio e arriscando-me a ser apelidado de besta, só consigo pensar nos tais abutres dos filmes de cowboys. Se no primeiro caso era a filha a querer beneficiar de uma morte anunciada e mais que esperada, aqui temos pais a quererem beneficiar de uma morte inesperada mas que, passando o período do luto, pensam que algum hão-de conseguir fazer com que lhes entre no bolso. Pelo menos era o que esperavam.

A minha fé na humanidade é nula. Não falo por causa da retirada dos americanos da palestina, ou por causa da fome no Mundo ou na falta de respeito pela natureza. Essas são aquelas causas que ficam bem dizer que se defendem, tal como a sororidade, por exemplo. Estas são causas de lutas perdidas porque não és tu, Zé Manel que lê estas linhas, que vais conseguir mudar o Mundo neste sentido, porque o Mundo não quer mudar. Todas estas causas têm políticas envolvidas e por muito que nos custe, nós para os políticos somos apenas números... Não se iludam com a treta de que o "Estado somos nós". O estado somos nós para pagar e para votar, nada mais. Se queremos que realmente alguma coisa mude comecem por mudar em casa. Amem os vossos filhos e os vossos pais para que eles percebam que têm alguém para quem são importantes. Assim os pais viverão os dias que lhes restam com alguma alegria, no meio desta podridão que é a sociedade, e os filhos, sabendo o que é amor e empatia, poderão aos poucos ir fazendo com que esta podridão seja menos podre. Não vai mudar já na geração a seguir. Isto é como quando nos tornámos bípedes. Não nos levantámos e andámos, levou uma eternidade até endireitar a espinha com orgulho. Um orgulho que cada vez vai sendo mais difícil de manter.

23
Set21

Anciões da contramão


Pacotinhos de Noção

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Ontem, em Santarém, um homem de 81 anos entrou em contramão no IC2. Conduziu por vários quilómetros ignorando as buzinas de todos que lhe chamaram à atenção, e acabou por causar um acidente cujo desfecho foi o de ser ele a única vítima.

Os velhos são teimosos. Os velhos sabem tudo e não aceitam sequer que estão a andar em sentido contrário. Todos os outros é que estão mal. O velho foi o culpado e então o velho pagou, e muito bem, com a própria vida. Ainda para mais já tinha 81 anos, se não morresse disto ia morrer doutra coisa qualquer. Certo?

Errado. Tudinho errado, ou quase tudo, porque que os velhos são teimosos é um facto.

A morte deste senhor podia ter sido evitada, o transtorno de quem chocou contra ele, e que se poderá sentir com remorsos sem ter culpa alguma, também. Ele tinha 81 anos, mas será que não ia chegar até aos 100!?

E o que é que poderia ter acontecido se a pessoa em quem ele chocou tivesse os filhos no carro? E se fosse uma mota?

Porque é que isto aconteceu? Porque não parou quando lhe buzinaram?

Não tenho respostas concretas mas tenho algumas suposições e uma certeza mais que absoluta.

Obviamente que o homem não tinha consciência que estava em contramão, e muito provavelmente nem ouviu que lhe estavam a buzinar.

Repito que são suposições, mas em muitas pessoas de 81 anos, a audição, os reflexos e a clareza mental são coisas do passado. Nada me garante que esta pessoa tivesse sequer a noção de que estava a colocar-se a si e aos outros em perigo.

Uma coisa é certa, no meio deste anúncio de desgraça foi uma sorte que quem lhe tenha aparecido à frente tenha sido um monovolume BMW. Não sou fã mas os danos para o condutor seriam provavelmente fatais se estivesse num Fiesta ou num Punto. Carros de gama alta têm sistemas de retenção e segurança mais eficazes e neste caso resultou. O senhor da carrinha antiga e com poucos meios de segurança morreu, e o do BMW teve ferimentos ligeiros. Valha-nos isso.

Este acidente tem culpados, e ao contrário do que possam pensar o maior deles não é o velhote da carrinha. Tem a sua quota-parte de culpa como é óbvio, mas pagou com a vida, facto que como já afirmei poderia ter sido evitado por aqueles que, esses sim, são os principais culpados.

Para mim os principais culpados são os órgãos legisladores que permitem que seja possível continuar a conduzir aos 81 anos, sem que sejam dadas provas concretas de que ainda se tem essa capacidade.

A generalidade das pessoas tem conhecimento de como são feitas as renovações da carta de condução aos idosos.

Um velhote dirige-se a uma escola de condução, no dia e hora marcada, e que é aquele que o médico que presta serviços ao estabelecimento de ensino define, e é submetido a uma pequena entrevista onde o médico lhe pergunta "Vê e ouve bem, Sr.Albano?". Pergunta que tem que repetir mais uma ou duas vezes porque o Sr.Albano não vê, não ouve e nem sequer a pé anda bem, porque o seu corpo já não lho permite. Mas o dinheirinho tem que entrar e é passado então o atestado para renovação da carta, sendo aqui os médicos e escolas de condução também culpados por se permitir que andar na estrada, já de si perigoso seja ainda mais, por existirem pessoas pouco capacitadas para isso.

Não digo que todos os idosos sejam proibidos de conduzir. Existem os que aos 85 ainda demonstram clareza e disponibilidade mental para tal, mas na sua grande maioria não é o que acontece e deixam que uma pessoa sem todas as faculdades necessárias pegue naquela que é uma arma carregada, e pronta a disparar.

Envelhecer é uma trampa. Deixar de se conseguir fazer o que fazia, ser tratado com condescendência pelos mais novos, ter que ouvir os mesmos mais novos falarem consigo como se fosse um bebé ou um retardado... Eu percebo isso tudo. Mas também percebo que a maior parte dos idosos não querem dar parte de fracos, quando na verdade até já sabem que não conseguem fazer o que dantes fariam, com uma perna atrás das costas. Mas se os nossos velhos não têm a clareza de espírito para deixar de conduzir quando deveriam, não deveria ser permitido que os atestados médicos sejam passados por dá cá aquela palha.

Em idosos a renovação só seria feita depois de submetido a novo teste teórico, exames físicos e exame prático.

Provavelmente se na última renovação isto tivesse sido feito a este senhor, ele andaria de táxi, mas estaria vivo e não teria colocado vidas em risco.