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Pacotinhos de Noção

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

A noção devia ser como o açúcar e vir em pacotinhos, para todos tomarmos um pouco...

Pacotinhos de Noção

14
Ago22

Hipocrisia em estado puro


Pacotinhos de Noção

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Serei curto e grosso, que não há grande coisa a dizer 

Como pode um tipo, numa página de story, se estar a vangloriar de agressões que, ao que parece, ocorreram entre claques, e em que até define o mesmo como desporto, e logo no story a seguir afirmar o quão é bonzinho, e gosta de animais.

Até posso fingir que acredito que goste, o que só mostra que quem é amigo dos animais nem sempre é flor que se cheire.

Não divulgarei o nome da pessoa porque acho não ser necessário, mas faz-me confusão que nenhuma autoridade competente encontre destas coisas no Instagram, e não averigue.

Tal como avisei no princípio -> CURTO E GROSSO.

24
Jun22

Jéssica


Pacotinhos de Noção

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Esta não é uma página criminal nem pretende ser uma filial da CMTV, mas de cada vez que há a notícia da morte de uma criança, às mãos de um adulto, a raiva que em mim cresce tem que ter um escape, e a escrita acaba por ser um pouco desse escape. O que escrevo nada ajuda, e a criança já morreu, mas há opiniões que me apetece dar e perguntas que me apetece fazer.

Todo o caso me mete nojo, e ninguém sai dele sem culpas, a não ser a criança, que não sendo culpada, foi a que pagou com a vida.

Estão detidas três pessoas. A suposta ama, que é afinal bruxa, o marido, e a filha da bruxa. Falta neste lote de miseráveis pelo menos mais uma pessoa. A mãe da Jéssica.

O motivo que levou a bruxa, e toda a sua corja, a sequestrar a criança durante 5 dias na sua casa, foi uma alegada dívida de 400 €, da mãe da Jéssica. A que se deve esta dívida? Pagamentos que não foram feitos à bruxa, enquanto ama? Pagamentos que não foram feitos à bruxa, enquanto bruxa?

Aquilo que se sabe é que a mãe de Jéssica, que quando deu à luz uma criança, que não pediu para nascer, assinou automaticamente um contrato redigido pela natureza, pela sociedade, pela vida e pelo amor maternal, que estipulava que ela, como gestante e progenitora haveria de proteger aquela menina contra tudo e contra todos, contudo em vez de o fazer preferiu "meter a menina no prego", como garantia de que haveria de pagar a dívida que tinha.

Se quisermos ser mais compreensivos podemos alegar que os três criminosos sequestraram a menina. Não deixaram que a mãe a levasse sem trazer o dinheiro que devia, e a mãe até foi buscar a Jéssica, passado 5 dias... e foi porque lhe disseram para a ir buscar, após a colocarem às portas da morte.

5 dias?! 5 MALDITOS DIAS?! Não foram 5 minutos nem sequer 5 horas, foram 5 dias.

Uma mãe normal, e consciente, impedida de levar a sua filha, não entrava em desespero e não se dirigia logo à polícia? Estou a dizer algo de muito esquisito ou extraordinário? Não é coisa que qualquer pessoa que ame um filho faria? Ou num acto mais tresloucado, vendo a sua cria usada como moeda de troca, não cometeria uma loucura e não entraria em confronto com estes bandidos?

Sabe-se também que, estando a filha sequestrada na casa da bruxa/ama, a mãe, no Domingo à noite, antes da morte da filha, foi toda alegre e contente, a uma festarola. Enquanto a mãe se divertia, a Jéssica, de apenas 3 anos, muito provavelmente era alvo de tortura e pancada, porque a senhora que a pariu a deixoy como garantia de uma dívida. 

O que é um facto é que Jéssica estava já sinalizada pela Segurança Social como sendo uma criança em risco, e o risco definido pela S.S. não teria nada a ver com a ama, certamente.

Que dizer da forma como está estruturada uma família quando, em entrevista à CMTV, o padrasto da menina, confessa que nem sequer sabia que ela estava na casa da ama há 5 dias... Como não sabia? Não vivia na mesma casa da criança? Não reparou que faltava alguém? É padrasto, mas quando se junta com alguém, por amor, e tendo esse alguém uma filha bebé, acabam por se criar laços e vínculos.

Surgem notícias que, entretanto a mãe já mandou fora roupas e brinquedos, da filha recentemente morta... Atenção, não falo de um vizinho ou de um conhecido, falo da própria filha, e a princípio não nos queremos separar tão rápido das coisas de alguém que seria o nosso bem mais precioso.

Hoje, no velório, a mãe (admito que até me custa classificar a mulher de mãe) montou um teatrinho, levando uma boneca da filha no colo, e caminhando encostada a alguém, de tão debilitada que estava, mas logo à frente, ia o padrasto, a caminhar todo estiloso e com um à vontade de quem vai comprar tabaco, aproveitando as câmeras para enviar recados ao Hernâni Carvalho.

Poderei também estar a ser um pouco picuinhas, mas nos vídeos que já vi da miúda, e algumas das fotografias que encontrei pela internet, mostram-na frequentemente em ambientes de tabernas, cafés, e festas regadas a cervejas. É o ambiente próprio para crianças? Não me parece.

Mais uma vez este caso mostra que os mais desprotegidos são as crianças, e menos protecção têm ainda quando os pais se estão a borrifar para eles.

Neste assunto tudo é revoltante, desde a família assassina até à mãe e ao padrasto que acabam por ser coniventes e também cúmplices por não terem logo avisado as autoridades. É culpado o Estado, por sinalizar crianças em risco, mas não fazer nada, para as proteger, passando assim as crianças de sinalizadas como em risco para sinalizadas como mortas.

15
Jun22

Um puxão de orelhas não chegará


Pacotinhos de Noção

Não sei se haverá alguém que não esteja ao corrente do assassinato de Igor Silva.

Ao que parece tudo aconteceu numa rixa entre gangues rivais em claques do Futebol Clube do Porto que, para festejar a conquista de mais um título, decidiram limpar o sebo a um coleguinha. Os assassinos, e não utilizo "alegados" propositadamente, são Marco "Orelhas", Paulo "Chanfras" (cunhado do Orelhas) e Diogo "Xió", amigo de Renato, que é filho de Marco "Orelhas" e que também está preso. Está então montado um círculo familiar, e de amigos, do mais fino recorte.

É verdade que falei no FCP, mas peço a todos os que lêem estas linhas, que esqueçam as clubites, os regionalismos, e todas as idiotices inerentes ao mundo da bola. Aquilo que se passou podia acontecer com qualquer outro clube, assim como já aconteceu com o assassinato daquele adepto italiano do Sporting, atropelado por benfiquistas, e é certinho que vai voltar a acontecer, enquanto não for tomada uma atitude para acabar com estes grupos de crime desorganizado.

Se em Inglaterra foi possível de fazer, em Portugal também será, basta haver vontade. Claques de futebol são esquemas montados para toda a pirâmide de negócios ilegais que vão desde tráfico de droga, assaltos, roubos, crimes de violência e ódio racial. Todas as claques deveriam ser banidas do futebol português, e se por acaso vier algum membro de uma dessas corjas comentar este texto, tenho a certeza que será para insultar ou ameaçar, porque realmente não dará para mais.

Não acrescentam nada de novo ou de especial ao futebol, a não ser medo, clima de insegurança e afastamento de outros adeptos que se recusam a ir ao estádio com receio de dar de caras com atrasados mentais como estes.

A grande generalidade dos elementos de uma claque têm registo criminais mais preenchidos que um boletim do Euromilhões numa Sexta-feira de Jackpot. São indivíduos desempregados, mas que normalmente se deslocam em carros, topo de gama, e eu gostaria de saber como.

Não sei se repararam, mas não houve uma única vírgula de lamento em relação à morte de Igor Silva, e isto acontece porque, na verdade, não lamento. Aqui não consigo ser hipócrita e dizer que qualquer morte é de lamentar, e "paz à sua alma". Relembro que também ele fazia parte da claque de futebol, e se isso, por si só, não é motivo para merecer morrer, a verdade é que é um dado quase adquirido de que pode acontecer, ainda para mais quando há uma luta de gangues no seio da própria claque, e se é um elemento activo de um desses gangues.

Vivemos tempos em que os tribunais querem dar o exemplo, aplicando algumas penas duras, às vezes em crimes onde judicialmente nem é costume uma rigidez assim tão grande, como no recente caso do Rendeiro, por exemplo. Pois, julgo que para um caso de assassinato em praça pública, com a violência de 18 facadas, mais espancamento, mais pedradas, deixando até o corpo irreconhecível, a pena máxima parece-me até pouco, e ainda assim duvido que exista um juiz com coragem para dar penas assim tão pesadas a elementos que pertencem a claques de futebol. Recordo que "pessoas" como este "Orelhas" e o "Macaco", por exemplo, não têm nenhum pudor em ameaçar directamente, ou em fazer visitas a casas, locais de trabalho, de quem lhes desagrada, ou até a familiares, causando o terror.

Em Itália existe a Camorra, no Japão os Yakuza, aqui temos um bando de marginais protegidos por equipas de futebol, o que nos mostra que até na Máfia somos uns bacocos.

29
Mar22

Ainda sobre os ofendidos com o humor...


Pacotinhos de Noção

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Não quero bater no ceguinho, mas vejo tanta gente a defender um acto de agressão que até fico na dúvida se perceberam o que realmente se passou.

Uma agressão tanto é agressão quando se dá um estalo a alguém, quando se ataca uma sede de um jornal, ou se invade um país.

Não são comparáveis? São tudo agressões.

18
Jul21

Ai se fosse comigo...


Pacotinhos de Noção

Vamos falar da inoperância dos dois senhores da GNR que pouco ou nada fizeram, em Reguengos de Monsaraz?

Aproveito já para aplicar um valentíssimo "Ai se fosse comigo...".

Uns aplicarão o deles dizendo que davam um ensaio de bastonada naqueles tipos, outros que sacavam a arma e desatavam aos tiros, outros que fariam valer a sua autoridade, outros que chamariam logo reforços. Já eu aplico o meu da seguinte forma: Ai se fosse comigo, vos garanto, tal como eles borrava-me todo mal visse aparecer o carro cheio de labregos, como apareceu, mas ao contrário dos GNR's que lá ficaram (e muito provavelmente foi por essa razão que o indivíduo já foi detido) eu fugia dali de uma maneira que até batia com os calcanhares no rabo. Afinal de contas não teria como saber se vinham mais, se estavam armados, a que é que estavam dispostos. No final acaba por ser apenas uma questão de aritmética. Dois homens, sejam PSP's, GNR's, GOIS, Rambos, serão sempre menos que uma catrefada dos outros, e uma catrefada dos outros não são só os que saem do carro e os que estavam na esplanada. A catrefada são os que já referi, mais as pessoas que assistiram, as que filmaram, e todos os outros milhões que iriam ver o vídeo e que iriam fazer juízos de valor.

No vídeo vemos que os guardas pouco ou nada fizeram. Vemos que um deles pede reforços, e que o jagunço se mete no carro e atropela três pessoas porque a GNR não o impediu.

Vamos imaginar que um dos GNR's saca da arma e dispara para o tipo que está a causar distúrbios, assim como fazem nos E.U.A. Não teria acontecido o atropelamento, mas nessa altura entrariam em acção os justiceiros dos agressores, que são fracos e oprimidos. Defensores daqueles que não respeitam a autoridade e que quando essa mesma autoridade faz valer a sua força têm logo o pessoal das redes sociais a servir de almofada de conforto, criticando as acções das forças de segurança, afirmando que "polícia bom é polícia morto", que "são heróis porque têm armas" e que "num mano a mano já não são tão homens". Tudo isto não são invenções, qualquer um minimamente informado sabe que é verdade, e se disser que não então é mentiroso.

A inoperância dos dois GNR's, é consequência da caça as bruxas que se tem intensificado de cada vez que a autoridade tem que fazer uso da força. Já sei que eventualmente aparecerá alguém a contar uma história em que a polícia usou de força excessiva. É um facto que nalgumas situações poderá haver abuso de autoridade, mas na grande maioria não, o que há são sempre indignados e indivíduos anti-sistema que têm sempre que tentar deitar abaixo as forças da autoridade apenas porque são, precisamente, autoridade. Esquecem-se que por detrás de uma farda há uma pessoa, com medos, com vida própria e com familiares.

Rui Rio, como já vem sendo hábito, mandou um tiro ao lado. Em vez de questionar o Primeiro-Ministro do porquê da falta de atitude dos GNR's, colocando assim parte da culpa nos dois agentes, deveria antes ter perguntado ao Sr. Costa e ao Sr. Cabrita porque é que existem tão poucos efectivos em todas as polícias do nosso país, não permitindo assim grupos de rusga mais numerosos.

Mas mais uma vez quem sofrerá é o mexilhão. Enquanto os responsáveis deste país (Primeiro-Ministro e Ministro da Administração Interna) fingem não ser nada com eles, a GNR já iniciou um processo de averiguações para, caso se verifique, instaurarem processos disciplinares ao dois agentes.

Vai chegar a altura em que não teremos quem nos defenda, e a culpa será nossa, por os tratarmos e deixarmos que tratem tão mal.